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Negar vacinação a crianças é irresponsável, diz sociedade de pediatria
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Negar vacinação a crianças é irresponsável, diz sociedade de pediatria

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Tecmundo
07/01/2022 19h30
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A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou na quinta-feira (6) uma nota de repúdio afirmando que a vacinação de crianças é um direito que deve ser assegurado. Segundo a entidade, negar o benefício e desestimular a adesão dos pais é um ato lamentável e irresponsável.

Segundo a SBP, os óbitos infantis no país podem ser evitados pelo uso do imunizante. "A vacina previne a morte, a dor, sofrimento, emergências e internação em todas as faixas etárias", afirma.

Todos os estudos apontam que a vacinação infantil é fundamental para reduzir as formas graves da doença. Não existem evidências que comprovem que os imunizantes façam mal ao menores.

Vacinação infantil deve iniciar em janeiro no país (Fonte: Pexels/Fernandozhiminaicela)Vacinação infantil deve iniciar em janeiro no país (Fonte: Pexels/Fernandozhiminaicela)

"A população não deve temer a vacina, mas, sim, a doença", diz a nota. E acrescenta que a covid longa e a síndrome inflamatória multissistêmica são doenças que tornam necessária a imunização do público infantil.

Em consulta pública realizada pelo Ministério da Saúde, a vacinação de crianças contou com o apoio da maioria dos brasileiros. A anvisa já aprovou o uso do imunizante da farmacêutica Pfizer para a faixa etária ainda em dezembro de 2021.

Vacinação infantil no Brasil

Países como Reino Unido, Canadá, Espanha, Austrália, Portugal, França, Israel, Chile e Estados Unidos já estão vacinando menores.

No Brasil, crianças de 5 a 11 anos poderão ser vacinadas a partir da terceira semana de janeiro. O governo federal espera receber 20 milhões de doses pediátricas, que contém um terço da composição da versão para adultos.

Outros 20 milhões de doses estão prometidos para o segundo trimestre do ano. A vacinação deve começar por crianças com comorbidades e deficiências e avançar por idade.

Segunda dose para crianças

A segunda dose deve ser aplicada oito semana após a primeira, ao contrário dos 21 dias previstos na bula do medicamento. O Ministério da Saúde tomou essa decisão com base no que é praticado em outros países, como Reino Unido e Austrália.

Segundo representantes do governo, o intervalo maior é suficiente para garantir a produção de anticorpos necessária para a proteção das crianças. O cenário epidemiológico no Brasil também ajuda.

Desde que a vacinação começou no país, o número de casos diminuiu. Entretanto, especialistas alertam que o apagão dos dados do SUS, após ataque hacker em dezembro do ano passado, criam perspectivas falsas.

A estimativa é que existam mais casos do que aqueles reportados, e que o número aumente com as festas de fim de ano e as férias escolares de verão. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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