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Febre maculosa e crianças: tudo o que você precisa saber
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Febre maculosa e crianças: tudo o que você precisa saber

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Aventuras Na História
16/06/2023 19h22
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O surto de febre maculosa que já causou pelo menos quatro óbitos em Campinas, São Paulo, tem gerado uma grande onda de preocupação pelo país. Por isso, Victor Horácio de Souza Costa Júnior, infectologista do Hospital Pequeno Príncipe, o maior exclusivamente pediátrico do país, tira as principais dúvidas sobre a doença e explica se há diferença nos sintomas de adultos para crianças.  

A febre maculosa é uma doença infecciosa, de caráter febril, aguda e que pode manifestar-se de forma leve ou levar a quadros graves.

“A doença é causada por uma bactéria do gênero riquétsia e é transmitida pela picada de carrapatos, principalmente o estrela, que é encontrado em animais como capivaras, bois e cavalos. E vale ressaltar que a transmissão da doença não acontece de pessoa para pessoa, nem de animal hospedeiro para ser humano. Ela só vai acontecer se ocorrer a picada do carrapato infectado”, explica o especialista.  

Crianças e adultos têm os mesmos sintomas?

A resposta é sim. Não há uma diferenciação de sintomas de crianças para adultos, e o infectologista destaca que é preciso estar atento a sinais que a doença apresenta, como:

  • febre;
  • dor de cabeça, náusea e vômito;
  • dor muscular, inchaço e vermelhidão na palma das mãos e sola dos pés;

Além desses, os quadros de febre maculosa podem apresentar sintomas mais graves. “A doença tem uma alta taxa de letalidade, então os pacientes infectados também podem ter complicações sistêmicas mais graves como edema generalizado, insuficiência renal, manifestações neurológicas e até mesmo alucinação. Também podem ter fenômenos hemorrágicos, inflamação do músculo cardíaco, quadro de pneumonia com insuficiência respiratória, quedas de pressão e até mesmo levar a óbito”, diz Victor Horácio.  

Diagnóstico e tratamento

Os sintomas da febre maculosa podem ser confundidos com os de outras patologias, e o resultado laboratorial do exame que confirma a doença pode demorar até 60 dias em algumas situações.

Então é fundamental buscar atendimento médico imediato ao observar qualquer sinal, que pode surgir entre dois e 14 dias após a picada do carrapato, principalmente se a pessoa tiver frequentado um local considerado de risco.  

O tratamento é feito com a administração de antibióticos e, quanto antes for iniciado, melhor será a recuperação do paciente. “Essa doença é muito grave, então é importante lembrar que o tratamento com o antibiótico deve ser iniciado já na suspeita”, ressalta Victor Horácio de Souza Costa Júnior, infectologista do Hospital Pequeno Príncipe.  

Como se proteger 

Ao circular em áreas de risco ou que tenham a presença de animais hospedeiros do carrapato-estrela, é fundamental redobrar cuidados:

  • usar roupas claras e compridas;
  • optar por calçados fechados;
  • evitar andar em locais de risco;
  • manter antipulgas e carrapatos dos animais domésticos em dia;
  • passar repelentes;
  • ao notar a presença de um carrapato: não esprema, retire-o o quanto antes com o auxílio de uma pinça e lave o local com álcool ou água e sabão;
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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