Os melhores chefes de Elden Ring
Tecmundo
Se existe um aspecto que a FromSoftware, desenvolvedora da franquia Dark Souls e Bloodborne, é reconhecida na indústria, além da dificuldade de seus títulos, são as homéricas lutas contra chefes. Desde grandes criaturas como Darkeater Midir, de Dark Souls 3, passando pelos rápidos e ágeis guerreiros, como Gherman de Bloodborne, e até mesmo uma combinação de ambos tal qual Ornstein e Smough de Dark Souls, os chefões de Hidetaka Miyazaki e sua equipe raramente costumam decepcionar.
Enquanto esperávamos por Elden Ring, a grande atenção do público estava muito focada no que o grandioso mundo criado pelo diretor e por George R. R. Martin teria a nos oferecer de localidades, aliados e claro, grandes inimigos para derrotar. Após algumas dezenas de horas e com cada um dos pouco mais de 30 chefes principais (aqueles que mostram a mensagem “Grande Inimigo Derrotado”) conquistados, é hora de olhar para trás e dar uma conferida nos dez mais marcantes da jornada pelas Terras Intermédias.
Lembrete que muitos spoilers, tanto de localizações quanto de lore e combate serão dados nesse texto
10. Lágrima Imitadora
Com alguma facilidade o chefe mais tranquilo de derrotar na nossa lista, a Lágrima Imitadora consegue conquistar seu lugar pela criatividade e, é claro, pela famosa invocação de mesmo nome que o jogador conquista um pouco depois de sua batalha.
Primeiramente vamos à luta. Embora o conceito de se lutar contra uma versão do protagonista não seja algo inédito por si só (podemos usar Dark Link como um exemplo disso) a forma como esse confronto é executado em Elden Ring é que o dá um toque único. Ao invés de possuir armamentos, armaduras e golpes genéricos baseados em o que um jogador médio teria nesse momento do jogo, a lágrima imitadora copia integralmente todas as características do jogador ao adentrar em sua arena. Caso o jogador desequipe todo seu armamento, por exemplo, antes de entrar na luta, a lágrima também não trará armas ou armaduras consigo.
Apesar de ser muito interessante ver como suas escolhas funcionam em um combate direto contra você mesmo, essa luta acaba ficando um pouco fácil pelo mesmo motivo, já que ninguém sabe melhor as fraquezas e forças de sua build do que você mesmo.
Mas talvez a parte mais icônica deste chefe seja o fato que, algum tempo depois de derrotá-lo, o jogador adquire uma invocação de espírito que lhe concede sua própria versão da lágrima imitadora, mais uma vez copiando sua build integralmente, para lutar a seu lado. Pode-se dizer que essa é a invocação mais famosa entre a comunidade, sendo motivo de debates (sobre como ela torna o jogo mais fácil, sendo para muitos o tão famigerado easy mode que foi tanto pedido por alguns) e de vários memes, logo fazer uma lista de chefes e não citá-la fica quase impossível.
As vezes o seu melhor aliado é você mesmo
9. Margit/Morgott
Um conceito muito repetido em discussões sobre jogos da From Software é o do “chefe parede”: aquele inimigo que apresenta o primeiro grande desafio para o jogador e que muitas vezes é responsável por fazer jogadores desistirem no meio de sua jornada. Se no lendário Dark Souls esse cargo é quase sempre atribuído aos Gárgulas do Sino, esse título em Elden Ring é facilmente de Margit, o Agouro Caído. O primeiro chefão de verdade que o jogador enfrenta pode ser encontrado na metade do caminho de Castelo Tempesvéu, a primeira grande dungeon ao norte de Limgrave.
Margit é o primeiro grande obstáculo em nossa jornada nas Terras Intermédias
Com um conjunto de habilidades bem versátil, contando inclusive com algumas opções de longo alcance, e uma arena estreita e complicada de manusear, o primeiro grande obstáculo lançado no jogador serve como lembrete que, ao contrário de outros títulos da empresa, em Elden Ring é possível explorar outros lugares do mapa para se fortalecer antes de enfrentar um desafio (ou fazer como eu e ficar uma hora enfrentando ele até derrotá-lo).
