Estilista de grife apresenta coleção intuitiva com nuances da década de 1970
Caras
A nomeação da estilista alemã Chemena Kamali (42) como diretora criativa da Chloé mostra a importância da atuação de profissionais mulheres que fazem roupas para mulheres. Kamali desde sempre sonhou em levar suas percepções para a Chloé e teve um desempenho importante na sua trajetória dentro da marca ao trabalhar ao lado das estilistas britânicas e verdadeiras lendas do design Phoebe Philo (51) e Clare Waight Keller (53). “Meu coração sempre foi da Chloé”, já disse Kamali.
Com expertise apurada sobre a identidade da grife e sobre todas as narrativas que formaram seu nome, a estilista apresentou uma coleção ao mesmo tempo intuitiva, com nuances da década de 1970 e com uma potente manifestação da história visual da Chloé, além, é claro, de extrema beleza e senso estético. Kamali mostrou a mais pura atmosfera Chloé com criações repletas de feminilidade e com forte base boho-chic que nem de longe cai nos clichês esperados deste movimento visual. Uma paleta adulta e sofisticada se mistura a peças bastante fluidas, carregadas de um puro romantismo sensual manifestado pelas rendas bem delicadas, pela transparência usada sem moderação e pelos babados desabados aplicados nas chamativas blusas volumosas e vestidos de comprimento máxi.
Toques urbanos somam contemporaneidade à coleção, que contou com ótimas calças jeans de modelagem reta, capas curtas de couro, sobretudos xadrezes, blusas de gola alta e até casacos de pele fake de proporções dramáticas, mas extremamente chiques. Completam a dinâmica boho cosmopolita da coleção os acessórios marcantes, as bolsas amplas e as botas over-the-knee de couro que são o ápice da elegância sensual e despretensiosa que forma o universo Chloé. Vida longa a Kamali! E vida longa a Chloé!
FOTOS: GETTY IMAGES