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Estudo indica que alimentação saudável previne depressão e ansiedade
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Estudo indica que alimentação saudável previne depressão e ansiedade

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28/07/2022 19h00
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Um estudo publicado na revista científica British Journal of Nutrition avaliou os impactos de hábitos alimentares na saúde mental e indicou que o consumo regular de frutas pode auxiliar não apenas a manter um corpo saudável, como também a mente. Segundo a pesquisa, realizada com quase 500 adultos, publicada em maio de 2022, pessoas que comem frutas regularmente são menos propensas a relatarem sintomas de depressão.

Aqueles que se alimentam com industrializados como lanches, batatas fritas e salgadinhos, numa frequência de mais de três vezes por semana, entretanto, registraram níveis mais elevados de ansiedade, depressão e estresse, e apresentaram mais queixas de “lapsos mentais diários” – termo associado a falhas cognitivas durante tarefas do cotidiano.

Mas, parando para pensar no nosso dia a dia, por que é que quando algumas pessoas se sentem tristes, procuram conforto em algum alimento que gostam, como chocolate? E mais: por que se sentem melhores após consumi-lo?

A nutricionista e pós-graduanda em neurociência comportamental, Thaisa Leal, explicou que essa é uma falsa sensação de conforto e que, depois do consumo, vem a sensação de culpa.

"É importante buscar ajuda profissional e entender que isso é algo momentâneo, provocado pela explosão de dopamina e serotonina do cérebro, decorrente do excesso de consumo de açúcar. A dopamina é o mesmo hormônio liberado quando alguém consome alguma droga e quando esse pico baixa no sangue, há sensação de culpa e aumento do desejo por aquele bem-estar momentâneo novamente, causando dependência e vício em açúcar", explicou.

Um levantamento da Universidade Federal de Pelotas registrou um aumento nos casos de depressão, os números subiram de 9,6% para 13,5% somente no primeiro trimestre de 2022. Segundo a OMS, o Brasil possui cerca de 20 milhões de pessoas diagnosticadas com ansiedade, o país com maior índice de pessoas atingidas pela doença.

O médico psiquiatra Alexandre Valverde explicou qual a ligação da comida com os neurotransmissores e afirma que alimentos com o aminoácido triptofano têm um grande potencial em gerar um efeito positivo no cérebro e, consequentemente, reduzir a ansiedade. A substância é usada na produção de serotonina, o neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar, prazer, tranquilidade e calma.

Assim como o consumo de determinados alimentos podem afetar o estado mental, os sentimentos e, também, podem influenciar na escolha daquilo que será consumido. Pesquisas apontam que alguém de mau humor tende a fazer escolhas alimentares mais gordurosas e que os baixos níveis de açúcar no organismo podem provocar irritabilidade ou estimular a vontade de comer mais.

O psiquiatra apontou que é importante que as pessoas entendam as emoções que estão sentindo antes de descontar na comida, e que é preciso entender o ponto de origem do sentimento antes de tomar alguma atitude.

"É importante focar a necessidade de conforto em outras coisas e entender que a comida não vai suprir o que a gente precisa", completou Thaisa.


Thaisa Leal

Thaisa Leal é nutricionista formada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e pós-graduanda em Neurociência comportamental. Thaisa Leal busca a democratização da informação sobre a alimentação saudável, de forma a passar informações que parecem difíceis de forma descontraída e de fácil entendimento e na linguagem do público. Para isso, a especialista criou um canal no Youtube, além de lançar dois e-books, com conteúdos que mostram que ser saudável pode ser muito mais gostoso, fácil e barato do que se imagina.

Alexandre Valverde

Alexandre Valverde é médico psiquiatra formado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Atende de forma online pacientes de todo o Brasil. Especialista em comportamento e doenças psíquicas, Alexandre busca auxiliar as pessoas que estão se descobrindo como ansiosas, depressivas e outros transtornos. Alexandre foi auto-diagnosticado com autismo e tdah aos 42 anos de idade e utiliza isso como fonte para auxiliar outras pessoas no processo.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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