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O que fazer em New Orleans – Guia completo com 21 atrações
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O que fazer em New Orleans – Guia completo com 21 atrações

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Rota De Férias
18/02/2022 15h25
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Se você chegou até aqui procurando o que fazer em New Orleans, prepare-se: a cidade mais famosa da Louisiana, nos sul dos EUA, é autêntica, divertida e repleta de pontos turísticos. Já estive por lá algumas vezes e sempre trouxe grandes histórias na bagagem.

O lance é que quem vai a New Orleans, ou NOLA, como muitaos a chamam, não encontra apenas diversas atrações para todas as idades, mas também se depara com uma ótima gastronomia, uma boa oferta de hotéis, bares agitados e todo esse jazz, como eles dizem por lá. Outra boa notícia é que, comparada a outras grandes cidades americanas, como Nova York, Miami ou Los Angeles, New Orleans é bem mais barata.

Para facilitar sua vida na hora de planejar a viagem para New Orleans, você verá neste artigo:

  • Onde fica New Orleans
  • Como chegar a New Orleans
  • O que saber antes de ir a New Orleans
  • O que fazer em New Orleans
  • O que fazer à noite em New Orleans
  • 21 pontos turísticos de New Orleans
  • Direto ao ponto: roteiro de três dias em New Orleans
  • Onde comer em New Orleans
  • Onde ficar em New Orleans
  • Dicas pra viajar para os EUA

Onde fica New Orleans

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New Orleans fica no sul da Louisiana, estado que, por sua vez, está no sul dos EUA. Apesar de não ser a capital – título que pertence a Baton Rouge, que fica a 1h20 de carro de lá –, New Orleans é a cidade mais importante da região, já que margeia o Rio Mississipi bem pertinho da saída para o Oceano Atlântico.

Entre New Orleans e Baton Rouge fica o Plantation Country (área também chamada de Louisiana River Parishes). É lá que estão as famosas plantations, onde a agricultura (sobretudo de cana de açúcar, algodão e milho) e muitos costumes locais se desenvolveram a partir da exploração do trabalho escravo.

Hoje, muitos desses lugares, que se transformaram em cenários de filmes, podem ser visitados nos arredores de New Orleans – inclusive em passeios de bate-volta ou com um pernoite, como você pode ver aqui.

Como chegar a New Orleans

Bondinho em New Orleans | Paulo Basso Jr

Não há voos diretos entre cidades brasileiras e New Orleans, mas o destino da Louisiana está conectado a diversas grandes metrópoles americanas ligadas ao Brasil, como Atlanta, Dallas, Houston, Miami, Nova York, Chicago e Los Angeles. Portanto, basta uma conexão na Terra do Tio Sam para chegar lá.

New Orleans também fica em uma das extremidades da famosa Rota do Blues. Assim, dá para começar ou terminar na cidade uma roadtrip que passa por outros destinos incríveis, como Delta do Mississipi, Memphis e Nashville. Eu já fiz a Rota do Blues nos EUA e deixei todas as dicas aqui.

O que saber antes de ir a New Orleans

Preservation Hall, no French Quarter: esqueça o glamour | Paulo Basso Jr

Muita gente pergunta o que acho de New Orleans, e a resposta direta é que eu adoro, mas entendo quem cai de paraquedas por lá, passa pouco tempo e acaba não curtindo a cidade.

Vale dizer aqui que, para mim, o que mais vale em um destino é a receptividade do povo, a absorção cultural, a autenticidade, a boa gastronomia e a quantidade de experiências oferecidas e que dificilmente são encontradas em outro lugar. E isso New Orleans tem de sobra.

Numa comparação meio ruim, mas ainda assim a melhor que consegui, New Orleans está para os EUA como Salvador para o Brasil. Em ambas há comida típica, música enraizada aos costumes do povo, festas, miscigenação e, principalmente, pessoas simpáticas.

Assim como ocorre em Salvador, porém, as áreas turísticas de New Orleans, como o French Quarter, têm muito esquema pega-turista, abordagens de malandros querendo arrancar uns trocados e jovens bebendo pelas ruas como se não houvesse amanhã. É bom para quem curte bagunça, e ruim se você procura por sofisticação.

