Réveillon: Descubra a origem da palavra e o que motiva a roupa branca
Aventuras Na História
O dia 31 de dezembro, que este ano cairá num domingo, marca a virada do ano de 2023 para 2024. As comemorações de réveillon são tradicionais em grande parte dos países do globo. Mas você sabe o que significa o termo e de onde surgiu a celebração?
Reveion, reveião… 'ano-novo'
A palavra réveillon, que já virou meme na internet pela dificuldade dos internautas de escrevê-la corretamente, possui origem na língua francesa. O termo vem do verbo réveiller, que significa algo como acordar, erguer, reanimar — ou seja, réveillon seria o despertar do novo ano.
Segundo o jornal O Globo, a palavra réveillon começou a ser usada no Brasil no século 17, no reinado de Dom Pedro II. O termo designaria os eventos populares entre os nobres, como jantares e coquetéis. Esses eventos, por sua vez, costumavam a acontecer em vésperas de datas importantes e sempre se estendiam pela madrugada; como acontece nas festas de ano-novo.
Já as primeiras celebrações de ano-novo possuem registros bem mais antigos, de cerca de 4.000 anos atrás, quando, na Mesopotâmia, aconteciam as comemorações que marcaram o fim do inverno e início da primavera — o que em nosso calendário atual representa os dias 22 e 23 de março.
Esses eventos simbolizavam o início de uma nova safra, e era justamente quando as pessoas pediam fartura para o ano. Já persas, fenícios, egípcios e assírios celebravam o 'ano-novo' em setembro.
O começo do ano em 1º de janeiro só surgiu no mundo ocidental através de Júlio César em 46 a.C., quando ele fixou a data, pois, naquela época, era este o dia em que os titulares de cargos civis assumiam oficialmente suas funções.
Além do mais, o 1º de janeiro era dedicado a Jano, deus romano das mudanças e transições; que possui duas faces: uma voltada para frente (simbolizando o futuro) e outra para trás (o passado). Jano, portanto, representa o início, as escolhas e decisões.
Significado do branco
Aqui no Brasil, outras tradições que temos possuem ligações com a umbanda e candomblé — religiões de matriz africana —, como oferecer flores para Iemanjá ou até mesmo usar roupas-brancas para atrair paz.
A cor, porém, não é a única escolhida pelos supersticiosos. O amarelo, por exemplo, é usado para atrair riqueza e prosperidade; o vermelho para quem busca amor e paixão; o verde para esperança; azul para calma e tranquilidade; e o laranja para ânimo, coragem e ousadia.