13 jogos desconhecidos do Mega Drive
Tecmundo
O Mega Drive, conhecido também na América do Norte como Sega Genesis, foi um grande sucesso na década de 90, sendo o principal competidor do Super Nintendo na época. Trazendo sucessos como Sonic the Hedgehog, Golden Axe e Streets of Rage, o console contava com uma biblioteca com mais de dois mil títulos, e com um número tão grande assim, não é surpresa que vários possam ter passado batido no radar de muitos jogadores.
Pensando nisso, elaboramos uma lista com 13 jogos desconhecidos do Mega Drive que com certeza merecem um momento de reconhecimento. Confiram abaixo:
Eternal Champions
Ao ver o grande estrondo causado por Street Fighter II e Mortal Kombat, a Sega decidiu criar seu próprio título de luta 2D, e assim surgiu Eternal Champions, que contava com recursos únicos para se diferenciar dos concorrentes, como: ênfase no enredo, personagens vindos de épocas diferentes, campos de força e um modo de treinamento no qual era preciso se defender de armadilhas robóticas.
Mesmo com uma boa campanha de marketing no lançamento, o game acabou não atraindo muita atenção, e atualmente é popular basicamente entre os fãs mais aficionados da empresa.
Marvel Land
Com o sucesso de Super Mario Bros., muitos desenvolvedores tentaram criar sua própria versão da mina de ouro da Nintendo, como foi o caso de Marvel Land – ou Talmit’s Adventure no território europeu – um jogo de plataforma da Namco que trazia um herói elfo se aventurando por cenários fantásticos e vibrantes e derrotando seus inimigos ao pular na cabeça deles.
Lançado originalmente para o Namco System 2 em 1990, ele recebeu seu port para Mega Drive em 1991, e mesmo se inspirando na jornada dos irmãos encanadores, ainda tem divertidas ideias originais e um nível de dificuldade que vai aumentando bem rapidamente.
Garfield: Caught in the Act
Este game de plataforma side-scrolling é uma ótima opção para todas as idades, com uma jogabilidade mais tranquila do que desafiadora.
Nele, o famoso felino amante de lasanha acaba sendo sugado para dentro da televisão, precisando passar por várias fases inspiradas em filmes icônicos como Casablanca e Drácula, derrotando diversos inimigos com armas que mudam a cada estágio, até finalmente enfrentar o maligno ser eletrônico conhecido como Glitch e voltar para casa.
Flashback: The Quest for Identity
Este título plataforma cinematográfico foi anunciado como um "jogo de CD-ROM em um cartucho", sendo um dos mais graficamente impressionantes lançados para o Mega Drive, com cenários criados à mão e animação feita através de rotoscopia – semelhante ao processo utilizado em Prince of Persia – o que garantiu muita fluidez para a movimentação dos personagens.
Seguindo uma temática de ficção científica, seu enredo se passa em 2142, e mostra a jornada do agente Conrad B. Hart para derrotar alienígenas metamorfos que se infiltraram na sociedade humana e querem conquistar a terra.
Com uma jogabilidade e puzzles bem interessantes, Flashback é atualmente uma gema oculta do console. Porém, foi um sucesso comercial no lançamento, sendo aclamado pela crítica e entrando para a lista do Guinness World Records como um dos games franceses mais vendidos de todos os tempos.
El Viento
El Viento – o primeiro da trilogia que inclui os games Earnest Evans e Anett Futatabi – pode parecer apenas mais um hack-and-slash genérico dos anos 90, mas suas explosões extremamente extravagantes, cenários incomuns e trama absurda baseada na obra de H.P. Lovecraft com certeza contrabalanceiam seus defeitos, formando uma bela combinação que merece ser aproveitada.
Nele, os jogadores assumem o papel de Annet, uma jovem que precisa usar magia e seus confiáveis bumerangues para salvar os Estados Unidos em 1920 dos esforços malignos do mafioso Al Capone, juntamente com o líder cultista Henry e a feiticeira Restiana, para despertar o temível deus Hastur.
Mesmo parecendo uma tentativa de se aproveitar da fórmula Castlevania, o game acabou mais parecido com um filme classe B de ação encontrado nas saudosas locadoras, o que não deixa de ter seu próprio apelo e fãs, certo?
ToeJam & Earl
Muito comparada ao gênero roguelike, esta paródia da vida urbana nos anos 90 traz como protagonistas dois rappers alienígenas vindos do planeta Funkotron, que acabam batendo sua nave espacial na Terra e precisam encontrar os pedaços para reconstruí-la e voltar para sua casa.
Para isso, a dupla deve avançar através fases geradas aleatoriamente, derrotando inimigos que incluem dentistas insanos, compradoras malucas e até mesmo galinhas violentas, além de coletar itens que podem ajudar ou prejudica-los durante o estágio.
O mais interessante sobre esse game é seu modo cooperativo para duas pessoas, que divide a tela para dar aos jogadores a liberdade de não só explorar partes diferentes do cenário, como até mesmo estar em fases diferentes ao mesmo tempo, tornando-o um dos primeiros a oferecer esse tipo de recurso.