Mas não é só pelo desafio inicial e excelente combate que Margit, ou melhor dizendo agora, Morgott o Rei do Agouro aparece na nossa lista. O filho de Marika e Godfrey reaparece na base da Trérvore como seu guardião, tentando impedir o jogador de adentrar no tronco da árvore. Além da surpresa de reencontrar um inimigo derrotado antes um dos pontos altos dessa batalha é perceber que o cajado de madeira usado na primeira luta era apenas uma casca para a sua verdadeira arma, a espada amaldiçoada de Morgott (que pode ser adquirida pelo jogador com sua lembrança).
Durante sua forma final, Morgott é um inimigo ainda mais perigoso que sua versão “inicial” contando com ainda mais alternativas de alcance e com um comportamento ainda mais agressivo e veloz. No geral, um dos filhos amaldiçoados de Marika e Godfrey é um grande oponente e uma das lutas mais marcantes do título, mesmo que não tanto quanto seu irmão que dará a cara mais para frente.
8. Rykard
Se falamos do conceito de “chefe parede” no nono lugar da nossa lista, o oitavo marca o retorno de outra mecânica, que ficou famosa por Yhorm em Dark Souls 3: o chefe derrotado por arma especial. Esse aqui, entretanto, sempre foi um ponto mais polêmico entre tanto veteranos como iniciantes, afinal, no caso de Yhorm, após o jogador perceber que a espada governante da tempestade estava “escondida” atrás do trono do chefe, a luta acabava ficando extremamente trivial.
Rykard o Lorde da Blasfêmia também conta com uma arma semelhante, a Caçadora de Serpentes, mas aqui só descobrir a existência da arma não é garantia de sucesso. Embora a arma tenha uma grande vantagem na luta contra a serpente devoradora de deuses devido ao grande alcance de seus golpes e habilidades, a batalha ainda é relativamente complicada, em especial na sua segunda fase quando Rykard enfim mostra sua cara (ou quase).
Além da dificuldade um pouco mais equilibrada, outro ponto forte desse chefe em comparação ao seu antecessor espiritual é o fato de que derrotá-lo sem usar a arma específica designada para isso é uma tarefa muito mais factível em Elden Ring. Embora a luta fique muito mais complicada, em especial pelo constante fluxo de magma que fica na base da serpente, a vida de Rykard pode ser esvaziada com eficiência mesmo quando usando outras armas.
Por fim, um outro ponto que merece destaque é a chegada ao chefe. Existem duas formas distintas e interessantes de encontrar e enfrentar Rykard. Uma delas é progredir pela dungeon legado que existe dentro da Mansão Vulcânica, o que seria o caminho “tradicional” de Elden Ring. Há, entretanto, uma outra forma de enfrentar o lorde da blasfêmia, que é prosseguir pela Quest ao virar um dos membros da mansão e eliminar outros maculados para mostrar seu valor. Ao perceber sua força, você é então convidado a encontrar o semideus, que deseja lhe absorver como fez com tantos outros para aumentar ainda mais seu poder.
7. Mogh
O outro filho amaldiçoado fruto do relacionamento de Marika e Godfrey, Mogh o Lorde do Sangue aparece à frente de seu irmão Morgott mais pelo seu visual e impacto na história do jogo do que pela luta em si. É importante destacar, antes de citar esses aspectos, que a luta em si está muito longe de ser ruim, mesmo que não seja o ponto forte do chefe. Munido de magias de longo alcance que misturam fogo e sangue, Mogh é capaz de punir bastante personagens de curto alcance, pois consegue com frequência controlar o terreno da arena com suas habilidades e atacar com seu longo tridente quando o jogador tenta reajustar seu posicionamento. Isso, somado a sua habilidade acumular marcas no jogador e depois ativá-las para grande quantidade de dano, torna a luta extremamente desafiadora e divertida.
