PS Vita: do pior ao melhor, segundo a crítica
Tecmundo
Quando a Sony entrou no mercado dos consoles de mesa, ela se deu muito bem logo de cara com o PlayStation 1. Quando foi para o mercado de portáteis, o resultado não foi incrível, mas bom o suficiente para a empresa continuar na empreitada.
A Sony então pegou o que deu certo no PSP e adicionou novas features com o objetivo de ter o melhor videogame de bolso já lançado, mas o resultado vocês já sabem. Ainda assim, diversos jogos bons e péssimos foram lançados, e vocês sabem o que isso significa. Sejam bem-vindos à mais um episódio do Pior ao Melhor de consoles com o PS Vita. Aqui estão nossos critérios, prestem bastante atenção:
- As notas apresentadas são baseadas no agregador de notas Metacritic.
- Nós separamos os sete melhores e os sete piores jogos do videogame. Em caso de empates, nós usamos a nota dos usuários como desempate.
Vamos começar com os piores.
7) The Muppets: Movie Adventures (2014) - 48
Em sétimo lugar, temos The Muppets: Movie Adventures, lançado em 2014. Ele é um side-scrolling 2D em que os jogadores irão passar por diversos lugares parecidos com os dos filmes protagonizados pelos fantoches de Jim Henson.
O problema é que ele tem problemas. Seus controles de touch são estranhos, ele não incentiva o replay, é extremamente curto e muito fácil, o que rendeu a ele a baixa nota 48.
6) Ridge Racer (2011) - 44
Lançado em 2011, Ridge Racer é um game de corrida exclusivo para o console portátil da Sony. Ele tem como foco a jogabilidade arcade e possui modos single e multiplayer. Além do conteúdo base, ele recebeu alguns DLCs temáticos, como do Pac-Man e do Daytona USA.
Ele foi muito criticado pelos analistas. Mesmo que seus controles sejam interessantes e a direção de drift seja legal, as recompensas são pouco convincentes, os visuais são mundanos e ele tem pouco conteúdo, obrigando os jogadores a comprarem os DLCs. Sua nota é 48.
5) Chronovolt (2012) - 44
Com uma pegada steampunk, Chronovolt, lançado em 2012, é um plataformer com puzzles que o jogador tomba o console de um lado para o outro para movimentar a personagem e coletar os diversos poderes pelo caminho.
Seu sistema de controle até é preciso, mas a gameplay não é nem um pouco convincente, os gráficos são medíocres, a taxa de quadros extremamente inconstante e ele tem diversos bugs que atrapalham a experiência. Sua nota é 44.
4) Lets Fish! Hooked On (2013) - 41
Lets Fish! Hooked On, lançado em 2013, é exatamente o que diz ser: um jogo de pesca esportiva fofinho. Seu modo principal é o World Tour, que coloca o player no papel de quatro diferentes personagens com habilidades e histórias únicas.
Ele até é divertidinho pra quem jogar em poucas sessões, mas os peixes aparecem e somem do nada, ele é muito fácil, a câmera é bizarra, ele fica chato rapidamente, não tem tutoriais, tem pouco conteúdo e possui mecânicas bem sem graça. Sua nota é 41.
3) Drive Girls (2017) - 39
Drive Girls, lançado em 2017, abre o pódio dos piores dessa nossa lista. O título mistura carros com garotas de anime para criar um conceito estranho, situando tudo em batalhas com muita ação e alta velocidade.
A ideia é bizarra e a execução é péssima. Ainda que haja uma boa customização, a história é muito chata, os tutoriais não explicam nada, há muito fan service e tem diversos problemas técnicos que atrapalham a jogatina. Sua nota é 39.
2) Tokyo Tattoo Girls (2017) - 36
Tokyo Tattoo Girls, também conhecido como Irezumi no Kuni, foi lançado em 2017 e é um jogo de estratégia em que meninas de anime usam poderes provenientes de suas tatuagens com o objetivo de escapar da cidade de Tokyo.
