PS Plus e Game Pass não serão populares como Netflix, diz Jim Ryan
Tecmundo
Jim Ryan, CEO da PlayStation, parece ser meio cético em relação ao alcance dos serviços de games como a PlayStation Plus e Xbox Game Pass. O executivo disse que apesar do número crescente de assinantes, eles não devem chegar ao mesmo nível dos streamings, por exemplo.
"O meio dos jogos é tão diferente da música e do entretenimento, que não acho que o veremos chegar aos níveis que vemos com Spotify e Netflix”, defendeu em entrevista ao Games Industry.
Ryan afirmou que o número de assinantes da PS Plus saiu de zero em 2010 para 48 milhões atualmente. A Microsoft, por exemplo, tem mais de 25 milhões de assinantes mundialmente no Game Pass. E se compararmos esses números com os outros streamings, é possível perceber a disparidade.
A Netflix, por exemplo, conseguiu 44 milhões de novos assinantes somente no 3° trimestre de 2021, chegando a um total de 213,5 milhões de assinaturas no mundo todo. Em seu relatório fiscal de 2021, o Spotify informou ter chegado a marca de 180 milhões de assinantes. Quando a empresa conta usuários ativos mensais (incluindo pessoas que utilizam o plano gratuito), o número chega a incríveis 406 milhões.
Aposta nos live service games
Apesar do ceticismo em relação ao serviços de games, Jim Ryan enxerga bastante potencial nos chamado live service games. Representado por títulos como Fortnite, Apex Legends, Destiny 2, Call of Duty: Warzone e GTA Online, a indústria acabou enxergando nesse modelo de desenvolvimento contínuo uma forma bastante interessante de ganhar dinheiro.
"Alguns dos live service games que estão se mostrando muito bem-sucedidos hoje em dia, e não estou restringindo este comentário ao console, são efetivamente serviços de assinatura em si. E são muito adaptados às necessidades do jogador que ama qualquer jogo com o qual passa horas e horas, mês após mês. E foi esse fenômeno do jogo de serviço ao vivo que, em grande parte, alimentou o enorme crescimento na indústria de jogos que vimos nos últimos dez anos”, justificou Ryan.
Ele salientou também que acredita que esses games continuarão muito populares nos próximos anos porque eles geram muito engajamento durante um longo período de tempo. “Os live service games se encaixam melhor nessa conta [dão mais lucro] do que um serviço de assinatura”, defendeu.
"Mas é tudo uma questão de escolha. Obviamente, existem milhões de pessoas que estão felizes em assinar o PlayStation Plus. Oferecemos a elas essa opção na plataforma e achamos que estamos oferecendo uma opção significativamente melhor com as alterações que fizemos. Da mesma forma, se as pessoas quiserem jogar Fornite, Call of Duty ou FIFA, e manter seu engajamento dessa forma, tudo bem também. Ninguém é obrigado a fazer nada”, finalizou.