Jazz, vodu e Mardi Gras

Casarão no Garden District enfeitado para o Mardi Gras | Paulo Basso Jr

É preciso sair desse burburinho para conhecer a verdadeira New Orleans. É aí que você descobre um lugar onde todo mundo se cumprimenta (de verdade, é quase um mantra por lá) e tem orgulho do local em que tradições como o jazz, o vodu e a celebração do Mardi Gras (Carnaval) se tornaram populares.

Com uma aura especial e que a difere de qualquer outro destino dos EUA, New Orleans escancara as diferenças sociais em bairros ricos e pobres, por onde se espalham mansões e casebres de madeira, em cenas típicas de países em desenvolvimento.

Ao bater perna por lá, no entanto, você verá que a cidade tira justamente de suas dificuldades as características que a tornam única. Isso vale, inclusive, para as catástrofes naturais, como o furacão Katrina, que assolou a região em 2005, e o Ida, de 2021, além de incêndios históricos, como o que deixou New Orleans em ruínas em 1788. Como dizem os locais, eles sempre voltam mais fortes dessas tragédias.

Cultura creole e gastronomia cajun

A gastronomia de New Orleans é impecável | Paulo Basso Jr

Da mistura dos colonos europeus (sobretudo franceses e espanhóis, mas também alemães e italianos) com nativos americanos e, sobretudo, africanos que chegaram aos EUA como escravos, New Orleans criou a cultura creole e os pratos típicos da gastronomia cajun. Hoje, ambas dão a tônica de uma viagem pela região.

Portanto, não reserve apenas um dia para ir até lá, passar pela Bourbon St e torcer o nariz, ainda mais se estiver com crianças. Separe ao menos três dias para curtir New Orleans como ela merece. E você, também.

O que fazer em New Orleans

Mural do Museu JAMNOLA | Paulo Basso Jr

Agora que você já conhece as principais características da cidade, chegou a hora de decidir o que fazer em New Orleans. Uma boa dica é hospedar-se próximo ao French Quarter, em bairros como Central Business District e Marigny, que têm preços melhores que o vizinho famoso e, ainda assim, ficam perto de tudo.

Se estiver com crianças, passe pelo French Quarter de dia e depois explore destinos como o próprio Central Business District e o Riverwalk. Ao viajar apenas com adultos, dá para reservar mais espaço para o Marigny, onde estão, por exemplo, os melhores lugares para ouvir jazz em New Orleans.

O que fazer à noite em New Orleans

Blue Nile, na Frenchmen St | Paulo Basso Jr

A noite de New Orleans pega fogo. No French Quarter, sobretudo na Bourbon St, jovens se reúnem para beber na rua, algo pouco comum nos EUA. Ali, há farra, bagunça e música alta ecoando dos bares o tempo todo. Sempre com policiamento nos arredores.

Para quem procura algo menos turístico, mas ainda assim autêntico, a dica é escapar para o bairro vizinho de Marigny. É lá que fica a Frenchmen St, rua repleta de casas de jazz com programação variada em todos os dias da semana.

Fora dos centros mais turísticos, não é muito recomendado andar a pé de noite em New Orleans. Neste caso, opte por circular de carro, seja ele alugado (veja as melhores ofertas aqui), seja via táxi ou motorista de aplicativo, para evitar problemas.

Agora que você já sabe onde curtir a noite, veja aqui uma lista com os melhores lugares para ouvir jazz em New Orleans.

Já aqui, confira alguns dos melhores bares em New Orleans.

21 pontos turísticos de New Orleans

Confira as atrações de New Orleans que não podem ficar de fora do seu roteiro pelo sul dos EUA:

  • French Quarter
  • Bourbon St
  • Mardi Gras
  • Second Lines
  • Preservation Hall
  • Jackson Square
  • Café Du Monde
  • French Market
  • Riverwalk (caminhando às margens do Rio Mississipi)
  • New Orleans Jazz Museum
  • O charmoso Marigny
  • Frenchmen St
  • JAMNOLA (e outras joias de Bywater)
  • Treme
  • Louis Armstrong Park e Congo Square
  • Central Business District
  • The Sazerac House
  • Passeio de bondinho
  • Garden District
  • Superdome
  • Visita às plantations nos arredores

French Quarter

Banda de jazz no French Quarter | Paulo Basso Jr

O French Quarter é o coração e o principal cartão-postal de New Orleans. Quem anda por lá, invariavelmente, se depara com bêbados felizes pulando de um bar para o outro, sobretudo durante a noite. Despedidas de solteiro, então, rolam por todos os lados.

