Home
Tecnologia
The DioField Chronicle tem combate brilhante, mas falha no audiovisual
Tecnologia

The DioField Chronicle tem combate brilhante, mas falha no audiovisual

publisherLogo
Tecmundo
26/09/2022 21h00
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/15220069/original/open-uri20220926-21-kqi4jc?1664226456
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Combates, disputas políticas e, acima de tudo, muita diversão. Se você é fã de RPG e RTS, o mês de setembro reservou um jogo que pode fazer os apaixonados pelos dois gêneros se divertirem de forma intensa.

Você é fã de Final Fantasy Tactics? Curtiu Disgaea ou Tactics Ogre? Se divertiu com algum outro RPG Tático na vida? Se estava com saudades de tudo isso, prepare-se para mais uma aventura.

Trata-se de The DioField Chronicle, lançado pela Square Enix e que está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.

Mais do que mercenários

O tema central do game gira em torno de três personagens: Andrias, Fredret e Izelair. Após sobreviverem a um ataque no vilarejo em que moram, decidem se juntar e lutar pelo seu povo.

Com o decorrer da história, os três amigos encontram uma garota. Ao salvá-la de um ataque, descobrem que ela é uma oficial do Duque Hende, que prontamente os chama para fazer parte de um grupo de mercenários.

O nobre faz parte de um Conselho de Lordes, que está diretamente ligado ao Reino de Alletain, detentor do Jade, um recurso mágico.

The DioField Chronicle traz a impressão de uma história simples, moldada apenas pelo enriquecimento dos personagens principais, o que cai por terra ainda no primeiro capítulo.

Tudo porque a região foi dominada, há muitos anos, por famílias nobres e, que neste momento, vive uma disputa política. De um lado, o Império Trovelt-Shoevian. Do outro, a Aliança Rowetale.

Sem entrar em muitos detalhes para evitar spoilers, o entrave político na região é um dos grandes responsáveis pelos conflitos que seguirão na aventura.

Um fato bem interessante é que todos os personagens são bem explorados e é possível criar uma verdadeira identificação com eles. Isso ajuda muito nos combates e principalmente na imersão.

E aí você me pergunta: Por que ajuda nas batalhas? Porque quanto mais você souber o que cada personagem pode fazer dentro de um campo de luta, mais fácil será controlar toda a estratégia que um RTS necessita.

Podia ser melhor

Square Enix tentou de todas as formas, transformar o game design do jogo, em um suporte para a construção do enredo. Só que eu não gostei do que foi apresentado. Primeiro porque a história traz objetivos principais, que não podem ser alterados.

A empresa também desenvolveu narrativas secundárias, que ajudam a entender melhor o que o cerca a ilha. E para que tudo isso fosse moldado, utilizou artifícios distintos, o que tornou a experiência uma verdadeira colcha de retalhos.

Todo o audiovisual é amarrado por CGs, um gameplay em terceira pessoa (que lembra muito os clássicos RPGs) e um belo trabalho artístico. Uma pena que o jogo não recebeu tradução PT-BR.

Toda a arte é muito bem feita, mas eu preferia uma visão mais cartunesca dos personagens. Digo isso, pois as artes destoam das CGs e das imagens em 3D, dando a impressão de um jogo completamente diferente dentro dele mesmo.

A impressão que eu tenho é que a Square Enix poderia ter deixado o gameplay em terceira pessoa de fora. Não havia necessidade de criar uma parte da história dentro de um castelo, para a aquisição de itens e determinação de objetivos.

Independentemente disso, temos que parabenizar a empresa pelo trabalho de otimização. O jogo foi testado em um PC, que cumpre todos os requisitos máximos e, mesmo assim, não foi observado problemas.

A única exceção fica para o Ray Tracing, que ainda precisa ser melhorado. Os efeitos de luz apresentam problemas e atrapalham principalmente na visão das CGs e do gameplay em terceira pessoa.

Tirando isso, os gráficos estão na média do encontrado nos games atuais, com grande destaque para o gameplay de combate. É aqui que a imersão ocorre. Percebe-se claramente que a empresa deu grande atenção a este lado da aventura.

RPG? RTS?

Rótulos são cada vez mais predominantes em todas as instâncias, seja nos games ou em outras questões mundanas. A realidade é que grande parte dos jogadores consideram The The DioField Chronicle um SRPG.

A realidade é que o SRPG é uma mistura de RPG e RTS e fica muito claro no desenrolar do jogo, não somente na área de combate, mas durante a narrativa.

 

O game pode ser dividido em duas partes. Temos a da história, que ocorre em um ambiente 3D. Nela você saberá tudo o que ocorre na ilha de DioField.

Será possível mudar elementos fundamentais para o desenrolar dos combates, como comprar itens para os personagens. Existem diversas possibilidades, como armaduras, armas e poções.

Ao subir de nível, os jogadores poderão desenvolver os personagens da forma que quiserem, seja melhorando atributos defensivos, como os ofensivos. Aqui temos um grande destaque, que permite o aprendizado de movimentos especiais que poderão ser utilizados em combate.

Combates e mais combates!

The DioField Chronicle brilha mesmo na pancadaria. Prepare-se. Se você é um jogador de RPG, vai sentir dificuldade na dinâmica de combate, pois a intensidade é gigantesca.

O mesmo conselho fica para os jogadores de RTS. Lembre-se que são poucos personagens e é necessário ter controle de todos para não se dar mal na batalha. É importante ter noção do campo de luta e utilizar os combatentes da melhor forma possível.

A diversidade de personagens ajuda muito nos duelos. Eles geram elementos plurais para a hora dos combates. Todos os personagens possuem características únicas e que se completam.

Ao longo da aventura, outros lutadores entram no grupo, o que aumenta a diversidade de elementos para destruir adversários mais fortes do que o esperado.

Os mapas são únicos e os cenários muito bem feitos. Em alguns momentos temos a impressão de que o desenrolar dos combates se repetem, mas tudo fica de lado quando os adversários aparecem.

O fato é que demora um pouco para você perceber que o universo de fantasia do game é gigantesco, o que aumenta ainda mais o fator replay de The DioField Chronicle .

Vale destacar também que o gameplay é muito fluído, com intensidade e dificuldade na medida certa.

Acredito que muitos podem ter dificuldades no início dos combates, mas para a sua alegria, existem os momentos de desaceleração, que podem ajudar você a pensar um pouco melhor nas estratégias de combate.

Vale a pena?

The DioField Chronicle tenta suprir uma demanda que possui poucos exemplos de bons jogos no mercado. De certa forma, o objetivo foi cumprido.

Com uma história interessante, um combate brilhante, a diversão e imersão estarão garantidas por um bom tempo.

Como disse acima, o jogo apresenta falhas no audiovisual, mas mesmo assim ele entrega uma grande imersão e, principalmente, identidade aos personagens.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também