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Riders Republic é diversão raiz sem se levar a sério e inofensivo
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Riders Republic é diversão raiz sem se levar a sério e inofensivo

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Tecmundo
14/11/2021 23h00
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Jogos de esportes radicais têm um espacinho confortável em nosso saudosismo porque remetem aos bons tempos de Master System, Mega Drive, Super Nintendo, divagando pelas eras 8 bits a 64 bits, quando tínhamos inúmeros jogos nessa pegada, sempre com uma proposta arcade por trás. Ligar e sair jogando sem longas explicações na tela é, definitivamente, coisa do passado.

Riders Republic nasceu exatamente com essa premissa: ser um show de atrações em mundo aberto com total liberdade, sem firulas e sem enrolação, oferecendo um colossal parque de diversões ao jogador. Para isso, apresenta um mapa imenso, que permite viajar a qualquer lugar quando você bem entender por meio do transporte disponível – e a parte mais legal reside na mistureba dessa salada de frutas.

Numa junção de The Crew e Steep, Riders Republic tenta corrigir alguns erros que a Ubisoft cometeu com o gênero no passado e busca um equilíbrio da fórmula num descontraído ambiente online. Como todo produto novo, erros e acertos entram no saldo ao final do dia. Vejamos.

Confira nossa videoanálise:

 

Um mundo de carreiras

Riders Republic é basicamente um MMO de esportes radicais separado em modalidades como snowboard, bicicleta, esqui, jetpack e planagem, citando os principais. Cada estilo possui sua própria carreira para que o jogador possa se concentrar nas diferentes categorias.

A progressão, portanto, é individual, o que ajuda a separar os focos que você precisa dar a cada variante no ritmo que preferir. A Ubisoft deixou tudo bem organizado para que o conjunto de atividades não fosse confuso. Você deve estar online para jogar, naturalmente, mas não precisa interagir com ninguém se não quiser e progride da mesma forma – este que vos escreve, um lobo solitário, operou dessa maneira. Em nada me senti prejudicado.

O título do jogo literalmente revela seu significado: você é um atleta da república dos esportistas, hub apresentado em formato de reality show, com duas câmeras filmando entrevistados que dão depoimentos sobre os perrengues e o expediente da equipe situada nesse espaço, sempre com uma enorme dose de bom-humor, refletindo o espírito descontraído e californiano que o jogo se propõe a ter.

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Jogos de verão...

Desoprimido, Riders Republic busca, a todo momento, transmitir leveza ao jogador: não há uma narrativa para você seguir ou a necessidade de prestar atenção nos diálogos, tampouco uma quantidade cansativa de tutoriais ou explicações prolongadas na tela.

Trata-se de um rótulo 100% arcade para você ligar e sair jogando, bem aos moldes dos clássicos de esportes das eras 8 a 64 bits, como já mencionei, em que a diversão reside puramente no gameplay e representa o primeiro pilar da experiência.

 

Por falar em jogabilidade, temos uma boa mistura de tudo que funcionou em The Crew e Steep, só que mais refinado, eu diria, ou “descambado”, no melhor de todos os sentidos. Sob a ótica do desenvolvimento e da concepção de um jogo, é preciso ter claro o objetivo de não se levar a sério, e Riders Republic cumpre o princípio com sagacidade.

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A sua carreira começa na modalidade bike downhill, com corridas de bicicleta mescladas a manobras, e depois você abre as categorias de snowboard, wingsuit e wingsuit a jato, que são, respectivamente, planagem e jetpack, usando o gancho deixado por The Crew 2, que também trouxe um forte viés aos veículos aéreos.

Os controles podem ser simples ou complexos, se você preferir – pontuar em rankings altos, por exemplo, requer um tempo de prática para dominar manobras, mas a curva de aprendizado tem ótimo ritmo e entrega um sentimento satisfatório ao jogador.