Ao visitar o bairro de dia, porém, há boas surpresas. Com calma, é possível observar a linda arquitetura, formada por casarões coloridos com sacadas de ferro, por onde se debruçam plantas e que rendem belas fotos.

Muitas vezes, há bandas de jazz se apresentando pelas ruas. A música toma conta de locais como a Royal St, onde há diversas lojinhas, inclusive de suvenires e de vodu, uma das tradições de New Orleans (e tire da cabeça que isso significa espetar bonecos para provocar o mal, pois a religião é muito superior a isso).

Ao bater perna pelo French Quarter, é comum você ver também grupos em tours de fantasmas, que contam um pouco das histórias mal-assombradas de New Orleans. Muitos deles são inspirados nos contos de Anne Rice, autora de clássicos como Entrevista com o Vampiro, que nasceu na cidade (algumas cenas do filme inspirado na obra foram gravadas no Cemitério Lafayette, em Garden District).

Confesso que não é muito meu estilo encarar tours turísticos em grupos, pois prefiro explorar os destinos por conta, mas não deixa de ser divertido. Fora que é uma boa maneira de passar por lugares históricos do French Quarter, a exemplo do bar Lafitte’s Blacksmith Shop.

Bourbon St

A sempre agitada Bourbon St | Paulo Basso Jr

A Bourbon St é a alma do French Quarter. Tem quem a ame, tem quem a odeie, mas o fato é que não dá para ir a New Orleans e não dar uma passada por lá.

Há tempos o lugar absorveu todas as mazelas do turismo em massa, o que significa lugares lotados, pessoas na rua tentando convencê-lo a entrar em um ou outro estabelecimento, barulho alto dos mais variados tipos de música e muita sujeira.

Mas, quer saber, você está em New Orleans, então bora se divertir. Renda-se à atmosfera e entre no clima, divirta-se com os jovens, veja as performances dos artistas e aproveite para dar risada.

Há até alguns bons restaurantes por lá, como o Red Fish Grill, sem contar um dos bares mais antigos de New Orleans, o Old Absinthe House, de 1890 (embora haja quem defenda que ele foi fundado em 1846).

Mardi Gras

Bandeiras coloridas enfeitam o Mardi Gras de New Orleans | Paulo Basso Jr

O Mardi Gras é comemorado na mesma data do Carnaval brasileiro. E, longe de terras tupiniquins, vou falar: nunca vi nada mais animado.

Durante as semanas que antecedem o evento, o French Quarter e outros bairros da cidade são decorados com artefatos nas cores amarela, roxa e verde, da Louisiana. Um dos pratos típicos de New Orleans, o king cake (bolo do rei) é servido nessa época, e a cidade fica em polvorosa com os eventos que acontecem pelas ruas.

No feriado do Carnaval, tudo fica lotado e os preços são altos. Ao andar pelas ruas do French Quarter, você verá pessoas nas sacadas dos casarões jogando colares coloridos para os foliões (não é raro meninas e meninos levantarem as camisas em troca de mais e mais colares).

Há também festas, desfiles de carros alegóricos, pessoas fantasiadas e blocos de rua, conhecidos por lá como Second Lines. E aí, poucos lugares são mais legais no mundo que o French Quarter, com bagunça e tudo.

Uma boa dica é ir à cidade nas duas semanas anteriores ao Mardi Gras. Assim, você aproveita o clima, paga menos, se diverte e escapa das lotações.

Second Lines

Casamento também vira Second Line | Paulo Basso Jr

As Second Lines são o que há de melhor em New Orleans. Tradicionais, elas têm costumes que remetem às festas que deram origem ao jazz, com a presença de costumes indígenas, africanos e, mais adiante, europeus e americanos.

Na prática, são blocos que andam na rua, com músicos de instrumentos de sopro e percussão seguidos por foliões a pé. No Mardi Gras, há desfiles agendados de acordo com uma programação divulgada previamente, mas em qualquer época do ano você pode cruzar, do nada, com uma Second Line.

Isso ocorre porque qualquer celebração em New Orleans pode acabar com a galera seguindo bandinhas pelas ruas: casamentos, aniversários, formaturas, enterros... Aos domingos pela manhã, por exemplo, não é raro achar uma.

