Entenda como funcionam os testes de diagnóstico da dengue
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Com a atual situação epidemiológica e a emergência em alguns municípios do país, a produção de testes moleculares de diagnóstico (RT-PCR) de dengue prevista para 2024 foi ampliada. De acordo com a Fiocruz, o quantitativo de entregas dobrou a fim de atender à demanda existente.
Segundo a infectologista Luísa Chebabo, do laboratório Sérgio Franco, é fundamental conhecer como funcionam os testes NS1, PCR e o IgM IgG, que auxiliam no diagnóstico da dengue.
O teste NS1 é capaz de detectar a concentração de antígenos chamados NS1, que são liberados pelo vírus da dengue após a infecção. Esse teste é realizado durante a fase aguda da doença, normalmente até o 5º dia após a infecção.
Já o teste PCR é um exame genotípico que identifica o próprio vírus da dengue. Assim como o teste NS1, é indicado para a fase aguda da doença, contribuindo para um diagnóstico mais preciso.
Por fim, o teste IgM IgG é uma sorologia capaz de detectar níveis elevados dos anticorpos IgM e IgG produzidos pelo organismo após a infecção pelo vírus da dengue. O IgM começa a ser produzido a partir do sétimo dia de doença, enquanto o IgG fica elevado poucos dias depois.
Com a ampliação da produção de testes moleculares de diagnóstico de dengue, espera-se facilitar o acesso ao diagnóstico precoce da doença, permitindo um tratamento mais eficaz.
É importante lembrar que em caso de sintomas suspeitos de dengue, é necessário procurar um médico para a realização dos exames adequados e um diagnóstico preciso. O combate à dengue envolve não apenas o diagnóstico, mas também ações de prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.