Cintia Dicker se abre sobre condição rara de nascença da filha: "Tive muito medo"
Manequim
Em 26 de dezembro, Cintia Dicker deu à luz sua primeira filha, Aurora, fruto de seu relacionamento de três anos com o surfista Pedro Scooby. Apesar da alegria do momento, ele veio carregado de muita preocupação, já que a pequena nasceu com uma condição rara.
Em relato emocionante à Vogue Brasil, então, a mamãe de primeira viagem se abriu pela primeira vez sobre o caso, além de dar detalhes de sua experiência.
Segundo a modelo, ela descobriu a gravidez muito cedo, com apenas seis semanas, e pouco tempo depois surgiu o diagnóstico da bebê. “Com doze semanas, descobrimos a gastrosquise [uma malformação gastrointestinal congênita]* no exame morfológico […] A partir daí, em uma sequência de testes para checar alterações cromossômicas, descobrimos que era uma menina“, revelou.
Desde então, o casal soube dos riscos, assim como dos cuidados necessários logo nos primeiros momentos de vida de Aurora: “descobrimos também que, para segurança do bebê, a Aurora deveria nascer entre 37 e 38 semanas e através de uma cesárea. Logo após o nascimento, nossa filha precisaria ser operada“.
“Como toda cirurgia, a dela também tinha riscos. Em muitos casos, não é possível colocar o intestino no lugar de uma só vez, sendo necessário mais de uma cirurgia. Mas os médicos referência em gastrosquise estão no Brasil e me deram muita segurança. Esse foi o motivo de deixarmos a Europa: saber que ela estaria nas melhores mãos e teria os melhores cuidados, e isso já é mais do que o bastante“, além disso, explicou.
Cintia Dicker se abre sobre condição rara de nascença da filha: “Tive muito medo”
“Não conhecíamos essa condição e tive muito medo por não saber como seria a cirurgia e também a recuperação dela. Fiquei procurando respostas na internet — algo que não aconselho porque só me assustava mais“, destacou.
Cintia Dicker, por fim, ainda relembrou o nascimento da primeira filha: “A Aurora nasceu no dia 26 de dezembro e, assim como muitos, no dia anterior eu estava em casa recebendo a família e amigos. Estava de 37 semanas, não tinha contrações, nenhum risco da neném nascer. […] Ela nasceu às 21 horas. Eu pude tê-la nos braços. Aurora chegou ao mundo linda e enorme. Pude dar um beijo antes de encaminhá-la para a cirurgia. Naquele momento, o coração deu um nó e assim ficou durante os trinta minutos que seguiram. O procedimento terminou antes mesmo de finalizarem a minha cesárea. Todos na sala vibravam porque foi um caso de muito sucesso. Era um mix de sentimentos nesse momento: ‘Ela está bem, mas cadê ela? Quero vê-la!. Ao mesmo tempo, eu e o Pedro conversávamos no olhar. Nossa filha estava bem”.
Apesar dos 16 dias internada pós-cirurgia, a bebê passa bem e já está em casa se recuperando com a família. “Passei por muitos aprendizados que não caberiam em um texto, mas alguns pontos faço questão de mencionar: viver tem um novo sentido, esse é o maior amor do mundo e eu faço qualquer coisa para minha filha estar bem. Aprendi a valorizar de uma outra forma a minha mãe e todas as mães da UTI pela força inesgotável“, finalizou a modelo, que ainda compartilhou que sofreu com baby blues pós-parto.
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