Festival Perifericu promove diversas atividades culturais pela periferia paulistana
Virgula
O Perifericu – Festival Internacional de Cinema e Cultura da Quebrada, evento que tem como objetivo valorizar as diferentes manifestações e processos artísticos da população LGBT+ periférica, acontece presencialmente de 9 a 13 de fevereiro.
O evento acontecerá de forma itinerante pelas favelas da Zona Sul de São Paulo. A programação apresentará diferentes ativações artísticas, como apresentações musicais, mostras de curta-metragens e batalhas de slam.
A programação do evento inclui formações, mostras de filmes, apresentações musicais, slams e debates, com objetivo de democratizar e enaltecer a cultura TLGB+ das periferias. O evento vai acontecer de forma itinerante na Associação Bloco do Beco, Espaço Reggae e na Casa de Cultura M’Boi Mirim, esta última possui a capacidade máxima de 600 pessoas, mas por conta da Covid-19 o festival vai trabalhar com a capacidade reduzida para 150 pessoas.
Para as atividades presenciais é necessário a apresentação da carteira de vacinação, com as duas doses da vacina e o uso obrigatório de máscara PFF2 ou N95. Para quem preferir acompanhar o evento de forma online, a transmissão será feita pela plataforma Todesplay, que irá veicular os filmes on-line de 9 a 15 de fevereiro, dois dias a mais do que o período do evento.
“Quantos festivais de cinema você já viu na favela? Quantos festivais de artes a gente conhece que exaltam a cultura periférica? E como conciliar isso com a cultura LGBTQIA+ e preta, que também são marginalizadas na nossa sociedade? Enquanto pessoas periféricas, trans, pretas e LGBs, estamos tentando mudar a estrutura de eventos de artes no Brasil: queremos transformar desde o topo, alterando as pessoas que tomam decisões, quem trabalha no evento, quais são as corporeidades, as artes e os pensamentos valorizados ou não. E a única forma de fazer isso é construindo nós por nós, a partir das nossas tecnologias e saberes favelados“, relata Rosa Caldeira, diretor e roteirista na produtora de audiovisual comunitário Maloka Filmes.
A iniciativa do festival é da Maloka Filmes com apoio do Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais do Município de São Paulo – VAI, Associação Bloco do Beco, SPCine, Casa de Cultura do M’Boi Mirim, Projeto Paradiso e TodesPlay.
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