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Tem Alguém na Sua Casa: filme da Netflix é confuso e raso (crítica)
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Tem Alguém na Sua Casa: filme da Netflix é confuso e raso (crítica)

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Tecmundo
11/10/2021 22h00
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Nas últimas semanas, a Netflix apostou suas fichas no lançamento de um novo filme de terror com protagonistas jovens. Tem Alguém na Sua Casa (There's Someone Inside Your House) é baseado diretamente no romance homônimo da escritora Stephenie Perkins. 

Apesar disso, a produção não consegue se aprofundar em nenhum momento nas relações abordadas em cena, o que evidencia a expectativa dos realizadores de apenas seguir com o hype

Saiba mais sobre o que achamos do filme lendo nossa crítica completa abaixo!

(Netflix/Reprodução)(Netflix/Reprodução)

Tem Alguém na Sua Casa: uma fórmula que já pode estar ficando batida?

Um dos subgêneros mais populares dos filmes de terror é o slasher. Em linhas gerais, projetos que abordam grupos de pessoas, geralmente jovens, sendo perseguidas constantemente por um assassino em série costumam se enquadrar nesse estilo. 

Nos últimos anos, inclusive, novas produções do tipo cativaram os espectadores — vale lembrar, por exemplo, da bem-sucedida trilogia Rua do Medo, lançada em julho pela própria gigante do streaming. Contudo, há muitas inconsistências em praticamente todos os aspectos de Tem Alguém na Sua Casa, trazendo uma sensação desconfortável para a audiência.

Na trama, o público conhece a jovem Makani Young (Sydney Park), que se mudou do estado do Havaí para Atlanta depois de se envolver em um episódio tenebroso do qual quer se esquecer. Embora nenhum detalhe sobre o assunto seja mencionado na nova escola, algumas coisas estranhas passam a acontecer no local, revelando diversos segredos obscuros de alguns estudantes.

Conforme os adolescentes vão sendo expostos aos seus colegas — como o esportista que espancava outros alunos por conta de sua sexualidade e uma religiosa com um podcast político —, eles também são mortos por um assassino mascarado que utiliza facas afiadíssimas para garantir que ninguém sobreviva. Nesse sentido, as cenas de violência são bastante cruas e explícitas.

E mesmo que, para o gênero, esse ponto seja um fator positivo, a atmosfera de tensão que Patrick Brice, diretor responsável pelo filme, tenta construir é bastante falha. Logo na abertura, há um jumpscare extremamente gratuito, que não acrescenta em nada para o desenvolvimento da narrativa, algo que se repete em diversos momentos. A sensação que fica é que o cineasta está tentando forçar algo, levando em consideração tudo o aquilo que o roteiro não consegue elaborar.

Excetuando o segundo caso de assassinato, todos os outros soam bastante vazios e sem nenhuma profundidade. É como se houvesse uma exposição temporária sobre quem seria o próximo alvo e, em seguida, seu segredo fosse finalmente revelado para todos. Inclusive, quando a protagonista é confrontada, não há nenhuma emoção que faça com que o público torça pelo seu sucesso em derrotar o assassino.

Aliás, o grande mistério que ronda o filme está em sua figura, principalmente, quando existem algumas suspeitas em personagens apresentados ao longo da história. É o caso de Ollie (Théodore Pellerin), que possui um relacionamento familiar complexo e uma recepção nada amigável de todas as pessoas na escola.

(Netflix/Reprodução)(Netflix/Reprodução)

Tudo culmina em um final absurdamente desesperador, mas que não consegue fugir do clichê e ainda demonstra ser bastante frágil e raso. Não há desenvolvimento de personagem, não há maturidade narrativa, não há nem mesmo um clima que deixe os espectadores em choque ou aterrorizados. 

De maneira ampla, fica evidente que aquilo que havia sido posto em cena inicialmente possuía um enorme potencial, afinal, todas as figuras eram bastante diferentes entre si, o que renderia uma exposição no mínimo interessante. No entanto, nada disso é visto em tela, o que é, sem dúvidas, uma grande pena.

 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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