Wrath of the Lich King quer resgatar toda a nostalgia do clássico
Tecmundo
World of Warcraft Classic finalmente receberá a aclamadíssima expansão Wrath of the Lich King! O anúncio foi feito pela própria Blizzard durante uma transmissão focada nas principais novidades a caminho de seu épico MMORPG no último dia 20 de abril. Confira o anúncio na íntegra:
Embora ainda não tenha uma data exata marcada para chegar ao game, foi prometido que o conteúdo será liberado ainda em 2022. Para aumentar ainda mais o nosso hype, fomos convidados pela produtora a participar de uma entrevista com o diretor de produção Patrick Dawson e com o designer Tim Jones, onde ambos relembraram as suas memórias favoritas com essa aclamada expansão!
Wrath of the Lich King é facilmente um dos momentos mais queridos pelos fãs brasileiros de Warcraft, então gostaríamos de saber quais são as suas memórias favoritas do game tanto como jogadores como no papel de desenvolvedores. E o que vocês acham que todo mundo deveria conferir no jogo?
Tim Jones: Eu tive muita sorte de já na faculdade, lá em 2008, ser um estagiário de design durante o desenvolvimento de World of Warcraft Wrath of the Lich King quando eu ainda tinha 22 anos. Então daí você já faz as contas do quão velho estou agora... (risos) Mas com isso eu consegui trabalhar em coisas simples que achei simplesmente incríveis.
Era a minha responsabilidade colocar todas as anotações sobre pescaria de Wrath of the Lich King, e eu me lembro bem do quão orgulhoso eu estava puramente por colocar os avisos de pesca em lugares que eu achava que seriam lindos, como na Serra Gris. Seria tipo “Olha, para a pessoa que só está querendo pescar, tem uma cachoeira com linda vista com as montanhas e árvores ao norte!”
Até outras coisinhas, como por exemplo, colocar pequenos animais nas dungeons era minha responsabilidade. Até hoje eu tenho muito orgulho e me diverti demais por ter participado disso lá no início. Quanto a jogar, eu amava subir o nível de múltiplos personagens, e aí em uma campanha eu começava a jogar na Tundra Boreana e explorar o local, enquanto com outro personagem em levava o meu Cavaleiro da Morte para o Fiorde Uivante. Então tinha essa ótima oportunidade que não existia em Burning Crusade, de ter uma experiência introdutória completamente diferente, isso foi uma das coisas mais memoráveis para mim.
Patrick Dawson: Para mim, como jogador, algumas coisas que realmente clicaram bastante comigo foram os momentos cinemáticos que acontecem, já que eu não estava esperando. É engraçado porque eu era um desenvolvedor do jogo, mas não tinha tido a chance de jogar as quests porque estava trabalhando em outras coisas (risos).
Não vou dar spoilers para aqueles que ainda não jogaram, mas ver a Alexstrasza… foi um momento icônico! Foi uma grande transição, a gente nunca tinha feito algo assim antes, uma quest tão épica e com uma conclusão mais épica ainda, então foi fantástico! E outra coisa é que tem esse carinha bem conhecido, o Arthas, que é um dos meus vilões favoritos de todos os tempos, justamente porque ele é tão complicado!
Se você seguiu a história desde Warcraft III até Wrath of the Lich King, é uma história simplesmente fantástica. Eu me lembro de jogar o cenário de Stratholme, e agora na expansão você tem a chance de revisitar isso como uma dungeon nas Cavernas do Tempo. Agora, como desenvolvedor, o sistema de conquistas foi algo no qual trabalhei como desenvolvedor principal. Eu e o diretor trabalhamos bem de perto, e ele chegou até a fazer uma conquista em minha homenagem em certo ponto! (risos)
Funcionou tão bem, porque em certo ponto ele estava pensando tipo: “isso ficou ótimo, eu amo esses sistemas, dá para fazer todas essas coisas… você quer uma conquista para você?”, e eu respondi: “bom… talvez?” (risos) Então ele prosseguiu indagando sobre “Ravenholdt, Shen'dralar... ninguém faz isso, é muita coisa, isso é insano!", e eu confessei que era meio insano mesmo. Então ele decidiu: “eu vou fazer uma conquista sobre isso, e vai se chamar The Insane”!
Eu ainda nem tinha terminado com Ravenholdt na época, mas depois terminei até rapidinho, acho que fui a 200ª pessoa no mundo, talvez a 198ª a conseguir pegar essa conquista! Então eu orgulhosamente uso o título de The Insane com o máximo de frequência possível, porque foi uma experiência muito recompensadora como desenvolvedor!