E mais um jogo kawai com proposta estranha que falha muito mais que acerta. A gameplay é pouco desafiadora, as personagens e a história não tem profundidade e ele é extremamente curto e repetitivo. Sua nota é 36.
1) Call of Duty: Black Ops Declassified (2012) - 33
E em primeiro lugar, para a surpresa de alguns, um game de uma grande franquia. Call of Duty: Black Ops Declassified, lançado em 2012, se passa entre os acontecimentos de Black Ops e Black Ops 2, tendo um modo single, um multiplayer e um chamado hostile, que é parecido com o Survival de Modern Warfare 3.
E o que fez ele levar nossa medalha de estrume? Bem, sua inteligência artificial é horrorosa, não há como salvar nas missões solo, a campanha singleplayer é curta, os controles são maçantes, os níveis lineares e o multiplayer extremamente bugado só com mapas pequenos. Isso tudo rendeu a ele a nota 33.
Vamos agora para os melhores.
7) Rayman Legends (2013) - 87
Em sétimo lugar entre os melhores, temos Raymand Legends, lançado em 2013. O jogo junta até 4 jogadores para passarem por diversos níveis de forma cooperativa, derrotando inimigos, coletando os seres lumus e salvando os pequenos Teensies. Há também um multiplayer competitivo chamado Kung Foot, que é basicamente uma partida de futebol, e níveis especiais de ritmo que contam com covers de músicas como Black Betty, Eye of the Tiger e Antisocial. Nessa versão, é possível controlar Murfy com o controle touch em vez de apertar um botão para ele ajudar cortando cordas, ativando mecanismos, segurando inimigos e muito mais.
O jogo foi muito elogiado por basicamente ser uma evolução do seu antecessor, Rayman Origins, mas trazer muitos conteúdos novos. A gameplay e o design dos níveis foram elogiados, assim como a jogatina coop. Muitos descreveram ele como próximo da perfeição, vacilando na curta duração, mas apresentando um game incrível. Ele ficou com 87 de nota.
6) Tearaway (2013) - 87
Lançado em 2013, Tearaway ficou em sexto lugar na nossa lista. Ele foi desenvolvido pela Media Molecule, a mesma de LittleBigPlanet, e acompanha um pequeno mensageiro que deve entregar uma mensagem em seu mundo de papel chamado Valleyfold.
O game é reconhecido pelos donos do PS Vita por utilizar todas as features que o console possui. Sendo assim, durante a aventura será necessário tirar fotos, usar o touch traseiro e desenhar no touch frontal. A câmera é em terceira pessoa e os personagens são customizados da forma que o jogador quiser.
Os analistas elogiaram seus visuais charmosos, a conexão entre mundo real e digital, o ótimo uso dos recursos do Vita e a customização simples e divertida. Em contrapartida, sua duração é curta e ele tem baixo fator replay. Sua nota é 87.
5) Spelunky (2013) - 88
Em quinto lugar, um roguelike embaixo da terra. Spelunky, lançado em 2013, é um remake do jogo original que chegou inicialmente em 2008. O jogador controla um espeleólogo, que são os estudiosos de cavernas subterrâneas, que vai explorar lugares misteriosos e perigosos cheios de segredos e relíquias.
As cavernas são geradas proceduralmente, fazendo com que cada tentativa seja única e, se tratando de um roguelike, pode ter certeza que serão muitas tentativas. Diversos itens estão espalhados pelo cenário e podem ser utilizados para passar por esses obstáculos mortais além de facilitar a jogatina.
Ele foi extremamente elogiado pelos analistas por conta de sua jogabilidade recompensadora, grande variedade de inimigos e itens, o modo cooperativo, os atalhos que mudam a forma de se jogar e o cross buy, cross save e até cross play com o PS3. Sua nota é 88.
4) Rayman Origins (2012) - 88
Depois de 8 anos sem um game principal da franquia, Rayman Origins, lançado em 2011, veio pra acabar com a seca e mudar a série, voltando ao 2D e aos visuais cartunescos, apresentados inicialmente no primeiro jogo da série.