E você pode se juntar numa boa, curtindo o som e a animação. Em geral, forasteiros são bem-vindos. Essa é uma grande chance de imergir na cultura do sul dos EUA e mergulhar em tradições como a do Big Chief, líder indígena que comanda algumas das Second Lines mais clássicas de New Orleans.

Preservation Hall

Preservation Hall | Paulo Basso Jr

O Preservation Hall é a mais tradicional entre as casas de jazz de New Orleans. Encravado em um casarão clássico no French Quarter, o local, que antes funcionara como uma galeria de arte, o local passou a promover shows em 1961.

Conforme o tempo passou, grandes nomes do jazz se apresentaram por lá, sendo que alguns deles formaram a popular Preservation Hall Jazz Band – na ativa até hoje, com músicos que se renovam de tempos em tempos.

Para quem compra algum dos disputados ingressos da casa, o grande barato é ouvir música como antigamente, tocada de maneira acústica e sem qualquer tipo de conforto para a plateia. Definitivamente, passar por aqui tem que estar na lista de o que fazer em New Orleans.

Os bancos são de madeira, as paredes estão descascadas, os quadros não param em pé e é proibido fazer foto ou vídeo durante as apresentações. Fora isso, há lugares limitados (para quem fica sentado ou em pé, no fundo da casa) e não há bar, ar-condicionado ou mesmo banheiro (se apertar, corra para o bar ao lado, o também famoso Pat O’Brien’s, onde rolam duelos de piano).

Mesmo assim, filas se formam na porta diariamente, tamanha a qualidade dos músicos que se apresentam por lá. Faça reservas antecipadamente pelo site e chegue cedo.

Quem quiser sentar-se na primeira fileira paga mais, em geral US$ 50 (o ingresso normal, na maioria dos dias, é US$ 40, mas pode variar). Pode valer a pena, uma vez que os músicos ficam no mesmo nível de piso que o público.

No final das apresentações, não é raro os artistas convidarem a plateia para fotos. Esse é o momento de registrar sua passagem única por um dos maiores templos do jazz no mundo.

Endereço: 726 St Peter, New Orleans.

Jackson Square

Jackson Square | Paulo Basso Jr

Ainda no French Quarter, é hora de visitar a Jackson Square, um dos cantinhos mais charmosos de New Orleans. A praça tem monumentos e um gramadão verde, cercado por grades, próprio para descansar e até fazer piqueniques.

Em volta dela, há sempre muitos artistas, como músicos e pintores. A maior parte deles fica em frente à Catedral de St. Louis, que ostenta três torres e uma arquitetura que mescla influências francesas e espanholas. Dê uma olhada na parte de dentro, é de graça.

Já do outro lado da praça, você encontra um elevado de onde pode observar o Rio Mississipi. Este é o melhor lugar para fazer fotos da Jackson Square – e do gigante que atravessa os EUA de norte a sul.

Café Du Monde

Cafe Du Monde | Paulo Basso Jr

Coladinho à Jackson Square, o Café Du Monde é uma instituição de New Orleans. Trata-se do principal ponto de venda do famoso beignet, um doce de massa frita que remete ao bolinho de chuva (embora seja retangular e maior) e é uma das principais tradições de New Orleans – aqui, você vê minha opinião sobre ele.

Para prová-lo, prepare-se. Provavelmente você terá de encarar uma enorme fila, a despeito de o Café Du Monde ficar aberto 24 horas por dia.

E o detalhe é que você nem entra no lugar. Pega sua sacolinha em uma espécie de guichê, com no mínimo três beignets, senta nas mesinhas do pátio ao lado e, como todo mundo, come espalhando açúcar de confeiteiro por todos os cantos.

O ponto mais conhecido da doceria é o que fica em frente à Jackson Square, cujo endereço está abaixo, mas há uma filial no The Outlet Collection Riverside, em geral bem mais vazia. Ah, e no aeroporto também tem um Café Du Monde, caso queira comprar uns beignets de última hora.

Endereço: 800 Decatur St, New Orleans.

French Market

French Market | Paulo Basso Jr

Ao caminhar do Café Du Monde em direção à Marigny, com o Rio Mississipi à sua direita, você verá uma série de lojinhas. Este é o famoso French Market, onde é possível comprar lembracinhas típicas de New Orleans: colares coloridos, pimentas, temperos em geral e até mesmo símbolos vodu.

Nos fundos da galeria, há um banheiro público que, em geral, apresenta boas condições. Mais adiante, do outro lado da rua, você chega ao mercado de alimentos frescos, onde é possível apreciar os aromas, se encantar com as cores dos legumes e frutas e comprar alguns dos itens básicos que compõem a deliciosa gastronomia cajun.

Riverwalk (caminhando às margens do Rio Mississipi)

Riverwalk | Paulo Basso Jr

Ao caminhar para o outro lado da Jackson Square, em direção ao French Quarter, com o Rio Mississipi à sua esquerda, você chega ao Riverwalk de New Orleans. Trata-se de um passeio bem agradável às margens do rio, onde é possível ver ou acessar os famosos barcos de pá, que fazem passeios pela região.

O lugar é extremamente fotogênico e concentra algumas atrações para crianças, como um aquário. Não é raro ver locais caminhando, correndo ou pedalando por lá.

Já no final do calçadão, na altura do Central Business District, está o The Outlet Collection Riverside. O shopping fechado concentra uma série de lojas de grife que os brasileiros curtem bastante, além de uma filial do Café Du Monde.

New Orleans Jazz Museum

New Orleans Jazz Museum | Paulo Basso Jr

O jazz é mais um entre os ritmos que têm como base o blues. Tal como o samba brasileiro, no entanto, criou uma estética própria e se desenvolveu ao misturar improviso com certa dose de malandragem. Aos poucos, caiu no gosto da elite sulista americana e se perpetuou com o acréscimo de novos instrumentos e a estima dos músicos por trajes elegantes.

Não faltam nomes que, com maestria, levaram o jazz de New Orleans para o resto do planeta, como Jelly Roll Morton, Sidney Bechet e, acima de todos, o filho mais ilustre da cidade, Louis Armstrong. Hoje, canções dessas e de outras lendas podem ser ouvidas por lá a qualquer hora do dia e da noite.

Para saber um pouco mais dessa história, vale a pena visitar o New Orleans Jazz Museum. Embora simples, o local conta com um bom catálogo de instrumentos e objetos que pertenceram a artistas famosos. Destaque também para as fotos e partituras de lendas do jazz.

De qualquer forma, indico este passeio apenas para quem realmente gosta ou quer aprender mais sobre a música de New Orleans.

Endereço: 400 Esplanade Ave, New Orleans.

O charmoso Marigny

Casa com fachada colorida em Marigny | Paulo Basso Jr

Depois do French Quarter, o Marigny é o bairro mais famoso de New Orleans. Ambos, inclusive, são vizinhos.

Lá, não faltam casas com fachadas coloridas, o que por si só já vale o passeio. Mas também há bons lugares para se hospedar e comer, como o Hotel Peter and Paul e o bar anexo The Elysian, que ficam em um prédio que já abrigou uma escola e uma igreja. Ah, e ainda tem uma sorveteria por lá, bem boa.

Ande sem pressa pelo Marigny e explore lugares como o St. Roch Market, bom para tomar café e experimentar algumas comidinhas de New Orleans. Isso tudo durante o dia, pois, à noite, você tem um encontro marcado com a rua mais legal da cidade, que fica no coração do bairro: a Frenchmen St.

Frenchmen St

John Boutté no d.b.a., na Frenchmen St | Paulo Basso Jr

A Frenchmen St é uma rua boêmia, repleta de bares e casas de show. E o melhor de tudo é que, apesar de já ter se tornado turística, é mais calma que a Bourbon St e atrai os locais.

Os melhores jazzistas de New Orleans se apresentam por lá nos mais variados dias da semana, com destaque para John Boutté, Kermit Russell e Ellis Marsalis Jr. Quando há grandes apresentações, ingressos são cobrados, mas também é possível ver shows gratuitamente.

As principais casas de jazz da Frenchmen St são a d.b.a., a Blue Nile, a Snug Harbor e a The Spotted Cat Music Club (confira os detalhes de cada uma delas aqui). Há ainda uma série de bares legais por lá, o que torna a rua um dos melhores destinos para curtir a noite em New Orleans.

JAMNOLA (e outras joias de Bywater)

JAMNOLA | Paulo Basso Jr

Quando vi fotos do JAMNOLA, fiquei com muita vontade de ir. Mas aí li algumas críticas ruins na internet: “os funcionários são mal-educados”, “não dá tempo de fazer fotos”, “o passeio é muito rápido”.