Embora o confronto seja muito bom, a arena e as implicações na história é que tornam Mogh um personagem tão marcante. Sendo o responsável pelo sequestro de Miquella, um dos empíreos descendentes de Marika, enquanto este ainda estava no casulo que havia criado para poder se tornar um adulto, Mogh tinha como objetivo ascender Miquella para substituir sua mãe, virando assim seu consorte e Lorde Pristino.
O jogador então o encontra no Palácio de Mohgwyn, ao sul de Siofra River, uma das regiões mais belas e interessantes do jogo, já que alterna o estrelado céu característico do subterrâneo de Elden Ring com as marcas de sangue e decadência do semideus. Ao atravessar a região chegamos enfim ao topo do palácio onde encontramos Mogh tentando alimentar Miquella com seu sangue, em nome da Mãe sem forma, uma deusa externa ao mundo das terras intermédias, na tentativa de despertá-lo, em uma das cutscenes mais perturbadoras do jogo.
O Ovo de Miquella ainda é um dos grandes mistérios do jogo e pode aparecer em um futuro DLC
Caso você não tenha enfrentado esse chefe eu recomendo voltar e fazê-lo, visto que, como teorizado por muitos jogadores ao longo das últimas semanas, é muito provável que encontremos Miquella, saindo ou não de seu ovo, ou mais alguma interação com a Mãe sem Forma em um eventual DLC de Elden Ring.
6. Maliketh
Outro chefe com grande importância para a história contada por Miyazaki em Elden Ring, Maliketh a Lâmina Negra aparece antes de o enfrentarmos, embora o jogador ainda não saiba disso. A luta começa contra o Clérigo Bestial, personagem NPC que é responsável por permitir ao jogador trocar Raízes da Morte por alguns encantamentos bestiais.
Clérigo Bestial que encontramos ainda no começo do jogo é na verdade Maliketh
Para os jogadores mais atentos isso por si só já seria uma pista que na verdade o clérigo é Maliketh, sombra de Marika, responsável por proteger a runa da morte que havia sido retirada do anel pristino para permitir vida eterna aos habitantes das terras intermédias. Quando esta é roubada e usada para matar Godwyn parte de seu poder é imbuída nas raízes da morte que nascem de seu corpo, o que faz com que Maliketh as deseje, como forma de restaurar completamente a força da runa da morte.
Boa parte dos jogadores, como eu, não perceberá isso de cara e encontrar o clérigo bestial no topo de Farum Azula por si só já é um choque, que ficará ainda maior após derrotar a primeira metade do chefe, que ativa a transformação para Maliketh. Além da importância no universo, Maliketh é um dos adversários mais desafiadores do jogo, em especial para personagens mais frágeis e magos que não investiram tanto em vigor, devido a sua agilidade, alcance e grande dano de suas habilidades.
Somando a importância na história, com sua luta desafiadora, plot twist e um visual incrível (que pode ser emprestado pelo jogador após derrotá-lo por meio de sua armadura e arma), é impossível não colocar a lâmina negra de Marika como um dos chefes mais icônicos de Elden Ring.
5. Dragonlord Placidusax
Inaugurando a segunda metade da nossa lista temos o chefe mais fácil de acidentalmente passar batido e não encontrar na primeira vez em que completamos Elden Ring. Escondido em uma estrutura flutuante na metade de Farum Azula o lorde dracônico é reconhecido como um dos primeiros lordes pristinos, antes mesmo da chegada da Trérvore no continente das terras intermédias, o que contraria o título de primeiro lorde que é dado a Godfrey.
Placidusax, que foi abandonado por seu deus (que se acredita ser o deus de todos os dragões que encontramos ao longo do título), reside no coração da tempestade além do espaço tempo, algo que podemos perceber quando adentramos na arena em que ele se encontra, já que as flutuantes estruturas de Farum Azula parecem voltar no tempo para dar forma ao local de descanso do lorde dos dragões.