Na história, Rayman e seus amigos estavam dormindo e um microfone, disfarçado de flor, acaba captando e aumentando o volume dos roncos deles, o que acorda uma velinha da Land of the Livid Dead, que manda um exército de criaturas horrorosas como retaliação. Os nossos heróis acabam sendo derrotados e capturados, menos Rayman, que agora tem que salvar todos seus amigos e o mundo como um todo.
A gameplay volta ao clássico plataforma side-scrolling com um co-op de até 4 jogadores que podem entrar ou sair quando quiserem. Quando um deles é derrotado, eles meio que inflam e podem voltar ao jogo quando um companheiro os atinge. Além de pular de um lado pro outro e batalhar com os inimigos, é necessário liberar os Electoons presos, que podem estar no meio do caminho ou em lugares secretos.
O game foi elogiado por seu level design, seus visuais cartunescos e seu coop, mas muitas ideias são repetidas diversas vezes durante o game, a falta de multiplayer online e a quantidade gigante de itens colecionáveis que podem distrair a atenção do jogador da fase. Ainda assim, ele impressionou a todos e ficou com 88 de nota.
3) LittleBigPlanet PS Vita (2012) - 88
LittleBigPlanet PS Vita, lançado em 2012, ficou em terceiro lugar. O jogo é um plataformer cheio de puzzles que coloca o pequeno Sackboy em uma jornada lotada de obstáculos que devem ser superados.
O jogo tem um foco bem grande na criação de conteúdo pela comunidade, com os jogadores podendo criar suas próprias fases e compartilhar por meio da PlayStation Network. Além dos controles físicos, o jogador usará touchscreen para interagir com o ambiente e jogar minigames competitivos.
Os analistas gostaram bastante da variedade grande de níveis de história e minigames, além do excelente uso do touchscreen e da facilidade na criação de níveis, mas os tutoriais para as ferramentas de criação são meio inacabados. Sua nota é 88.
2) Velocity 2X (2014) - 90
Levando a medalha de prata, temos Velocity 2X, lançado em 2014. O game é um shoot ‘em up de navinha que continua os acontecimentos do primeiro jogo, com a protagonista Kai Tana acordando como prisioneira do Império Vokh, tendo que fugir e acabar com os planos de se expandir para todo o universo.
Ele tem diversas mecânicas que vão sendo introduzidas aos poucos, adicionando profundidade na gameplay, uma alta dificuldade, que lembra clássicos do gênero, e partes de plataforma, que tiram um pouco da repetitividade do tiroteio desenfreado.
Os analistas elogiaram as mecânicas maravilhosas, as lindas artes e animações, a trilha sonora fenomenal e os incríveis designs de fases. Ele tem um final meio anticlimático, mas isso não destrói a ótima experiência construída por diversas horas. Sua nota é 90.
1) Persona 4 Golden (2012) - 93
Encabeçando a lista temos Persona 4 Golden, lançado em 2012, que é um port Persona 4 que chegou inicialmente em 2008 para o PS2. O game conta a história de um protagonista sem nome chegando em uma pequena cidade do interior e rapidamente encontra problemas, além de descobrir um mito que mudará a vida de todos daquele lugar.
A jogabilidade é diferente durante o dia e a noite, com o clima sendo extremamente importante para o prosseguimento da investigação que vai evitar que um misterioso assassino continue ceifando vidas. Mesmo com essa temática pesada, ele é considerado um dos mais leves de toda a franquia, com diversos momentos de aquecer o coração.
Para os analistas, o game equilibra bem as partes de RPG com as de gestão de recursos, os personagens e diálogos são memoráveis, ele melhora a interface e o combate da saga, traz muitos locais novos e a história é bem misteriosa. Ele até demora algumas horas pra pegar no tranco e há problemas com loading, mas ele ainda é um game incrível e ficou com 93 de nota.