Mesmo com um número baixo de vendas iniciais, o game acabou se tornando um sucesso, sendo aclamado pela crítica pela originalidade, trilha sonora e humor, e ganhando mais três sequências posteriormente: ToeJam & Earl in Panic on Funkotron, ToeJam & Earl III: Mission to Earth e ToeJam & Earl: Back in the Groove.
Landstalker
Considerado o antecessor espiritual de Dark Savior e Alundra, este RPG de ação conta com gráficos isométricos, animações e um design distinto para os personagens que possivelmente o tornam um dos mais bonitos do gênero para o Mega Drive.
Em um mundo medieval fantástico, o caçador de tesouros Nigel (ou Ryle no Japão e na França, e Niels na Alemanha), precisa procurar pistas sobre o tesouro do Rei Nole, viajando através de várias áreas e masmorras, e enfrentando monstros como ogros, golens e fantasmas.
O game conta com muitos puzzles, diversas quests opcionais disponibilizadas por NPCs que podem fornecer benefícios para o protagonista, e alguns momentos que podem ser extremamente difíceis, mas sem perder o lado divertido.
Gynoug
Um shooter idealizado pela mesma desenvolvedora da peculiar série homoerótica Cho Aniki, que conta a história do anjo Wor, incumbido de proteger o paraíso dos demônios Iccus, que são liderados por um ser maligno conhecido como o Destruidor.
Mesmo sem trazer muitas inovações no quesito jogabilidade, Gynoug merece ser mencionado por seu design impressionante e detalhado para época, com inimigos grotescos e fases sombrias que realmente auxiliam na ambientação de uma batalha contra os poderes das Trevas.
Adventures of Batman & Robin
Este título de ação e aventura foi baseado no desenho Batman: A Série Animada, de 1992, e de forma curiosa, foi desenvolvido por empresas diferentes para cada console no qual foi lançado.
A versão de Mega Drive, criada pela Clockwork Tortoise, permite que a aventura seja curtida por até dois jogadores, e no modo solo, é possível escolher tanto Batman quanto Robin para ser o protagonista da história cujo objetivo final é capturar o Senhor Frio, que após escapar do Asilo Arkham, pretende congelar toda Gotham.
Mesmo com alguns defeitos e uma jogabilidade difícil, o game apresenta gráficos coloridos e bonitos, além de efeitos bem complexos para sua época.
Fantastic Dizzy
Este jogo de aventura single-player faz parte da série Dizzy, que já contava com vários títulos para o computador doméstico antes de fazer seu debute no Mega Drive em 1991.
Nele, o protagonista precisa resolver vários problemas em sua vila, que estão relacionados a contos de fadas como João e o Pé de Feijão, A Bela Adormecida e a Princesa e o Sapo, para salvar seus familiares e sua namorada.
Fantastic Dizzy tinha tudo para ser um grande sucesso da franquia, porém uma disputa judicial entre a Sega e a publisher Codemasters fez com que seu lançamento fosse adiado do Natal de 1990 para abril do ano seguinte, o que impactou profundamente o número de cópias vendidas e acabou jogando esta jornada colorida e divertida no anonimato.
Techno Cop
Lançado originalmente para computadores domésticos em 1988, este game britânico de ação recebeu seu port para Mega Drive em 1990.
Com possíveis inspirações no icônico RoboCop, ele surpreende pela grande quantidade de violência, com momentos no quais o protagonista precisa abater vários bandidos com sua arma antes que o tempo se esgote, algo que foi considerado muito controverso na época.
Techno Cop é outro título que parece um filme classe B encontrado em locadoras, mas mesmo com todos os seus problemas, não deixa de ser uma boa opção divertida com uma boa dose de brutalidade.
Alisia Dragoon
Sendo um dos primeiros a trazer uma protagonista feminina que não precisa de ajuda do sexo oposto, Alisia Dragoon narra a aventura de uma jovem capaz de disparar raios e controlar quatro bestas com habilidades diferentes para aniquilar as forças malignas que mataram seu pai e querem dominar o mundo.
Infelizmente, o jogo não fez muito sucesso mercado japonês, mesmo recebendo grandes elogios da crítica. Somando isso com a falta de publicidade em outros países, acabou caindo no anonimato, tornando-se uma das pérolas desconhecidas do Mega Drive.
Sub-Terrania
Este shooter multidirecional futurístico coloca os jogadores no controle de um piloto solitário que precisa combater a invasão de raça alienígena desconhecida em uma colônia de mineração espacial.
O mais interessante sobre Sub-Terrania são seus elementos de jogabilidade mais realistas e seu foco na compreensão dos controles.
Por exemplo, antes de mais nada é necessário aprender não só como pilotar a nave corretamente para não causar danos, mas também utilizar o combustível para impulsioná-la nos momentos certos, pois a gravidade puxará o veículo constantemente para baixo. Além disso, a missão do protagonista envolve resgatar pessoas em cada fase, o que significa tomar muito cuidado com os disparos para não acertar os personagens.
Mesmo sendo elogiado por sua originalidade, gráficos e trilha sonora, o game foi considerado difícil demais por muitos, o que impactou suas vendas e consequentemente sua popularidade.