O chefe, assim como outros que encontramos nessa lista, está longe do seu ápice, e a longa espera pelo retorno de seu deus é facilmente percebida pelo aspecto envelhecido do outrora lendário dragão. Mas não se engane, mesmo sendo uma sombra do que um dia foi, Placidusax é uma das lutas mais épicas de Elden Ring e combina os pontos fortes de todos os dragões que encontramos ao longo do título, mostrando-se um desafio mesmo para veteranos do gênero.
Com uma combinação de ataques e raios capazes de controlar o vasto terreno onde o enfrentamos, a primeira fase da luta é difícil mas apenas uma amostra do que virá na segunda fase, quando o dragão passa a se teleportar e voar pela arena, munido de seus ataques de raio e desferindo rápidas descidas contra o jogador. Se tudo isso não bastasse, as duas cabeças ainda são capazes de desferir um laser contínuo que se movimenta pelo terreno, remetendo muito ao famoso ataque de Midir em Dark Souls 3, mas ainda mais devastador, digno do lendário lorde dos dragões.
4. Godfrey/Hoarah Loux
No caminho para derrotar Morgott encontramos um versão “espiritual” de Godfrey, o primeiro lorde pristino. Embora a luta seja interessante, é inegável que ela deixa um gosto de “quero mais", em especial se tratando de um personagem tão relevante para a história das terras intermédias. Acredito então que não tenha sido surpresa para ninguém que, após colocarmos fogo na eldtree e voltarmos para sua base, o lendário guerreiro que fora outrora um lorde pristino esteja lá para defender seu posto e tentar recuperar o que um dia foi seu.
A primeira fase acaba por não ter nada de especial, visto que boa parte dos movimentos do chefe são de certa forma “repetidos” do que vimos na primeira vez que o enfrentamos, embora dessa vez o dano e resistência de Godfrey sejam muito maiores que os da sua versão espiritual. Talvez a grande diferença aqui seja a adição de golpes sísmicos, que dão ao chefe um alcance muito maior e diminuem ainda mais as janelas do jogador para se curar ou realizar feitiços.
A segunda fase, entretanto, é onde Godfrey brilha e garante o quarto lugar na nossa lista. Ao perceber que o maculado está prestes a derrotá-lo, o antigo lorde pristino sacrifica seu fiel leão Serosh, responsável por funcionar como uma trava para a fúria e poder de Godfrey, liberando seu poder total em uma das cutscenes mais impactantes do jogo.
Um dos lendários imaculados se revela outra identidade de Godfrey
Nessa nova fase o chefe dispensa sua arma e suas armaduras para lutar em sua forma mais pura, Hoarah Loux: guerreiro, nome esse que é usado por ele após seu banimento como maculado antes do começo da história. Sob essa alcunha o também maculado muda completamente seu estilo de batalha, passando a funcionar de certa forma quase como um lutador de luta livre, inclusive usando movimentos de wrestling contra o jogador (que são igualmente incríveis de ver e assustadores de receber). Com agilidade e agressividade muito acima da média de boa parte dos chefes do jogo, somados com a verticalidade de seus golpes, Hoarah Loux acaba por ter uma das lutas mais interessantes do jogo e que deixará o jogador sem fôlego após derrotá-lo.
3. Radagon/Fera Pristina
Se a From Software é mundialmente reconhecida por diferentes aspectos positivos de suas produções, um ponto é motivo de debate e crítica de fãs há alguns anos: a facilidade do chefe final de seus jogos. Desde Gwyn em Dark Souls, passando pela Presença da Lua em Bloodborne até a Alma das Cinzas em Dark Souls III, o último desafio de cada título da produtora costuma não ser tão desafiador assim, o que algumas vezes acaba deixando um gosto amargo no final da jogatina.
Bem, parece que esse foi mais um paradigma da franquia que Elden Ring se propôs a quebrar, já que Radagon e Fera Pristina são tranquilamente um dos chefes mais difíceis do título, além de contar com a já característica qualidade gráfica, com visuais incríveis tanto dos inimigos quanto da arena, e musical, com o excelente tema principal do jogo tocando durante a luta.
