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Protetor solar em cápsula: um cuidado que vai além da beleza da pele
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Protetor solar em cápsula: um cuidado que vai além da beleza da pele

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Bons Fluidos
14/12/2022 19h31
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O verão está aí. Com ele, alguns ficam felizes em exibir seus corpos na praia, outros nem tanto. Alguns buscam o Sol para garantir aquele bronze, enquanto outros, como eu, fogem do astro-rei, buscando sombra e água de coco.

Independente de qual turma você seja, o uso do protetor solar é item primordial para todas as tribos. Aliás, estamos no mês da campanha de conscientização e combate ao câncer de pele, o Dezembro Laranja.

O câncer de pele do tipo não melanoma é o mais comum entre homens e mulheres no Brasil e no mundo, onde 90% desses casos podem ser resposta à exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV), mantendo clara a importância do uso adequado do protetor solar, que deveria ser utilizado durante o ano todo, ainda mais para aqueles como eu que são sensíveis à exposição solar, os ditos “pimentões”.

O ideal para as peles mais sensíveis é sempre optar por fatores de proteção solar (FPS) mais altos, e reaplicá-lo com uma frequência maior.

Mas o que é o FPS, ou Fator de Proteção Solar?

A radiação solar é composta por 90% de raios UVA, que conseguem penetrar na derme e aumentar a formação de radicais livres e 10% de raios UVB, que penetram até a epiderme e modificam a estrutura do DNA celular. A formulação de um protetor solar consiste em um composto químico (orgânico) e um composto físico (inorgânico), que bloqueiam a radiação UV.

O FPS (Fator de Proteção Solar) representa quanto um filtro solar protege a pele dos raios UVB. Tal medida é determinada pela razão entre o tempo necessário para ocorrer um edema (vermelhidão) decorrente da exposição ao sol na pele protegida pelo filtro solar e na pele não protegida.

Logo, o FPS que verificamos nas embalagens é uma medida relacionada ao tempo de proteção proporcionado pelo filtro. O filtro solar FPS 15, FPS 30 e FPS 60 bloqueiam 93%, 97% e 98% dos raios UVB, respectivamente. Nessa comparação, a maior diferença entre esses está no tempo de duração da proteção na pele. A legislação vigente no Brasil exige que os filtros solares comercializados apresentem pelo menos 1/3 da proteção descrita no rótulo de proteção UVA.

A quantidade de protetor aplicada na pele para a determinação do FPS é de 2 mg/cm2 de pele – uma quantidade superior à aplicada pela população em geral, que varia de 0,4 a 1,3 mg/cm2. Ainda, é importante ressaltar que além de uma quantidade adequada, é necessário reaplicar o filtro após suor intenso, contato prolongado com a água ou esfoliação pela areia, por exemplo.

Já em bebês menores de 6 meses, por terem camadas de pele mais finas, não é indicado a aplicação de filtro solar, já que facilita a absorção de alguns componentes da formulação. Por isso, devem-se limitar à exposição ao Sol e utilizar roupas protetoras.

Fotoproteção oral

Apesar de não ser novidade, a maioria das pessoas não sabe que a proteção solar também pode ser feita por cápsulas. Embora esta seja uma ótima opção, já que o uso de fotoprotetores orais agem por alguns mecanismos intracelulares compensatórios, como, por exemplo, no combate dos radicais livres gerados pela exposição à radiação ultravioleta, mas que não elimina a necessidade do uso de protetor solar tradicional. Apenas o uso dos protetores solares tradicionais de uso tópico impede que os raios solares penetrem nas camadas da pele – e são, sem dúvida, a melhor estratégia de fotoproteção.

Logo, o uso de cápsulas fotoprotetoras orais agem como uma via de reforço, combatendo os danos causados pelos raios ultravioletas por outros mecanismos.

Quais as opções de fotoprotetores orais disponíveis?