Com o tempo, você encontra sua modalidade favorita e pode concentrar esforços só nela. A minha, por exemplo, é, disparada, a carreira aérea, que remonta aos velhos tempos de Star Fox, Pilotwings e afins; é necessário calcular com mais frieza as curvas, sem se afobar.

[Vini, inserir galeria de imagens aqui, tão no seu e-mail]

Falhas ubisoftianas

Ao mesmo tempo em que tenta corrigir as falhas de Steep, Riders Republic também comete seus erros: o eixo vertical, configurado como invertido, pode ser teimoso – quando você está no jetpack, por exemplo, ele funciona, porém, ao abrir o paraquedas, o eixo se desinverte sozinho, confundindo a cabeça do jogador.

Além disso, bugs tradicionais de mundos abertos dão o ar de sua graça para que não nos esqueçamos de que existem, especialmente porque há uma batelada de jogadores online se esbarrando a todo momento, já que se trata de um MMO. Ficar preso numa árvore, por exemplo, pode ser algo mais frequente do que você imagina.

Durante o período de jogatina, outro problema gritante foi a quantidade de travamentos que o jogo apresentou, ao menos na minha experiência no PS5. O game “crashou” muitas vezes, isto é, foi encerrado abruptamente e me jogou de volta para a interface do console. Momentos como esse nos fazem verbalizar impropérios inimagináveis na frente da televisão.

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Viajar a um toque

Fora os problemas supracitados, o mundo aberto tem seu próprio charme e abriga vários pontos de interesse que liberam novas atividades, em regiões que escondem relíquias, balões e outros segredos. A exploração, portanto, é uma importante vertente de Riders Republic, intercalada como refresco para você respirar entre as modalidades esportivas.

Algumas corridas em regiões montanhosas são dignas o suficiente para provocar uma falsa sensação de frio na barriga, colocando os jogadores perto de desfiladeiros ou em pontes duvidosas.

A praticidade é maravilhosa: você pode fazer viagem rápida para qualquer lugar do mapa de forma instantânea, sem burocracia e sem telas de loading, numa otimização que usa e abusa dos SSDs da nova geração.

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Veredito

Riders Republic faz você se sentir o Homem de Ferro enquanto voa pelos céus (ou um char de Anthem, se preferir), um profissional de bike downhill e um entusiasta de snowboard/esqui, no melhor estilo Cool Boarders e SSX Tricky, só para citar algumas inspirações e memórias que fazem do jogo da Ubisoft um produto de ótima escolha a quem busca diversão imediata, não seriedade.

A injeção de adrenalina pode ter efeito rápido ou duradouro, a depender do jogador, mas a Ubi ainda precisa trabalhar em atualizações para amenizar os bugs e eliminar esses congelamentos que estão comprometendo a experiência para algumas pessoas. Por se tratar de um MMO, há um trabalho de longo prazo a ser feito em prol do equilíbrio, inclusive com relação à estabilidade dos servidores, que ainda não é a ideal.

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No entanto, Riders Republic acerta mais do que erra, especialmente pelo robusto sistema de progressão, que separa as categorias esportivas em carreiras individuais, e pelo bom trabalho na física dos bonecos e dos veículos, isto é, no gameplay propriamente dito, uma vez que esportes radicais podem ser um terreno pantanoso nesse sentido.

Pegue seu ingresso de entrada para esse parque de diversões ciente de que algumas atrações ainda precisam de ajustes, mas, enquanto isso não acontece, aproveite a vista deslumbrante.

Nota Voxel: 79

Pontos positivos

  • Diversão descompromissada
  • Progressão robusta em carreiras separadas para cada modalidade esportiva
  • Gameplay simples
  • Mapa bem construído

 

Pontos negativos:

  • Bugs ubisoftianos no mundo aberto
  • Travamentos que fecham o jogo abruptamente ocorrem com boa frequência e precisam ser resolvidos em atualizações junto com os demais problemas
  • Quedas ocasionais de servidores e outras questões de MMO que a Ubi deve endereçar no longo prazo

 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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