Estilo de Vida
Por que os homens estudam menos do que as mulheres?
Manual Do Homem Moderno
16/03/2021 16h50
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Você já viu por aí números e notícias sobre as diferenças de gênero nos estudos? São meio chocantes. Mais mulheres fazem faculdade do que homens, por exemplo. Mas por que os homens estudam menos?Como economizar estudando para o Enem e para o vestibularAprenda a manter o foco nos estudosAinda que ganhem consideravelmente mais (mais de 40%, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud) do que as mulheres, os homens são minoria no ensino superior e, em média, têm menos anos de estudo (7,6 contra 8,1 das mulheres).Há alguns fatores sociais e psicológicos que explicam por que homens estudam menos do que mulheres. Vejamos quais são eles.Sociedade e necessidadeO jeito que os homens são criados e educados em casa ajuda a entender por que nós estudamos menos. Atribui-se a eles, por exemplo, o dever de prover. É por isso que, em classes mais pobres, o nível de abandono escolar entre homens é maior.Segundo o IBGE, Instituído Brasileiro de Geografia e Estatística, os homens formam quase 60% dos jovens que abandonam o ensino médio. A principal justificativa é de que eles precisavam trabalhar. Isso é mais comum em jovens a partir dos 14 anos e negros (são 65% do total).Mas isso não é um drama apenas brasileiro. De acordo com dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, grupo formado pelos países mais ricos do mundo), a taxa de conclusão do ensino médio já é consideravelmente mais elevada entre meninas do que meninos.Pressões internasEstudos psicológicos que analisam a presença dos homens na educação defendem que nós temos mais dificuldade em demonstrar fraquezas. Na escola, por exemplo, meninos têm uma tendência maior de repetir o ano e abandonar a escola. Enquanto na faculdade, ao encontrar uma barreira em uma disciplina os homens tendem a desistir mais facilmente do que pedir ajuda.Outro motivo apontado por psicólogos para a menor presença de homens em ambientes de estudo é a dificuldade de concentração e socialização em ambientes de contato forçado com outras pessoas. Déficit de atenção, dislexia e outros problemas de aprendizado são mais comuns em homens do que mulheres.Além disso, há fatores sociais e culturais que também influenciam. Você pode não acreditar, mas muitos homens não consideram o ambiente de estudo um ambiente masculino – em comparação com o trabalho, por exemplo. Mesmo assim, parte dos que topam estudar para impulsionar sua carreira tem expectativas grandiosas de mudança de vida. Acabam se decepcionando e desistindo quando as coisas não acontecem com a rapidez esperada.Realidade é de poucas pessoas estudandoApesar da diferença entre gêneros, não é como se mais homens estudando fosse melhorar a realidade brasileira. No país, poucas pessoas estudam.Segundo o IBGE, quase 25% dos jovens brasileiros (entre 15 e 29 anos) não estudam nem trabalham. Se pegarmos apenas o grupo entre 18 e 24 anos, sobe para mais de 60% a quantidade dos que não estudam. Na mesma faixa etária, menos 18% dos homens estão matriculados em algum curso de ensino superior, quanto 25% das mulheres estão na graduação.A meta estabelecida pelo Brasil em 2014 era de que 33% dos jovens estivessem matriculados em alguma graduação até 2024. Uma análise recente, contudo, calculou que a taxa média anual de crescimento desse grupo foi de 1% – nesse ritmo, só atingiremos a meta em 2037.Para homens e mulheres o principal motivo para não estudar ou estar se qualificando, ainda de acordo com o IBGE, é o fato de estarem trabalhando ou procurando emprego. Além disso, a falta de interesse também é um aspecto importante. Mais de 25% dos homens citam isso como motivo, enquanto 16% das mulheres também o fazem. O instituto explica que o desinteresse pelos estudos é maior entre as pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto.
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