Jujutsu Kaisen: 3 razões para assistir um dos melhores animes da atualidade
Tecmundo
Acredite ou não, eu só fui assistir Jujutsu Kaisen há pouquíssimo tempo.
Eu sei, estou um pouco atrasado para a festa, mas, finalmente, consegui avançar e não consegui me segurar, gente. Precisei fazer um vídeo/texto para falar com vocês sobre esse baita anime.
Sim, é um baita anime, com uma trama muito legal, ótimos personagens e discussões interessantes, que não ficam só na superfície (vou explicar melhor durante o vídeo/texto).
Então, fique por aqui, porque vou te contar tudo sobre Jujutsu Kaisen, além de te oferecer 3 motivos para você dar uma chance para o anime, mesmo que você não seja lá tão fã de animações japonesas!
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Antes de listar os 3 principais motivos para você conhecer e assistir Jujutsu Kaisen, vamos entender um pouco sobre essa produção? Assim, nos entendemos melhor e ficamos na mesma página.
Bem, Jujutsu Kaisen é um anime, produzido pelo estúdio MAPPA, e lançado para o mundo todo no ano de 2020.
Assim como boa parte das produções do gênero, o anime é baseado em um mangá de mesmo nome, que foi escrito e ilustrado por Gege Akutami, e lançado em 2018.
O mangá já conta com 20 edições, pelo menos até a produção deste vídeo/texto, e se tornou um dos maiores sucessos comerciais das publicações japonesas da história.
Para você ter uma noção, já são cerca de 70 milhões (isso mesmo) de cópias do mangá em circulação, somando as versões físicas e digitais.
E para coroar isso tudo, veio o anime, que rapidamente também se tornou um sucesso estrondoso e que segue firme como um dos melhores animes shounen da atualidade.
Inclusive, além de uma ótima temporada de estreia, Jujutsu Kaisen também ganhou um filme prequel, que traz coisas que aconteceram antes daquelas vistas no anime.
O nome do filme é Jujutsu Kaisen: 0, obra que foi lançada em 2021 e, adivinha só? Teve um retorno incrível também.
Com uma receita de cerca de US$ 180 milhões ao redor do mundo, o filme se tornou, pelo menos até a data de publicação desse vídeo/texto, o 8° maior filme de anime de todos os tempos.
É, minha gente, não é pouca coisa, não.
Agora que você já conheceu mais sobre Jujutsu Kaisen e todo hype em torno do anime, vamos partir para os 3 motivos que vão fazer você se apaixonar por essa animação!
Vamos começar pelos personagens de Jujutsu Kaisen, que são incríveis e cativantes, ao mesmo tempo em que são simples e com traços bem definidos.
O protagonista Yuji Itadori, por exemplo, é um garoto extremamente carismático e, desde o início, o roteiro faz com que a gente se identifique facilmente com ele.
Isso porque ele é apresentado como um cara super gente boa, que valoriza a amizade, é humilde e bem dedicado. Resumindo, aquele amigo que todo mundo gostaria de ter por perto.
Além disso, o início do arco de Itadori também revela que ele é um protagonista naturalmente forte, de mente aberta e que está sempre disposto a solucionar quaisquer problemas que atrapalhem ele e seus amigos.
Características que, logo de cara, já deixam margem para crescimento e que são bem interessantes para bons protagonistas de animes shounen.
Mas não se engane. Jujutsu Kaisen não apela para aquela famosa “síndrome do protagonismo”, em que toda a narrativa é centrada na figura de um único herói e só há espaço para ele brilhar.
Sim, Itadori é o protagonista de Jujutsu Kaisen, mas a narrativa vai deixando bem claro, com o passar dos episódios, que são suas relações com os demais personagens que o deixam mais forte. E não, simplesmente, treinamentos e batalhas exaustivas, como é comum ver em muitas outras produções.
Ou seja, todos os personagens contribuem para o arco central do anime, para a macro história, e têm importância como um todo. E é dessa maneira que o protagonista, bem como os outros personagens, vão evoluindo ao longo de Jujutsu Kaisen.
E a cereja do bolo é a dupla personalidade de Itadori, que é o hospedeiro de Sukuna, o chamado Rei das Maldições, que vive dentro do protagonista e aparece em certos momentos como uma forma de quebrar um pouco a personalidade amável do jovem. Um contraste bem legal de assistir, diga-se de passagem.
Por falar em outros personagens, vale citar também os colegas de Itadori na escola Jujutsu.
No anime, também conhecemos Megumi, um estudante cheio de potencial, bem mais introvertido e misterioso do que Itadori, porém, igualmente leal e corajoso.
Há também Nobara, que é uma garota super independente, forte, extrovertida e que está buscando seu lugar no mundo.
Juntos com Itadori, esses personagens formam um tripé bem interessante e divertido para o anime, já que reúne personagens contrastantes, mas que têm uma essência muito similar, repleta de coragem, lealdade e força.
Também precisamos falar um pouquinho de Gojo, o feiticeiro mais forte da escola Jujutsu e que serve como uma espécie de mentor e um vislumbre de futuro para Itadori, já que Gojo incorpora tudo aquilo que o protagonista sonha em ser.
Ele é um personagem bem descolado, digamos assim, com uma postura bem leve e divertida, apesar de todo o seu poder e sabedoria.
E, aqui, vale ressaltar, de novo, como os roteiristas usam características contrastantes para criar personagens multidimensionais, que são mais do que aparentam.