Pois bem, resolvi arriscar e, não sei se dei sorte ou não, mas curti muito. Fui extremamente bem atendido, por um guia que, inclusive, gostava de música brasileira. Com calma, ele me deu acesso a todas as salas deste museu de pop-up, que celebra a cultura de New Orleans em 20 instalações criadas por artistas locais.

Colorido e com referências à música, à gastronomia e ao Mardi Gras, o JAMNOLA é pura diversão. Passeio quase uma hora por lá e pude fazer fotos de tudo, além de um vídeo com adereços no final, que está incluído no ingresso e foi enviado diretamente para o meu e-mail.

Depois do passeio, aproveite para explorar o divertido bairro de Bywater, que conta com bons restaurantes e locais culturais. Uma boa dica é ir ao Bacchanal Fine Wine & Spirits, onde dá para tomar um vinho assistindo a shows de jazz em um quintal aberto.

Endereço: 2832 Royal St, New Orleans

Treme

Louis Armstrong Park, em Treme | Paulo Basso Jr

Quando vi a série de TV Treme, que retrata, sob a ótica da música, a vida de New Orleans após a passagem do furacão Katrina, pensei: preciso ir a esse lugar.

Treme é um bairro tradicional da cidade e uma das primeiras comunidades de pessoas negras na América. O local fica ao norte do French Quarter e é famoso por organizar diversas Second Lines.

De dia, o esquema por lá é o Willie Mae's Scotch House, um dos melhores restaurantes de New Orleans. De noite, por sua vez, pegue um motorista de aplicativo ou um táxi e siga diretamente (sem zanzar pelas ruas) para o Kermit's Tremé Mother-in-Law Lounge, casa de show do jazzista Kermit Russell. No site, dá para ver quando ele se apresenta com a banda por lá.

Louis Armstrong Park e Congo Square

Congo Square | Paulo Basso Jr

O Louis Armstrong Park fica em uma das extremidades de Treme. Trata-se de um parque arborizado, com lagos artificiais e monumentos dedicados à música e a Louis Armstrong, o maior nome do jazz de todos os tempos.

Lá dentro, você tem acesso à Congo Square, antigo solo sagrado de índios e que, a partir do século 18, transformou-se em um mercado no qual escravos se reuniam aos domingos. Daí teriam surgido ou se popularizado culturas que mudariam a história de New Orleans para sempre, como a religião vodu e o próprio ritmo do jazz.

Central Business District

Central Business District | Paulo Basso Jr

Se você está à procura de experiências mais sofisticadas na hora de listar o que fazer em New Orleans, o Central Business District é o seu lugar. Pertinho do French Quarter, o bairro abriga alguns dos hotéis mais luxuosos da cidade, como o Four Seasons, e ótimos restaurantes, a exemplo do Gianna, do Drago’s e do Cochon.

Uma das grandes atrações do bairro é o The National WWII Museum, museu enorme dedicado à Segunda Guerra Mundial e com várias informações para os fãs do tema. Do lado de fora, há uma estátua de Anne Frank, onde muita gente faz um pitstop para fotos.

Uma vez no Central Business District, aproveite para caminhar na Magazine St, repleta de lojas charmosas, bem como no trecho da Canal St próximo ao Rio Mississipi, repleto de lojas e shoppings de grifes – há até um cassino por lá. Outra atração do bairro é a The Sazerac House.

The Sazerac House

The Sazerac House | Paulo Basso Jr

Um cubo de açúcar, bitter Peychaud's, conhaque, uísque de centeio e casca de lima-da-pérsia. Com esta combinação, você tem o sazerac, o drinque típico de New Orelens.

De tão apreciado por lá, o coquetel ganhou uma casa, chamada The Sazerac House, que conta a história da bebida criada por um farmacêutico e popularizada em um bar que fica a poucos metros dali. Interativo e bonito, o espaço vale a visita.

Endereço: 101 Magazine St, New Orleans

Passeio de bondinho

Bondinho da linha verde St. Charles Streetcar Line | Paulo Basso Jr

Os bondinhos dão um charme especial à paisagem urbana de New Orleans. As linhas mais populares cortam a Canal St, mas a dica é pegar a verde, chamada St. Charles Streetcar Line, que segue para o bairro de Garden District. Isso porque os carros dela são mais clássicos.

