Beber café pode fazer você viver mais, sugere estudo
Tecmundo
Um amplo estudo, realizado com quase meio milhão de pessoas, identificou que beber café está associado a uma vida mais longa e com menor probabilidade de sofrer com doenças cardiovasculares e arritmia. Os resultados foram publicados em 27 de setembro, no Jornal Europeu de Cardiologia Preventiva.
Segundo o estudo, os benefícios podem ser colhidos bebendo café moído, solúvel ou descafeinado e a maior taxa de longevidade foi a dos participantes que bebiam de duas a três xícaras por dia de café moído (como cappuccino ou café filtrado).
O professor Peter Kistler, autor do estudo, explicou que a cafeína é o componente mais conhecido do café, mas que a bebida possui mais de cem componentes biologicamente ativos.
Segundo ele, é provável que os compostos sem cafeína sejam "responsáveis pelas relações positivas observadas entre o consumo de café, doenças cardiovasculares e sobrevivência". E completou: "Beber café de todos os tipos não deve ser desencorajado, mas sim apreciado como um comportamento saudável para o coração.”
Estudo e principais resultados
Foram analisados dados de 449.563 participantes livres de arritmias e outras doenças cardiovasculares no início do estudo, com idade mediana de 58 anos. 55,3% eram mulheres.
Os participantes informaram quantas xícaras de café bebiam por dia e o tipo - instantâneo, moído ou descafeinado - e foram agrupados em seis categorias de ingestão diária, de nenhuma a mais de cinco xícaras por dia.
Os consumidores foram comparados a quem não bebia para a incidência de arritmias, doenças cardiovasculares e morte durante pouco mais de 12 anos. 27.809 (6,2%) participantes morreram durante o acompanhamento.
Ao fim do estudo, todos os tipos de café foram associados a uma redução na mortalidade por qualquer causa. A maior redução de risco foi observada com duas a três xícaras por dia, associada a uma probabilidade menor de morte de 14%, 27% e 11% para preparações descafeinadas, moídas e instantâneas, respectivamente.
O menor risco de doença cardiovascular foi observado com a ingestão de duas a três xícaras por dia, com redução de probabilidade de doença cardiovascular de 6%, 20% e 9% para café descafeinado, moído e instantâneo, respectivamente.
Cafés moído e solúvel, mas não o descafeinado, foram associados à redução de arritmias, incluindo fibrilação atrial, em 17% e 12%, respectivamente.