Na primeira metade da luta enfrentamos o lendário Radagon da Ordem Áurea, a outra personalidade de Marika, algo que podemos notar na excelente cutscene de entrada onde vemos o corpo da Deusa, com traços femininos e cabelo loiro, lentamente se transformando em um corpo com traços masculinos e cabelo ruivo.
Munido de seu martelo mágico, o Deus abusa de ataques com animações alongadas seguidos de efeitos de área dourados que, além de serem lindos, também causam muito dano no jogador. Além dos seus ataques de curto alcance Radagon também possui um arsenal de magias e golpes de longo alcance, como saltos e golpes no chão, o que torna a luta também desafiadora mesmo para usuários de magias ou armas de longo alcance.
Após derrotar o Deus é que chegamos enfim ao último inimigo de Elden Ring, a Fera Pristina, que nada mais é que a manifestação física da Vontade Superior, Deus criador do Anel Prístino e responsável por elevar Marika ao status de Deusa. Nessa fase temos um chefe muito mais fácil de acertar devido ao grande tamanho, mas que se move constantemente pela bela arena abusando da distância criada para alternar ataques com magias de longo alcance. Uma delas inclusive, reflete o símbolo do anel prístino no céu enquanto círculos dourados são criados para fechar o jogador antes de causarem uma grande explosão, o que torna a batalha além de divertida um grande espetáculo visual.
2. Malenia
Logo quando Elden Ring foi anunciado ainda em 2019, pouco se sabia sobre o jogo e sua história, mas um ponto que sempre foi grande enfoque do marketing da From Software é o grande embate entre os semideuses Malenia e Radahn. Não é de se surpreender, portanto, que ambos estariam liderando a lista de melhores chefes do jogo e, assim como o combate lendário que terminou em um empate, a decisão de quem leva a melhor aqui não é nenhum um ou pouco fácil.
Malenia a Espada de Miquella é com facilidade o chefe mais difícil de Elden Ring, sendo o grande responsável pelo renascimento (quando se reinicia e realoca seus stats dentro do jogo) de milhares de jogadores ao redor do mundo. Logo que entramos eu sua arena vemos a semideusa, claramente afetada pelo combate com seu primo Radahn, nos pés da Árvore Sacra aguardando o retorno de seu irmão Miquella. Ao notar a presença do jogador, Malenia levanta-se e, em mais uma belíssima cutscene, fala enquanto coloca seu capacete:
“Ouça minhas palavras
Sou Malenia, espada de Miquella
E eu nunca conheci a derrota”
Nesse momento boa parte das pessoas já perceberam o que as aguardava, e de fato as palavras das semideusas não são um discurso vazio. Malenia possui agilidade e alcances fora de série, além de contar com diversos combos e ataques que podem alcançar o jogador mesmo quando esse estiver em suas costas. Além de todo o poder e dificuldade natural da batalha, a chefona conta com uma habilidade, que posteriormente pode ser usada pelo jogador ao usar sua arma, chamada de Dança das Aves Aquáticas, que consiste de uma série de três avanços em direção ao inimigo, enquanto múltiplos cortes são desferidos em uma área ao seu redor, causando grande quantidades de dano. Mesmo que você tenha seu vigor muito alto, é normal morrer apenas ao levar dois terços desse ataque.
Como se toda essa dificuldade não fosse o bastante, em sua segunda fase a semideusa libera todo o poder de sua maldição, tornando-se a deusa da podridão escarlate, ganhando um par de asas apodrecidas em mais uma cena de tirar o folêgo. Sob essa nova forma Malenia ganha ainda mais alcance ao se utilizar de sua habilidade de voar, e também tem acesso ao seu famoso ataque Aeonia Escarlate, que a faz pular em uma direção e invoca uma grande flor de podridão escarlate, que foi usado como último recurso na luta contra Radahn, e é o responsável por toda a podridão escarlate que encontramos em Caelid.
