De nadadora profissional a cantora de sucesso: conheça a história de Beren Olivia
Virgula
Beren Olivia, jovem inglesa de 22 anos, começou sua carreira estelar na música apenas em janeiro de 2020. Em pouco tempo, a cantora recebeu mais de 5 milhões de streamings e é uma das maiores promessas do pop mundial.
Beren, que até o ano passado atuava como nadadora profissional, mudou drasticamente de profissão um pouco antes da pandemia estourar. Em entrevista exclusiva ao Virgula, a artista falou um pouco sobre a sua trajetória no universo musical e sobre seu primeiro EP, “Early Hours Of The AM”, lançado no último dia 20 de agosto. O projeto tem produção de Dylan Bauld, que já trabalhou com artistas como Halsey e Simple Creatures.
Virgula: Todas as músicas do seu novo álbum parecem vir de um lugar muito pessoal. Você tirou inspiração da sua própria vida ou como foi o processo criativo por trás das letras?
Beren Olivia: Eu acho que cada música conta uma história diferente. Ou, se for a mesma história, uma etapa diferente dela. Eu me inspirei nas minhas amigas…sabe quando a gente se encontra e começa a conversar sobre ex e rompimentos? Teve muita inspiração daí.
Também tiveram algumas mais pessoais, principalmente em “The Way My Mama Looks At Me”, uma das músicas do EP.
Você tem alguma música favorita do EP?
Minha música favorita muda a cada 5 minutos! Eu acho que a minha favorita no momento é “Early Hours of the AM”.
Como foi trabalhar com o Dylan Bauld?
Nossa! Na verdade, eu nunca conheci pessoalmente o Dylan. A gente conversou pelo Zoom no verão do ano passado. Eu entrei em contato com ele porque eu era uma fã do trabalho dele. Implorei para ele produzir minhas músicas. Ainda bem que ele disse sim, porque ele é um gênio! Acho que é raro, ainda mais nesse início de carreira artística, encontrar alguém que apenas te entende como artista e a forma como você quer ser vista e ouvida…e eu acho que ele conseguiu entender isso desde o início. É tão fácil e legal trabalhar com ele!
Como a pandemia afetou o seu trabalho e a sua relação com a arte?
Acho que a minha relação [com a arte] mudou muito. Acho que para mim foi relativamente mais fácil do que para outras pessoas, porque eu comecei como cantora um pouco antes da pandemia…Eu lancei minha primeira música em janeiro [de 2020]. Outros artistas estão acostumados a fazer turnês e acho que eles tiveram que se adaptar mais.
Eu tenho escrito muito, é o que eu mais fiz no último ano.Todas as músicas deste EP, menos uma, foram feitas durante o lockdown pelo Zoom. Tem sido ótimo usar esse tempo para desenvolver um estilo musical.E trabalhar com gente diferente, sabe? Com o Zoom, agora eu posso trabalhar com pessoas que eu nunca iria antes. Uma noite estou trabalhando com alguém em Los Angeles e no outro dia com alguém na Noruega. É doido! Cortou muito tempo de viagem, o que é ótimo.
Você tem planos para quando a pandemia acabar?
Assim que a pandemia acabar, eu adoraria conhecer vocês! Queria dizer obrigada a todos que têm me apoiado no último ano. Ninguém me conhece pessoalmente, sabe? E, mesmo assim, ouvem minhas músicas, compram meus produtos e são muito legais comigo online.
Você era uma nadadora profissional antes. Como você decidiu fazer essa transição na sua carreira?
Eu sempre fui uma pessoa que disse sim para tudo, sabe? Então eu fiz muitas coisas completamente diferentes durnte a vida. Nadar foi a primeira coisa “grande” que eu fiz, e eu pensei ‘Legal, estou feliz com o que eu conquistei’ e estava pensando nos meus próximos passos. Na verdade, eu queria atuar. Eu entrei em uma escola de atuação e consegui um papel em que eu tinha que cantar. Foi ai que eu realmente comecei a cantar. Mas eu sempre escrevi!
Mesmo tendo começado no ano passado, você já teve mais de 5 milhões de streamings. Como você lida com o sucesso?
Para mim, têm momentos doidos, como quando alguém me reconhece na rua. Nunca vou me acostumar com isso. Ou ouvir minhas músicas no rádio…e em rádios do outro lado do mundo, não só do Reino Unido. Têm momentos em que me estresso, em que fico pensando se está tudo dando certo, então tem altos e baixos.
Quais são as suas influências musicais?
Eu cresci ouvindo Pink, Christina Aguilera, Avril Lavigne. Com o tempo, encontrei artistas como Taylor Swift, cujas letras me inspiram muito, e Coldplay, com aquela vibe de “hinos”. As músicas novas do pop e rock são as que eu mais gosto atualmente.
Você tem novos projetos no horizonte?
Sim! Na verdade, liguei para o meu agente cheia de ideias e ele me disse ‘Calma, vamos nos focar neste trabalho que ainda nem foi lançado!’. Então, sim! Tenho várias músicas que escrevi e estou pronta para cair na estrada e tocar!]