Ready To Wear - Spring 24 - RTW/Paris - Balmain
Caras
O estilista francês Olivier Rousteing (38) não é um designer que flerta com o minimalismo e, claro, não será em uma temporada majoritariamente minimalista que isso vai mudar. O maximalismo do estilista se converte em formas, texturas e cores superlativas com inspiração principal nas flores, que são representadas de maneira literal em aplicações tridimensionais e em estampas excêntricas, que vêm junto com as modelagens mais estruturadas, os materiais chamativos e combinações de alto-contraste.
Observando o desfile da tradicional maison francesa quase nos esquecemos que parte das criações foi roubada poucos dias antes da aguardada apresentação, mobilizando todo o time a refazer quase 70% das peças que foram desfiladas na passarela. É como se o enorme desafio enfrentado tivesse servido como um estímulo para que Rousteing e sua competente equipe reconfigurassem suas inspirações para algo muito maior, muito mais exuberante e indiscutivelmente impactante. Já quanto à magnitude da apresentação e o maximalismo da coleção, o estilista comentou: “Sobre o que é esta coleção? Se eu morrer amanhã, eu quero que as pessoas se lembrem que eu me certifiquei que a Balmain é uma casa francesa de luxo”.
O luxo da Balmain se manifestou nos conjuntos estruturados e com os ombros marcados, elementos considerados um dos maiores identificadores da maison, e que foram apresentados durante a primeira parte do desfile. Em seguida, o luxo superlativo das flores aparece em dimensões e nos tons vibrantes, em estampas, nas aplicações, nos bordados e nas representações fiéis. Tudo ao mesmo tempo acontece na passarela da Balmain — fundada, em 1946, pelo designer Pierre Balmain (1914-1982) —, mantendose leal diante de sua trajetória e sua história, independentemente das tendências que estão em destaque no momento.
Fotos: Getty Images