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Dolmen é o Too Human da nova geração
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Dolmen é o Too Human da nova geração

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Tecmundo
26/02/2022 15h00
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A expectativa de vermos um jogo brasileiro ganhar destaque no cenário mundial é sempre grande, principalmente quando levamos em consideração projetos gigantescos e que tentam bater de frente com o mercado AAA.

Dolmen é um desses casos. Produzido ao longo dos últimos anos pelo Massive Work Studio, do Rio Grande do Norte, o título incorpora conceitos encontrados em jogos sci-fi, e do gênero Souls-like.

O game ganhou notoriedade ao participar da BGS de 2017. Um ano depois, quando entrou para o Kickstarter, arrecadou US$ 20,272 de financiamento, um montante importante para alavancar seus primeiros passos.

Dolmen chega para PS5, Xbox Series, PS4, Xbox One e PC e nós tivemos a oportunidade de testar uma versão preview. O que será que podemos tirar de lição dela? 

Pano de fundo

O que mais cativa uma pessoa a jogar um game é a sua história. Quando você não consegue vender bem este peixe, pode ter certeza que muitos problemas vão surgir pela frente. Este é o caso de Dolmen.

Depois de um processo de colonização que ocorreu por diversos sistemas solares, a humanidade necessita de uma tecnologia para se adaptar o máximo às condições atuais: um cristal chamado Dolmen.

A pedra é produzida dentro da estação de mineração Revion Prime. Só que uma fissura fez com que animais e criaturas tomassem conta do local, atrapalhando a captação dos recursos. Agora, sua missão será limpar a estação desses monstros e captar cristais para que um futuro problema jamais ocorra. 

Quando você se propõe a criar uma narrativa é fundamental ter uma boa leitura do texto e, principalmente, uma boa narração. Infelizmente não é o que acontece. O trabalho parece que foi feito de qualquer jeito, atrapalhando em muito uma imersão inicial.

Depois de um certo tempo o jogador pouco se importa com a história e tenta se divertir com a jogabilidade.  

Resident Evil, é você?

Lembra quando a jogabilidade de RE era travada e gerava diversas críticas entre os gamers? Dolmen segue esta premissa. Por mais que o jogo tenha que brilhar nessa área, por ter uma proposta Soul-like, é complicado atirar e acertar os adversários em cheio. 

Tudo ocorre porque os controles não funcionam da melhor forma possível. Seria necessário um polimento maior para deixar o game mais atrativo nesta parte, principalmente quando ele bebe da fonte dos jogos com ação e combate a todo instante.

Em diversas oportunidades acabei morrendo porque o controle não trazia uma resposta adequada para os movimentos que eu precisava para destruir o inimigo. Isto tornou a aventura chata e enfadonha.

Mesmo com a diversidade de armamento, de curto e longo alcance, o jogo não consegue criar a ação necessária para divertir. A impressão que fica é de que o jogo ainda está muito cru.

Os problemas continuam

Se tudo isso já não bastasse, o jogo possui um menu muito simples, faltando um pouco de atenção para esta parte. Seria necessário criar artes mais robustas para encorpar o jogo. 

O mesmo pode ser dito da parte gráfica. As GCs estão bem feitas, mas quando entramos no gameplay, o downgrade é notório. Os cenários são pobres, com uma paleta de cores sem sentido e iluminação mal feita.

Pelo menos temos uma boa otimização do game, mesmo jogando em 4k e 60 frames por segundo. Mas como dissemos, falta polimento. Muito polimento! Novamente a impressão de que o jogo ainda está numa versão alpha. 

Vale a pena?

Como já se tornou de praxe no mercado de games, os jogos são lançados pela metade e com o passar do tempo ganham atualizações para ficarem um pouco mais robustos. Infelizmente é essa a impressão que Dolmen passa.

A ideia é interessante, mas a execução não foi boa. Existem muitos pontos sem nó, muitos problemas na narrativa e principalmente na jogabilidade. 

Seria fácil vir aqui e elogiar o trabalho dos desenvolvedores, simplesmente por serem brasileiros. E sabemos que muitas pessoas fazem isso. Infelizmente não vou passar pano.

Aqui, a realidade é diferente. Que esta crítica sirva para um crescimento total das empresas brasileiras que querem se dar bem no mercado de jogos eletrônicos. A pressa, geralmente é inimiga da perfeição, já dizia aquele ditado popular. Vale lembrar que a previsão é de que o jogo seja lançado ainda este ano.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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