Inclusão também é ressignificar o envelhecimento como processo social
Tecmundo
Dia 1º de outubro celebramos o Dia Internacional da Terceira Idade, e a data é um momento oportuno para reforçar a importância dessa fatia da população. Segundo o IBGE, aproximadamente 37% da população brasileira terá mais de 50 anos até o final de 2024 , e essa seja, talvez, uma das transformações sociais mais relevantes do século XXI.
É cada vez mais comum ver gerações diferentes compartilhando os mesmos espaços, tanto de trabalho quanto de lazer. Entre nativos digitais, gerações de transição, que acompanharam essa evolução, e mais avançadas que vão sendo incluídas digitalmente graças às inovações tecnológicas, os espaços sociais vão se tornando cada vez mais diversos, e essa é uma excelente oportunidade para criar experiências enriquecedoras.
Essa interdependência permite criar ambientes que proporcionam amparo, segurança e senso de relevância para gerações mais velhas, sem que isso configure superproteção e privação de direitos por excesso de zelo. Pensando ainda na sociedade digitalizada, os avanços das ferramentas em Inteligência Artificial também podem ter papel importante para criar um futuro inclusivo para os idosos.
Integração de assistentes de IA em aparelhos auditivos, ou tecnologias para viabilizar a comunicação de pessoas com dificuldades cognitivas, garantem mais autonomia e qualidade de vida. Graças à democratização do acesso a IA em computadores domésticos com tecnologias de mais nova geração da Intel, por exemplo, ferramentas de acessibilidade desse tipo tendem a se tornar mais comuns.
Contudo, o convívio social continuado é o ponto central para que essas ações combinadas sejam eficazes. Comunicação e contato precisam ser constantes, se valendo de todas as oportunidades proporcionadas por uma sociedade multigeracional, não se limitando a momentos isolados, administrados quase que como processos terapêuticos.
A inclusão intergeracional precisa ser pensada ativamente como uma prática diária, até que ela seja internalizada como uma rotina normal, e não como “uma boa ação”. Uma sociedade cada vez mais envelhecida só é, de fato, inclusiva quando isso vale para todos, independente da faixa etárias.