A lição que Paul Alexander, o "homem com pulmão de ferro", nos deixou
Bons Fluidos
Faleceu nesta última segunda-feira, 11 de março, o homem conhecido como “Polio Paul”, apelido de Paul Alexander, que ficou ganhou fama ao compartilhar com o mundo sua história de vida. Paul, uma das vítimas da covid-19, contraiu poliomelite durante uma epidemia em Dallas, no Texas, aos 8 anos. Desde então, utiliza um pulmão de ferro para sobreviver.
O comunicado da morte de Paul foi compartilhado por uma página de financiamento, a “Special Books by Special Kids”, responsável por criar arrecadações em prol de seu e tantos outros tratamentos. Como contou o responsável pelas publicações de Paul nas redes sociais, ele contraiu covid-19 ao final do mês de fevereiro e precisou ser internado. Infelizmente, não resistiu ao vírus.
O que Paul Alexander, o “homem com pulmão de ferro”, tem para nos ensinar?
Para além da notícia da morte de Paul Alexander, nossa verdadeira intenção com esta notícia é compartilhar as lições de moral deixadas por ele em vida. Como contou Paul em vídeo que já atingiu 56 milhões de visualizações apenas no Tiktok, em 1952, ele teve o que chamou de “oportunidade” de contrair a poliomelite. “Fiquei paralisado. Vivo num pulmão de ferro porque não consigo respirar sozinho”, disse.
Mesmo assim, Paul contou que foi à escola com seu pulmão mecânico, completou sua graduação e se formou em direito. “Eu sou um advogado agora. Exerço a advocacia há 30 anos. Escrevi um livro e contei ao mundo sobre a minha poliomielite. Hoje milhões de pessoas sabem meu nome hoje”, completou.
Paul Alexander é autor do livro “Three Minutes for a Dog: My Life in an Iron Lung”, título que podemos traduzir do inglês para o português como “três minutos para um cachorro: minha vida em um pulmão de ferro”, lançado em 2020. A obra conta a trajetória de “Polio Paul” com seu pulmão externo.
Enfrentando os desafios da vida, na época em que o vídeo de foi compartilhado, Paul ainda falou que tinha objetivos e sonhos de fazer mais algumas coisas antes de “visitar algum lugar”, o que poderíamos interpretar como falecer.
“Quero falar ao mundo sobre a poliomielite e às milhões de crianças que não estão protegidas contra a poliomielite. Eles precisam estar antes que haja outra epidemia”, finalizou. Assista ao vídeo abaixo: