Hotel de luxo em New Orleans ostenta lustre de 15 mil peças e mima hóspedes
Rota De Férias
Minha expectativa ao ser convidado para passar algumas noites em um hotel de luxo em New Orleans, nos EUA, era alta, mas o Four Seasons conseguiu, ainda assim, me surpreender. Já estive em outros estabelecimentos da conceituada rede em destinos como Orlando, Seychelles e Polinésia Francesa, todos ótimos, é verdade, mas nenhum com tantos predicados quanto o da cidade mais famosa da Louisiana.
Localizado em uma das extremidades da Canal St, uma das ruas mais movimentadas da cidade, a poucos metros do French Quarter, o bairro mais turístico do pedaço, e à beira do icônico Rio Mississipi, o Four Seasons Hotel New Orleans encanta à primeira vista. E não é força de expressão, não.
Com uma torre alta, o hotel fica às margens do Rio Mississipi | Paulo Basso Jr.
Basta atravessar a porta de entrada para ver, ao lado da recepção, o Chandelier Bar, sobre o qual se projeta um lustre com 15 mil peças brilhantes de vidros e cristais. Sofisticado, o bar não demorou a se transformar em uma das atrações da cidade e vive lotado, sobretudo aos fins de semana, quando muitos jovens passam por lá para verem e serem vistos.
Mais do que o lindo design e a ótima carta de drinques, o local promove música ao vivo com artistas da Louisiana. E não poderia ser diferente, uma vez que ele fica dentro de um hotel de luxo em New Orleans, o berço do jazz e uma das cidades mais efervescentes dos EUA.
Hotel de luxo em New Orleans
Restaurante Chemin a la Mer | Paulo Basso Jr.
O que mais me impressionou no Four Seasons Hotel New Orleans, porém, não foi o capricho dos ambientes, mas o atendimento caloroso dos funcionários. Explico: hospedagens estreladas que se prezam costumam prestar serviços de alta qualidade, mas muitas vezes sinto grandes distâncias na conexão pessoal. Prefiro muito mais quando me vejo imerso na cultura local.
E foi exatamente isso que aconteceu nesse hotel de luxo em New Orleans. Pude sentir a hospitalidade típica do sul dos EUA nas mais variadas situações, seja na recepção, seja nos restaurantes, com os funcionários contando histórias curiosas, falando alto sem medo de ser feliz, sorrindo o tempo todo e engrandecendo, em muito, minha estada. Sempre, é claro, com a devida educação.
Logo no primeiro dia, por exemplo, desci ao primeiro andar e perguntei a uma senhora, que estava conversando com o concierge (lamentavelmente não perguntei sua função), onde encontraria o restaurante Chemin a la Mer (logo eu falo mais dele). Simpática, ela me disse que ele ficava no quinto andar e não se limitou a apontar o elevador. Foi comigo até lá em cima, fazendo questão de me dar informações sobre outras áreas comuns do empreendimento.
E não, ela não tinha a menor ideia que eu era convidado. Abordei-a de repente, anônimo, com calça de moletom, uma blusa simples e tênis. E o serviço, que poderia ser para um hóspede ou não – de repente, alguém que só queria ir ao restaurante –, foi prestado sem questionamentos e em altíssimo nível.
Piscina no rooftop | Paulo Basso Jr.
A propósito, o Chemin a la Mer fica ao lado da piscina externa e aquecida do hotel, que se espalha por um rooftop do qual é possível avistar o Rio Mississipi. É uma pena que estava frio, pois fiquei com muita vontade de passar mais tempo por lá.
Acomodações nos mínimos detalhes
Tela grande e decoração clean | Divulgação
Inaugurado em agosto de 2021, o Four Seasons Hotel New Orleans ocupa um edifício histórico da cidade, marcado por uma torre alta com design modernista dos anos 1960. Ao todo, tem 280 acomodações, das quais 61 são suítes.
Eu fiquei em um quarto com vista para o Rio Mississipi. Com decoração clean, mesclando madeira clara com tons brancos e cinzas, ele tinha dois armários, aparador, uma TV enorme, mesa com duas cadeiras, divã, geladeira com porta em estilo gaveta, cafeteira e cama king size.
Destaque para o banheiro, com duas pias, box com ótimo chuveiro e uma banheira lindíssima. Os amenities são de uma das melhores linhas da L’Occitane, excelentes.
Os banheiros se destacam | Divulgação
O melhor de tudo, porém, está nos detalhes. As toalhas são grossas e felpudas, os lençóis são finos, chinelos são colocados ao lado das camas durante a abertura noturna, há uma balança para se pesar (algo fundamental em um lugar em que se come muito bem) e, acima de tudo, o conceito de sustentabilidade pode ser visto por todos os lados.
Garrafas de água de papelão, por exemplo, são repostas todos os dias. Os produtos do banheiro, por sua vez, não estão em recipientes de plástico, mas sim em contêineres maiores que pertencem ao hotel. Isso é o mínimo que se pede hoje em dia para o desenvolvimento de um turismo mais verde.
A tecnologia também chama atenção. Há um tablet no quarto a partir do qual dá para fazer reservas em restaurantes e consultar detalhes da diária. Como teste, fiz uma pergunta a respeito do meu horário de check out e recebi a resposta em menos de 15 segundos.
Fora isso, os interruptores apresentam cinco níveis de iluminação, todos eles controlados por botões – há um para cada ambiente e dois gerais sobre as cabeceiras da cama. Blackout e cortina também podem ser abertos ou fechados por meio de botões posicionados ao alcance de quem está deitado.
Para não falar que tudo são flores, uma linha de trem, que abastece o porto local, passa atrás do hotel e faz um barulhão à noite, com direito até a buzinas em sequência. Mas até isso o hotel de luxo em New Orleans leva na esportiva, deixando tampões de ouvido à disposição dos hóspedes que têm o sono mais leve – e um recadinho simpático explicando a situação. A mim, não incomodou.
Gastronomia de alto nível
Miss River | Paulo Basso Jr.
Montar um restaurante em New Orleans nunca é uma tarefa fácil, uma vez que a cidade tem uma das cenas gastronômicas mais celebradas do mundo. O Four Seasons Hotel New Orleans, entretanto, manda bem nesse quesito também, e em suas duas casas: o Chemin a la Mer e o Miss River.
O primeiro restaurante, comandado pelo chef local Donald Link, tem um belo bar e grandes janelas com vista para o Rio Mississipi. Lá, provei ostras (o valor varia de acordo com a época do ano) e uma deliciosa entrada de caranguejo com alcachofra gratinado (US$ 20).
Pato confitado com feijão branco | Paulo Basso Jr.
Também experimentei dois pratos principais: salmão da Nova Zelândia (um dos mais bem preparados que já provei) com lentilha (US$ 35) e pato confitado (vai demorar para eu esquecer aquela casquinha crocante) com feijão branco (US$ 38). Como sobremesa, foi servida uma espécie de arroz doce com pêssego em calda e doce de limão.
Peixe vermelho com caldo de camarões, caranguejos e ostras | Paulo Basso Jr.
O Miss River, por sua vez, fica no primeiro andar do hotel de luxo em New Orleans, ao lado do Chandelier Bar. O chef me ofereceu deliciosas patinhas de caranguejo de entrada, que eu combinei com sopa de ostras (US$ 18) e um peixe vermelho típico da região com caldo de camarões, caranguejos e mais ostras (38).
Torta de nozes com creme de baunilha tostada | Paulo Basso Jr.
Ainda sobrou espaço para pedir uma torta de nozes com creme de baunilha tostada (US$ 12), irresistível.
Tudo estava muito saboroso e, comparado a outros estabelecimentos sofisticados de cidades como Miami, Los Angeles ou Nova York, dá para dizer que os preços são convidativos para quem busca uma experiência sofisticada. Essa, por sinal, é mais uma das vantagens de se hospedar em um hotel de luxo em New Orleans e explorar com elegância a Louisiana, no sul dos EUA.
Serviço
Quarto do Four Seasons New Orleans | Divulgação
Four Seasons Hotel New Orleans
Endereço: 2 Canal St, New Orleans
Faça aqui sua reserva no Four Seasons New Orleans
DICAS PARA VIAJAR AOS EUA
Quando planejamos nossas viagens para os EUA, recorremos a uma série de ferramentas de auxílio antes mesmo de sair do Brasil. Assim, conseguimos comprar passagens aéreas mais baratas, alugar carros e reservar hotéis, bem como passeios, transfers e ingressos para eventos, com mais segurança e pagando menos.
Ao viajar para os EUA, é imprescindível também fazer um seguro viagem e comprar um chip de viagem internacional. Assim, você evita os gastos absurdos cobrados com saúde no país, caso algo fuja do previsto, e consegue usar internet ou telefone para nos comunicar com quem está no Brasil, checar e-mails, postar fotos no Instagram, como as de um hotel de luxo em New Orleans, usar o WhatsApp e tudo mais.