Durante o passeio, que começa na própria Canal St. ou no Lee Circle, você segue em direção a St. Charles Ave, repleta de casarões espetaculares. O tíquete pode ser comprado no próprio bondinho, junto ao motorista, e é baratinho.

Peça para descer na altura da First St. Lá, começa o passeio pelo Garden District.

Garden District

Mansão no Garden District | Paulo Basso Jr

O Garden District é o bairro mais nobre de New Orleans. Ali, há mansões espetaculares dos barões que comandavam as plantations da região. Hoje, alguns artistas hollywoodianos têm casas no pedaço, como Sandra Bullock e John Goodman.

É comum ver grupos passando pelo bairro, em tours organizados, mas você pode ir por conta. Basta zanzar pelas ruas paralelas e transversais a St. Charles Ave para ver um casarão mais maravilhoso que o outro.

Muita gente também aproveita o passeio ao bairro para visitar o Cemitério Lafayette. Para os americanos, ele é curioso, uma vez que conta com túmulos e mausoléus alto, algo pouco típico no país, mas vital na região para evitar que corpos transbordassem durante os alagamentos do Rio Mississipi.

Não é muito meu estilo de passeio, mas se for o seu, é só chegar e entrar. O local também ganhou fama por servir de locação para vários filmes, como Entrevista com o Vampiro. Pois é, Brad Pitt passou por lá.

Superdome

Superdome | Paulo Basso Jr

O Superdome é o estádio dos New Orleans Saints, o time de futebol americano que todo mundo ama na cidade. Moderna e coberta, a arena serviu de refúgio para muitos desabrigados durante a passagem do furacão Katrina.

Hoje, quem vai até lá pode ver não só jogos e shows, mas também fazer tours para conhecer as instalações do estádio. É um passeio bem legal, sobretudo para os fãs do esporte.

Endereço: 1500 Sugar Bowl Dr, New Orleans

Visita às plantations nos arredores

Oak Alley Plantation, Louisiana | Paulo Basso Jr.

Vale a pena separar um dia na lista de o que fazer em New Orleans para visitar as plantations nos arredores. Duas delas, especialmente, merecem a visita: a Oak Alley e a Laura Plantation.

A primeira tem um corredor espetacular de carvalhos centenários e uma mostra muito bem feita sobre a dura vida dos escravos na região. A segunda, mais opulenta, conta com um lindo jardim e abriga até um hotel.

Eu visitei as principais plantations nos arredores de New Orleans, que serviram de locação para filmes como “Livro Verde: O Guia”, “Django Livre”, “12 Anos de Escravidão” e “O Curioso Caso de Benjamin Button”. Entre no link para conferir as dicas.

Direto ao ponto: roteiro de três dias em New Orleans

Bourbon St: que fazer em New Orleans em 3 dias | Paulo Basso Jr

Diante de todas essas atrações, montei um roteiro de três dias com o melhor da seleção de o que fazer em New Orleans. Confira.

Dia 1 em New Orleans

  • Pela manhã, visite o French Quarter. Com sorte, você verá uma Second Line.
  • Passeie pela Bourbon St e Royal St, vendo as lojinhas com calma.
  • Escolha um restaurante na região para almoçar.
  • Vá à Jackson Square e coma um beignet de sobremesa no Café Du Monde.
  • Visite o French Market e caminhe pelo Riverwalk para fazer a digestão.
  • À noite, assista a um show no Preservation Hall.

Dia 2 em New Orleans

  • De manhã, passeie pelo Marigny para ver as casas com fachadas coloridas.
  • Reserve um horário no JAMNOLA para tirar altas fotos.
  • Para almoçar, há boas opções em Bywater. Também dá para esticar até Treme.
  • Vá ao Louis Armstrong Park ver a Congo Square.
  • De tarde, passeie pelo Central Business District. Vá às lojas, à The Sazerac House e jante nos ótimos restaurantes do bairro.
  • À noite, aproveite para ouvir um bom jazz na Frenchmen St.

Dia 3 em New Orleans ou arredores

  • Reserve a manhã para andar de bondinho.
  • Desça no Garden District e conheça as lindas mansões do bairro.
  • Caso tenha pique, separe a tarde para visitar as plantations nos arredores. Do contrário, vá ao New Orleans Jazz Museum ou ao Superdome.
  • Algo me diz que você vai querer voltar à Frenchmen St, mas há vários outros lugares para ouvir boa música em New Orleans.

