Conheça as principais tendências fitness para o Brasil em 2024

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.

Após conhecermos as tendências fitness para o mundo, hoje vamos ver o que esperar para o Brasil no mercado fitness em 2024. É o 5º ano consecutivo que o Brasil entra na pesquisa do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM). 

Apesar de em muitos aspectos, seguirmos o modelo norte-americano, a tendência fitness número 1 do mundo e dos Estados Unidos – tecnologia vestível, ficou apenas na 13ª posição no ranking nacional. 

A busca por ambientes outdoors parece que explodiu durante a pandemia, em que se buscou mais espaços na natureza, inicialmente pela segurança, pois havia distanciamento social, mas também pelo benefício sinérgico que existe entre atividade física e o contato humano com a natureza. 

Dados indicam que permanecemos até 90% do dia em ambientes fechados, portanto o momento de exercícios é uma oportunidade para ficar ao ar livre. Além disso, são chances de socializar e conhecer novos lugares, como ocorre na próxima tendência.

Exercício em ambientes naturais tem se mostrado amplamente benéfico.

“No início da década passada passamos por uma grande popularização das assessorias esportivas. Os grupos de corrida/bike deixavam de ser um “artigo de luxo” para se tornar uma opção real de prática para aqueles que buscavam um novo desafio ou uma opção para quem fugia dos programas de exercícios em ambientes fechados. As vantagens são inúmeras, mas as relatadas com mais frequência são: variação dos locais de treino, contato com a natureza, alívio do stress, desafios pessoais, socialização e sentimento de pertencimento”, afirma Nivaldo Kammers Junior – Treinador e Sócio Proprietário da Viva Bem Assessoria de Corrida .

Aqui destaca-se o exercício para tratamento de cardíacos, hipertensos, diabéticos e várias outras doenças e condições de saúde.

O aperfeiçoamento na coleta e análise de métricas relacionadas ao exercício é aspecto crescente e pode impactar principalmente no desempenho de quem quer se envolver profundamente com alguma modalidade.

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Considerando que o Brasil tem se mostrado um país bastante ansioso , além da significativa e crescente prevalência de sintomas depressivos, o exercício se mostra uma ferramenta efetiva para prevenir e tratar distúrbios de saúde mental. 

Mas nessa relação há um paradoxo: pessoas com distúrbios podem querer praticar exercícios, mas sua condição pode dificultar a prática. Para quem sofre com ansiedade, uma pesquisa mostrou que para evitar a desistência, é fundamental o acompanhamento de profissional e que esse monte uma estratégia para melhorar a motivação da pessoa.

O atendimento individualizado nas academias segue sendo forte tendência. Considerando a dificuldade de muitos praticantes de se motivarem para os exercícios, uma companhia pode fazer a diferença. São destaques desse atendimento: definição de metas, avaliação do condicionamento físico e prescrição individualizados.

Apesar da reconhecida limitação do exercício para impactar na perda de gordura corporal, essa é uma parte importante do tratamento.

Fomos o único país no mundo que apresentou essa tendência em primeiro lugar. As necessidades da geração baby boomer e mais velhos precisam ser levadas em consideração, especialmente na atmosfera dos ambientes. Nas academias, precisamos cuidar com as luzes e o volume e tipo de música para torná-las mais amigáveis para esse público.

Lembre-se que no fim do dia, a melhor rotina de exercícios é sempre aquela que você faz de forma consistente e a sua tendência pessoal vai ajudar nisso.

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Fábio Dominski é doutor em Ciências do Movimento Humano e graduado em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). É Professor universitário e pesquisador do Laboratório de Psicologia do Esporte e do Exercício (LAPE/UDESC). Faz divulgação científica nas redes sociais  e em podcast disponível no Spotify . Autor do livro Exercício Físico e Ciência - Fatos e Mitos.