Anemia: entenda o que é, causas e os sintomas da doença
Tecmundo
A anemia afeta mais de 1,6 bilhão de pessoas em todo o mundo, o que representa cerca de 30% da população total, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença afeta principalmente mulheres em idade reprodutiva e crianças. A OMS estima que a anemia afeta 42% das crianças menores de 5 anos e 40% das mulheres grávidas.
Conheça o que é anemia, quais são as suas causas, sintomas, tratamento e prevenção.
O que é anemia?
(Fonte: Pix4free.org/Nick Youngson/Reprodução)
Os glóbulos vermelhos, ou hemácias, são células sanguíneas em forma de disco que transportam oxigênio para os órgãos e tecidos do seu corpo. A anemia acontece quando o número de glóbulos vermelhos saudáveis em seu corpo é muito baixo.
Cada parte do corpo precisa de um suprimento suficiente de oxigênio para funcionar de forma eficaz. Dessa forma, muitos dos sintomas da anemia, como fadiga e falta de ar, são causados pela diminuição do fornecimento de oxigênio aos órgãos e tecidos vitais do corpo.
As hemácias contêm uma proteína rica em ferro chamada hemoglobina. Essa proteína se liga ao oxigênio nos pulmões, permitindo que os glóbulos vermelhos o carreguem e o distribuam por todo o corpo. Por isso, a anemia é medida conforme a quantidade de hemoglobina no sangue.
Quais são as causas da anemia?
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Os glóbulos vermelhos são produzidos na medula óssea e têm uma vida útil média de 100 a 120 dias. Em média, a medula óssea produz 2 milhões de hemácias a cada segundo, enquanto aproximadamente o mesmo número é removido da circulação. Cerca de 1% dos glóbulos vermelhos são removidos da circulação e substituídos diariamente.
Qualquer processo que tenha um efeito negativo nesse equilíbrio entre a produção e a destruição de glóbulos vermelhos pode causar anemia. As causas da doença são geralmente divididas entre aquelas que diminuem a produção e aquelas que aumentam a perda de hemácias saudáveis.
Redução de produção de hemácias
A diminuição da produção de glóbulos vermelhos pode ser causada por fatores relacionados ao DNA ou relacionados ao comportamento. As causas hereditárias que reduzem a produção de hemácias, como a Anemia de Fanconi ou Síndrome de Blackfan-Diamond, são muito raras.
Já os fatores comportamentais são inúmeros, sendo o mais comum a ingestão insuficiente de nutrientes como ferro e vitamina B12 que são matéria-prima para a fabricação de glóbulos vermelhos.
A menor produção também pode ser causada por patologias como doenças renais, tumores e alguns tipos de câncer (leucemia, linfoma e mieloma múltiplo), doenças autoimunes (lúpus e artrite reumatoide), hipotireoidismo e infecções como Síndrome da Imunodeficiência Humana (Aids) e tuberculose.
Além disso, alguns tratamentos, especialmente quimioterapia e radioterapia, e a exposição a toxinas — como chumbo — podem provocar uma menor produção de glóbulos vermelhos e, por consequência, a anemia.
Aumento de perda de hemácias
A maior perda de hemácias também pode ser causada por fatores adquiridos ou herdados. Entre os fatores adquiridos, estão a perda de sangue decorrente de acidentes, lesões, cirurgias, menstruação e até parto ou endometriose. As perdas podem ser causadas por decomposição precoce dos glóbulos vermelhos devido a fatores como atividades autoimune, infecções, exposição a toxinas e doenças hepáticas.
A causa hereditária mais comum é má formação das hemácias, conhecido como anemia falciforme, que é a patologia genética com maior incidência no mundo. Em alguns países africanos, a doença chega a ter uma incidência de 40% na população.
Como saber se uma pessoa está com anemia?
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Os sinais de anemia nem sempre são visíveis, pois o corpo é capaz de compensar a anemia precoce. Os sintomas da doença variam de acordo com o tipo de anemia, a causa subjacente, a gravidade e quaisquer problemas de saúde relacionados. Os sinais comuns a muitos tipos de anemia incluem:
- fadiga fácil e perda de energia;
- batimentos cardíacos excepcionalmente rápidos, particularmente com exercícios;
- falta de ar e dor de cabeça, principalmente ao praticar exercícios;
- dificuldade de concentração;
- tontura;
- pele pálida;
- cãibras nas pernas;
- insônia.
Tratamento e prevenção
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O tratamento e a prevenção da anemia variam de acordo com a causa da doença. As condições hereditárias não têm formas de prevenção e podem ser tratadas com medicamentos, transfusão de sangue e até transplante de medula.
No caso das condições adquiridas, uma dieta rica em ferro, vitamina C (que ajuda na absorção do ferro) e vitamina B12 é eficaz para tratar e prevenir a doença. O uso de suplementos pode ser indicado para acelerar a recuperação.
Anemia pode ser perigosa
A anemia se não for tratada por um longo período pode levar a complicações graves, como insuficiência cardíaca, fraqueza grave e baixa imunidade. Além disso, a doença não tratada pode provocar infecções frequentes, mau desenvolvimento do feto na gravidez, parto prematuro e bebês com baixo peso ao nascer. Por isso, nos primeiros sintomas da doença, um médico deve ser consultado para realizar o tratamento mais adequado.