Onde comer em New Orleans

Giana Restaurant | Paulo Basso Jr

A lista de pratos típicos em New Orleans inclui delícias como gumbo, jambalaya, ostras, arroz com feijão vermelho e linguiça, lanches poboy e até carne de crocodilo. Sem contar os beignets e pralines. Todos os detalhes da culinária cajun você confere aqui.

Vou listar 19 restaurantes em New Orleans que eu fui e achei uma delícia, para que você tenha boas opções ao andar pelas áreas mais turísticas da cidade. Os pratos recomendados e endereços de cada um deles você confere aqui.

  • Chemin a La Mer
  • Miss River
  • Drago’s
  • Gianna Restaurant
  • Cochon
  • Bacchanal Fine WIne & Spirits
  • Elizabeth’s
  • Verti Matre
  • Loretta’s Authentic Pralines
  • Willie Mae’s Scotch House
  • Arnaud’s Jazz Bistro
  • Court of Two Sisters
  • Desire Oyster Bar
  • Oceania Grill
  • Original Pierre’s Masperos
  • Red Fish Grill
  • Café Du Monde
  • Commander’s Palace
  • Joey K’s Restaurant & Bar

Onde ficar em New Orleans

New Orleans conta com ótimos hotéis de luxo e também com bom custo-benefício. Minha dica para ficar bem localizado e pagar menos é fugir do French Market. No Central Business District e no Marigny, você encontra as melhores opções.

Vou começar pelo melhor hotel da cidade, que é caro, mas extremamente luxuoso, e depois dar outras três opções para quem busca experiências mais em conta. Confira:

Four Seasons Hotel New Orleans

Chandelier Bar | Paulo Basso Jr.

Este hotel é tão espetacular que eu fiz um texto inteiro sobre ele aqui. O bar do lobby, os restaurantes, o atendimento, os quartos, a vista.

Tudo por lá é novo e reluzente. Inclusive, vale a pena visitar mesmo que não for hóspede, nem que for para provar a gastronomia local.

De quebra, a localização é perfeita, do lado do Riverwalk e na Canal St, perto das melhores atrações do Central Business District e do French Quarter.

Endereço: 2 Canal St, New Orleans

Faça aqui sua reserva no Four Seasons Hotel New Orleans

The Old No. 77 Hotel & Chandlery

Este simpático hotel no Central Business District fica a uma simples caminhada do French Quarter e oferece quartos honestos por bons preços. Tem uma recepção movimentada, com um bar e diversos sofás para bater papo com outros hóspedes.

Endereço: 535 Tchoupitoulas St, New Orleans

Faça aqui sua reserva no The Old No. 77 Hotel & Chandlery

New Orleans Marriott

Há vários Marriott em New Orleans, mas o da Canal St. é o mais indicado, sobretudo pela localização, Os quartos são simples, mas amplos. Dali, você está a um pulo da Bourbon St e das atrações do Central Business District.

Endereço: 555 Canal St, New Orleans

Faça aqui sua reserva no New Orleans Marriott

Hotel Peter and Paul

| Paulo Basso Jr

Muito bom e com ótimos preços, este hotel em New Orleans é um achado. Em Marigny, de onde dá para caminhar até a Frenchmen St, fica em um prédio que já funcionou como escola e igreja. Tem quartos amplos e muito bem decorados e uma equipe simpática. De quebra, conta com um restaurante, um bar e uma sorveteria anexos.

Endereço: 2317 Burgundy St, New Orleans

Faça aqui sua reserva no Hotel Peter and Paul

DICAS PARA VIAJAR AOS EUA

Quando planejamos nossas viagens para os EUA, sobretudo para destinos como New Orleans, recorremos a uma série de ferramentas de auxílio antes mesmo de sair do Brasil. Assim, conseguimos comprar passagens aéreas mais baratas, alugar carros e reservar hotéis, bem como passeios, transfers e ingressos para eventos, com mais segurança e pagando menos.

Ao viajar para os EUA, é imprescindível também fazer um seguro viagem e comprar um chip de viagem internacional. Assim, você evita os gastos absurdos cobrados com saúde no país, caso algo fuja do previsto, e consegue usar internet ou telefone para se comunicar com quem está no Brasil, checar e-mails, postar fotos no Instagram, usar o WhatsApp e aproveitar muito mais o que fazer em New Orleans.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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