Firegirl: Hack 'n Splash Rescue tem originalidade, mas falha em quase tudo
![publisherLogo](https://timnews.com.br/system/media_partners/image_1x1s/4326/thumb/Tecmundo.png)
Tecmundo
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)
Você já ouviu falar do gênero hack and slash? Imagino que já, né? E do hack and splash? Para mim era novidade, até conhecer Firegirl: Hack 'n Splash Rescue, novo game da Thunderful Publishing.
Eu já disse algumas vezes que entre minhas publishers preferidas está a sueca Thunderful, que possui jogos com diferentes conceitos, originalidade e uma pitada de viagem na maionese. E o melhor de tudo:a maioria traduzida para o Português.
Este é o caso de Firegirl, que possui todas as características citadas acima. Mas será que ele possui consistência para ser considerado um jogo à altura da empresa? É o que iremos analisar nas próximas linhas.
Apagando as chamas
Você é Faísca. Aliás, um nome bem sugestivo. A personagem é uma bombeira que seguiu os passos do pai, após ele ser morto em um incêndio. Faísca é a queridinha do comandante da corporação, os olhos dourados da firma.
A personagem é a grande responsável por acabar com incêndios criminosos e sobrenaturais que começam a ocorrer na região. Incidentes curiosos que chamam até mesmo a atenção do FBI.
Para destruí-los, ou apagá-los, Faísca terá à sua disposição uma mangueira com água. Uma água limitada, que poderá ser restabelecida com o tempo. Aliás, o tempo é outro fator que devemos conversar no próximo parágrafo.
Todas as fases possuem tempo. Uma característica de jogos antigos e que sempre me incomodou. Talvez seja ele o grande responsável por eu ser tão ansioso.
Sua missão será sempre resgatar possíveis vítimas no meio do escombro. Pode ser no meio da destruição, em salas escondidas e até mesmo em locais praticamente impossíveis de serem descobertos. Mas fique tranquilo. Faísca sempre dá um jeito. O que não dá jeito é o jogo.
Ao longo de cada aventura, que dura cerca de 3, 4 minutos, além de achar possíveis sobreviventes, será necessário encontrar a saída do local, para que você não sofra alguns dias no hospital. E aqui está o problema.
Game design fraco
A maioria dos cenários se passam dentro de prédios. As salas são parecidas, pouco criativas e rapidamente tira o fator replay do jogo. Apesar de termos outros cenários, como florestas e vagões de trens, a empresa poderia ter diversificado mais a ação de jogo.
Após o término de cada missão, que pode ser adquirida dentro do quartel dos bombeiros, Faísca acumula dinheiro da prefeitura, para melhorar alguns itens de uso. Pode ser um upgrade no jato de água, mais pontos de vida ou até mesmo uma roupa que suporta mais o fogo.
Este pequeno ingrediente salva grande parte do que encontramos em Firegirl: Hack 'n Splash Rescue. Porque a cada missão, você vai querer fazer tudo o que é possível no cenário. Mas como eu disse, isso não será possível.
É difícil saber onde você está ao longo do cenário, seja em um prédio, floresta ou vagão de trem. Por mais que o seu comandante o ajude ao longo da missão, você se perde facilmente dentro das cortinas de fogo.
O balanceamento de alguns itens também não funciona da melhor forma possível. Ao longo de cada missão é necessário ficar de olho em dois itens: o tempo restante e o quanto você consegue levar de água.
O grande problema se encontra ao derrotar o fogo. Sempre se utiliza muita água e rapidamente ela acaba, independentemente de você dosar o gasto no início da fase. Tivemos uma atualização recente que melhorou este aspecto, mas ainda não é o ideal.
Além disso, os controles não funcionam com a velocidade necessária, seja no manuseio da mangueira ou da personagem. Muitas vezes acabei morrendo porque a jogabilidade é muito travada, dificultando a movimentação e a interação com o ambiente.
Outra questão curiosa é que em muitos momentos nos encontramos em locais sem saída e de retorno impossível, devido às chamas que tomam conta do local. Em muitos momentos você vai torcer para fugir do incêndio sem ao menos um sobrevivente.
Só que isto prejudica o andamento da história, pois Faísca ganha mais fãs ao salvar pessoas durante uma missão. Quando isto ocorre, mais dinheiro ela arrecada para poder gastar em itens da aventura.
Gráficos pixelados
Um dos pontos favoráveis é que as artes ficaram boas para o contexto apresentado no jogo. Mesmo pixelados, os personagens e as chamas possuem vida, trazendo uma boa imersão para a aventura.
Este detalhe proporciona uma experiência legal, mesmo para quem não possui um computador muito moderno. A trilha sonora é bem divertida e está no ponto certo. Vale destacar também os sons do ambiente, muito bem feitos.
Vale a pena?
A ideia por trás de Firegirl: Hack 'n Splash Rescue é excelente, mas no meu ponto de vista ela foi muito mal implementada. O jogo possui diversas qualidades, como os ingredientes de RPG, arte conceitual e trilha sonora.
Mas infelizmente falha miseravelmente no game design, não trazendo uma sequência agradável ao jogo. Por mais que a história seja instigante e os personagens muito convidativos, eles se perdem na jogabilidade.
![icon_WhatsApp](/images/share/icon_WhatsApp.png)
![icon_facebook](/images/share/icon_facebook.png)
![icon_email](/images/share/icon_email.png)