Nós só não sabemos muito ainda sobre o passado de Gojo: de onde ele veio? Como ele conquistou os poderes e a posição dele? Ele tem pontos fracos?
Mas está tudo bem, porque a narrativa deixa espaço para que essas respostas venham no futuro, possivelmente na 2ª temporada de Jujutsu Kaisen, que já foi confirmada, inclusive.
Enfim, há mais personagens para comentar, como os vilões do anime, que também são chamativos, mas isso fica para um novo vídeo/texto.
Jujutsu Kaisen (MAPPA/Reprodução)
Outro ponto altíssimo de Jujutsu Kaisen é a qualidade da animação. E olha que eu nem sou especialista no assunto, já que o meu foco aqui pende mais para a narrativa, para a história em si, mas nem é preciso ser entendido do assunto para ver que o anime é lindíssimo.
O estúdio responsável por dar vida ao anime é o MAPPA, empresa japonesa de animação que também produziu outros grandes títulos, como a última temporada de Attack on Titan e o excêntrico Dorohedoro, da Netflix, por exemplo.
Além de trazer traços bem bonitos, dá para notar o quão detalhista é o trabalho de animação de Jujutsu Kaisen, que não desperdiça a oportunidade de deixar quem está assistindo de queixo caído sempre que possível.
Sempre com cenários muito bonitos, uma ótima utilização de luzes e sombras, além de alguns detalhes de personagens que fazem qualquer fã admirar ainda mais a obra como um todo.
É um anime que, graças a esse cuidado especial com a animação, consegue criar atmosferas muito legais e proporciona uma experiência muito agradável para quem se aventura nesse universo.
E, claro, eu não poderia deixar de citar as cenas de luta e de ação de Jujutsu Kaisen, que são um show à parte. São passagens super fluidas, que em momento algum te deixam perdido, sem saber o que está rolando. Muito pelo contrário.
É perceptível como os lindos traçados, junto com as técnicas de luzes, sombras e reflexos, ajudam a criar cenas memoráveis e muito bem coordenadas, que realmente te deixam vidrado em cada movimento.
Em suma, é aquele tipo de anime que dá gosto de assistir não apenas pela trama e pelos personagens interessantes, mas também pelos aspectos técnicos, que são muito caprichados.
Jujutsu Kaisen (MAPPA/Reprodução)
Para você que ainda não conhece a trama de Jujutsu Kaisen, vou resumir tudo aqui, sem soltar spoilers, e te explicar porque ela é tão viciante.
Basicamente, o anime se passa em um mundo em que os sentimentos negativos das pessoas se tornam maldições, que se manifestam de acordo com suas intensidades.
Ao todo, são 5 graus diferentes de maldições: existem maldições de grau 4, que seriam as mais fracas, de grau 3, grau 2, grau 1, que é onde o bicho já começa a pegar, e de grau especial, que seriam as maldições mais fortes e difíceis de enfrentar.
E só para você entender, essas maldições não são coisas abstratas, que estão no ar e que não podem ser vistas. Elas se manifestam através de criaturas bem assustadoras, cada qual com características e níveis de poder diferentes.
Nesse cenário amaldiçoado, os únicos capazes de enxergar, de fato, essas maldições, classificá-las e enfrentá-las são os feiticeiros Jujutsu.
Esses feiticeiros treinam em uma escola, chamada Escola Jujutsu, localizada no Japão, na qual eles se desenvolvem e aprendem a combater esses monstros, ou exorcizá-los, como é dito no anime.
Assim como as maldições, os feiticeiros também têm níveis diferentes, que espelham os níveis das maldições. Ou seja, são feiticeiros de grau 4, grau 3, grau 2, grau 1 e de grau especial.
É essa hierarquia de poder que define quais feiticeiros vão enfrentar determinadas maldições. Por exemplo: uma maldição de grau 3 vai ser enfrentada por um feiticeiro de grau 3. Já uma maldição de grau especial só pode ser combatida por um feiticeiro de grau especial.
Para ficar mais claro, confira as classificações das maldições, de acordo com o próprio anime:
Jujutsu Kaisen (MAPPA/Reprodução)
Como você pode notar, o plot de Jujutsu Kaisen é super interessante e explora, no seu âmago, a natureza humana. Ou, melhor dizendo, o lado ruim da natureza humana, já que as maldições surgem de sentimentos negativos de pessoas.
Isso por si só já constitui uma crítica bem pertinente sobre como uma pessoa sempre pessimista, que está sempre pensando no pior e emanando coisas ruins, pode virar refém de si mesma.
Nesse sentido, ela se torna sua própria maldição e ainda pode “contagiar” os outros ao redor dela, levando adiante essa negatividade toda que, claro, só faz mal.
Por isso, inclusive, Itadori é um cara tão amável, determinado e positivo. Justamente para ser o contraponto dessas maldições, criando uma espécie de luz e alívio para a história.
Mas não podemos esquecer que, mesmo assim, Itadori ainda tem um lado sombrio também, já que Sukuna vive dentro dele.
Ou seja, ele precisa lutar não só com as coisas ruins que o cercam, mas contra ele mesmo, para que o mal não tome conta dele também.
E isso cria uma relação muito grande entre narrativa e espectador, porque é algo que gera uma identificação muito grande. Afinal, nós também precisamos lidar com negatividade e sentimentos ruins não apenas de maneira externa, mas interna também.