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Chico Cesar e Geraldo Azevedo se unem em “Violivoz”
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Chico Cesar e Geraldo Azevedo se unem em “Violivoz”

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16/05/2022 17h38
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Chico Cesar e Geraldo Azevedo se unem para apresentar a união dos seus trabalhos, com o show “Violivoz”, no Tokio Marine Hall, em São Paulo, no dia 21 de maio.

Tudo pode ter começado numa noitada de violão a dois, na casa de Chico César, em São Paulo, quando ele e Geraldo Azevedo pensaram, cada qual por si: “A gente bem que podia fazer isso para o público. Para os nossos públicos”.

Admiração mútua nem sempre implica em identificação, mas a reunião destes dois artistas para o espetáculo “Violivoz”, que vai percorrer o Brasil este ano, mostra uma vibe em comum e um território comum de “inclinações musicais”.

“Temos pensado em canções onde a gente possa brincar com o instrumento”, diz Chico César, lembrando músicas como “Bicho de 7 Cabeças” ou “Meu Pião”. Canções que vão sendo testadas para o repertório, como também “Mama África”, “Dia Branco”, “À Primeira Vista”, “Menina do Lido”.

Geraldo conheceu o trabalho de Chico César através de Carlos Bezerra, o “Totonho”, paraibano famoso pelo trabalho musical “Totonho e os Cabras”. Totonho era, tal como Chico César, uma “cria” do grupo de música de vanguarda paraibano Jaguaribe Carne, liderado em João Pessoa por Pedro Osmar e Paulo Ró. Os dois, Chico e Geraldo, tinham canções num projeto que não chegou a ser gravado, mas Geraldo, ao escutar as músicas de Chico, pediu que ele viesse gravar o violão.

“Quando algum tempo depois foi lançado Aos Vivos”, diz Geraldo, “pra mim foi uma revelação. Além das composições em si, o violão de Chico César buscava outros caminhos, com um estilo muito pessoal, que só ele seria capaz. Virei divulgador (risos)… Comprei duas caixas de CDs e saí distribuindo para as pessoas, dizendo para elas: Dá uma escutada nisso aqui, e depois me fala”, disse o cantor.

A admiração tornou-se recíproca neste momento. Chico César, cerca de vinte anos mais novo, já acompanhava o trabalho de Geraldo – uma das figuras de maior presença na geração de nordestinos que se projetou na Música Popular Brasileira durante a década de 1970.

Agora, os dois selam sua amizade a admiração com o show “Violivoz”, que une o melhor do trabalho dos dois artistas.

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