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Anvisa aprova tratamento 2 em 1 para pacientes com HIV
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Anvisa aprova tratamento 2 em 1 para pacientes com HIV

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Tecmundo
01/12/2021 13h00
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Nesta última segunda-feira (29), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou a aprovação de um novo medicamento 2 em 1 para o tratamento contra o HIV. Trata-se de uma combinação entre as substâncias lamivudina e dolutegravir sódico em um só comprimido.

A companhia ViiV Healthcare, um braço da farmacêutica GSK, é a responsável pelo desenvolvimento do remédio, nomeado Dovato. Segundo a empresa, o medicamento reduz a quantidade de antirretrovirais (ARV) usados pelos pacientes, mantendo a eficácia e a alta barreira à resistência de tratamentos com mais substâncias.

De acordo com informações da bula, a fórmula pode ajudar a reduzir a quantidade de vírus do HIV no organismo, mantendo-a em níveis baixos. O uso do medicamento também faz aumentar a concentração de células CD4, uma categoria de glóbulo branco do sangue que faz a manutenção do nosso sistema imunológico e evita infecções.

Desde 1996, o Brasil oferece ARVs gratuitos e, desde 2013, garante tratamento para todas as pessoas com HIVDesde 1996, o Brasil oferece ARVs gratuitos e, desde 2013, garante tratamento para todas as pessoas com HIV

Dupla medicação contra o HIV

“Dovato contém duas substâncias ativas que são usadas no tratamento da infecção pelo HIV: dolutegravir e lamivudina. O dolutegravir pertence ao grupo de medicamentos antirretrovirais chamados inibidores de integrase (INs). A lamivudina pertence a um grupo de medicamentos antirretrovirais denominado inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRNs)”, diz a bula do remédio.

Explicando de outra forma: enquanto o dolutegravir é responsável por impedir que o código viral realize uma integração genética com as células humanas, o lamivudina impede a multiplicação do HIV no organismo.

“O medicamento poderá ser indicado como um regime completo para o tratamento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1) em adultos e adolescentes acima de 12 anos pesando pelo menos 40 kg, sem histórico de tratamento antirretroviral prévio ou em substituição ao regime antirretroviral atual em pessoas com supressão virológica”, a Anvisa afirmou em comunicado oficial.

Tratamento gratuito no Brasil

O objetivo do remédio é fazer a manutenção do tratamento dos pacientes de HIV sem a necessidade do uso de muitos medicamentos, possibilitando efetividade aliada a uma menor toxicidade do organismo. De qualquer forma, é relevante ressaltar que ainda não existe cura para o HIV, por isso, a prevenção é sempre mais importante.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito, independente da carga viral dos pacientes — inclusive, o país é referência internacional. Mensalmente, o governo distribui o [3 em 1] Tenofovir, Lamivudina e Efavirenz em um só comprimido, ou Tenofovir e Lamivudina numa só drágea com adição de uma pílula de Efavirenz.

Atualmente, existem 19 tipos de antirretrovirais no BrasilAtualmente, existem 19 tipos de antirretrovirais no Brasil

Além de oferecer gratuitamente testes, camisinhas e campanhas de educação sexual, o SUS também conta com tratamentos para prevenção (PrEP) e para aqueles expostos ao vírus há menos de 72 horas (PEP). 

A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um método de prevenção que consiste na ingestão de um comprimido diário para impedir a infecção do vírus no organismo caso a pessoa entre em contato com o vírus — o método é mais indicado para grupos com comportamento de risco. Já a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é um tratamento de urgência para pessoas expostas ao HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis, combinando medicamentos para reduzir o risco da infecção — nesse caso, o paciente deve realizar o tratamento preferencialmente nas duas primeiras horas após o contato e, no máximo, em até 72 horas.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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