O extrato vegetal que acumula mais evidências científicas nos estudos é o do Polypodium leucotomos, uma samambaia tropical da América do Sul e Central. Suas folhas e caule contêm antioxidantes e outros compostos que podem proteger a pele contra danos causados por inflamação e os radicais livres. Essa samambaia reduz o eritema (vermelhidão na pele), o estresse oxidativo, os danos ao DNA, parâmetros inflamatórios, a imunossupressão induzida por UV e a fotocarcinogênese (formação de tumores induzidos pela radiação solar).

Outros extratos vegetais que também já foram reportados com efeitos positivos de fotoproteção são o de chá-verde, de cacau, de alecrim e de Pinus pinaster. Esse último citado, extrato da casca do pinheiro-marítimo francês Pinus pinaster já possui relatos de uso por mais de 2 mil anos, tanto na Europa como nas Américas.

Antigamente era usado para a cicatrização de feridas e para o tratamento do escorbuto, pela sua ação potencializadora da vitamina C. Os estudos atuais mostram as diversas propriedades do Pinus pinaster e seus efeitos no tratamento de melasma, entre outros.

Estudos in vitro demostraram que esse extrato antioxidante de Pinus pinaster é mais potente do que as vitaminas E e C. Além disso, ele recicla a vitamina C, regenera a vitamina E e aumenta o sistema enzimático antioxidante endógeno.

O Pinus pinaster por ser um poderoso antioxidante, combatendo radicais livres e tendo ação protetora contra a radiação ultravioleta, efeito anti-aging e tratamento de melasma, veias varicosas, microvasos, distúrbios do fluxo microcirculatório cerebral e cardíaco e na alteração da fragilidade capilar, pois aumenta a resistência do colágeno e da elastina contra a degradação pela colagenase e elastase.

O licopeno, uma substância carotenóide que dá a cor avermelhada ao tomate, melancia, goiaba, entre outros alimentos, é outro antioxidante que, absorvido pelo organismo, ajuda a impedir e reparar os danos às células causados pelos radicais livres, sendo outra opção natural.

Estudos demonstram que a suplementação com licopeno consegue reduzir o eritema, o estresse oxidativo, os danos ao DNA e a inflamação. Além disso, estudos em modelos animais demonstram que o licopeno inibe a formação dos tumores de pele.

A vitamina D também reduz a inflamação e os danos ao DNA. Ainda, estudos já demonstraram que a vitamina D favorece mecanismos de combate a formação de tumores. Além da vitamina D, a associação de vitamina E com carotenoides (como o betacaroteno) reduz o eritema e a lipoperoxidação – um dos mecanismos responsáveis pela formação de radicais livres. Outra vitamina que pode ser usada nesse contexto é a nicotinamida (vitamina B3), capaz de reduzir a imunossupressão e os danos ao DNA induzidos pela radiação UV.

Já os probióticos também vão além do tratamento intestinal, pois, como agem na modulação de parâmetros inflamatórios, melhoram a proteção quando a pele é exposta à radiação UV, assim como seus efeitos. Lactobacillus johnsonii é uma das cepas probióticas mais estudadas, com efeitos comprovados na redução da imunossupressão causada pela radiação solar. Quando associada ao licopeno e ao betacaroteno, inibe a degradação das proteínas de matriz na pele (como o colágeno) e evita o dano ao DNA induzido pela radiação UV. Estudos também relataram um efeito fotoprotetor do Bifidobacterium breve.

Então, proteja sua pele e sua saúde, vá além da aplicação do filtro solar, proteja-se “por dentro” também! Todos esses nutracêuticos são disponíveis em farmácias de manipulação, mas consulte seu dermatologista, farmacêutico e nutricionista para a melhor formulação adaptada a sua necessidade.

Todo cuidado a mais vai bem quando o que está sendo considerado a sua saúde e fotoproteção, e isso vai bem além de uma pele bonita!

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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