A Deusa da Podridão Escarlate é uma das criações mais desafiadoras de Miyazaki
No geral Malenia é uma das lutas mais memoráveis de toda a história da From Software, e é candidata forte ao debate de qual o chefe mais difícil da história da franquia “Soulsborne”. Infelizmente a única pessoa que ela não conseguiu derrotar, assim como na história de Elden Ring, é quem acaba por conquistar o primeiro lugar da nossa lista.
1. Radhan
Enfim chegamos ao topo da nossa lista, o chefe que será lembrado por muitos como o “rosto” de Elden Ring e a primeira grande barreira para muitos jogadores: o Flagelo Estelar Radahn. É até difícil de começar a exaltar esse que é o maior ‘chad’ da história da From Software, visto que toda a construção da luta e dos eventos que culminam nela são totalmente impecáveis e representam o que de melhor a From Software tem a oferecer.
Vamos começar então pela história do grande general. Filho de Radagon e Renala, Radahn sempre admirou muito seu pai e o grande lorde pristino Godfrey, o que reflete em sua aparência, tanto pelos cabelos ruivos que carrega em homenagem a Radagon, quanto nos detalhes de leão em sua armadura em homenagem a Godfrey. Devido a sua linhagem mítica e árduo treinamento, não demorou muito para que Radahn crescesse muito mais que um humano normal, o que tornou impossível para que ele continuasse a lutar ao lado do seu amado cavalo Leonard.
Radahn é um dos personagens mais icônicos da história da FromSoftware
Qual a solução? Para muitos seria abandonar seu animal de estimação, mas para Radahn isso não era uma opção, o que levou o semideus a estudar extensivamente magia gravitacional, tornando-se capaz de alterar seu próprio peso ao manipular a gravidade. Sua habilidade com a escola de magia ficou tão poderosa que em determinado momento Radahn conquistou as próprias estrelas, segurando-as em torno de seu corpo e impedindo-as de se movimentar em direção às terras intermédias, ganhando então o título de Flagelo Estelar.
Após a luta com a sua prima Malenia, Radahn acabou sendo severamente afetado pela podridão escarlate usada como último recurso pela semideusa, ficando louco e reduzindo o outrora grande general a uma besta que apenas lutava para sobreviver e se alimentar dos corpos de seus inimigos. Devido a esse triste fim e seu grande senso de honra, o povo então decide criar o “Festival de Radahn” onde guerreiros de toda terra teriam a chance de lutar juntos para trazer o fim a vida do Flagelo Estelar.
Infelizmente não há competição aqui
É aí então que o jogador entra em cena em uma das lutas que facilmente podemos declarar como uma das mais épicas da história dos videogames. Sendo capaz de invocar diversos aliados encontrados ao longo da jornada, como o pote Alexander e o guerreiro lobo Blaidd, o maculado parte então para cima do já enfraquecido general, que já começa a luta no grande deserto desferindo enormes flechas munidas com seu poder gravitacional. Ao diminuirmos a distância o semideus então puxa suas enormes espadas e passa a desferir vastos e rápidos ataques físicos até o fim de sua primeira fase.
Logo que tem metade de sua barra de vida esvaziada Radahn sobe aos céus onde permanece “escondido” por alguns segundos para então voltar em forma de um grande meteoro que é capaz de matar o jogador em apenas um acerto (tudo isso em cima de seu nobre cavalo Leonard, é bom lembrar). Já na segunda fase temos enfim a possibilidade de enfrentar o poder que é capaz de parar as próprias estrelas, já que o Flagelo Estelar passa então a usar magias gravitacionais junto com seus ataques, aumentando, e muito, o dano e alcance de seus golpes.
Por fim, ao derrotarmos o grande semideus e darmos o fim merecido e desejado por ele, podemos ver outra bela cutscene onde as estrelas voltam a se mover, uma delas inclusive caindo na direção da terra intermédia e causando grande destruição, o que mostra que, mesmo desprovido de sua sanidade, Radahn continuava protegendo seus homens ao manter as estrelas paradas no céu.