Ímpar no pensamento, Wayd fala exclusivo ao Virgula sobre 1º álbum, lançado hoje
Virgula
A música pop ganha oficialmente nesta quarta-feira mais uma obra-prima de um artista independente brasileiro. As músicas são em inglês, mas a sonoridade canarinha e o pensamento ímpar sobre cultura e arte fazem de Wayd a nova sensação do estilo, com o lançamento de seu primeiro álbum solo.
Chega às plataformas digitais e aos streamings de música hoje “Inside Out”, primeiro trabalho do carioca como artista solo, com nove músicas de sua própria autoria, seis delas inéditas.
A carreira na música vem de anos, mas a decisão sobre seguir o seu coração e se lançar nos palcos à frente de todos com um microfone nas mãos surgiu em período obscuro da vida dele e de todas as pessoas do planeta: a pandemia.
“Eu tinha uma banda. A gente tava produzindo o nosso segundo disco. Só que veio a pandemia, a banda acabou, ficou muito difícil conciliar tudo. Ensaios tiveram que parar. E eu tinha umas músicas que já estavam sendo produzidas para algum disco, algum dia. E então eu decidi botar esse disco pra frente, solo”, contou o cantor.
Sobre as canções em inglês, ele explica. “Eu sempre achei mais fácil me expressar em inglês, então eu acabava compondo naturalmente em inglês do que em português. Também tem o fator da voz, eu tô mais perto de encontrar a minha voz no inglês do que no português, porque o idioma muda muito também o jeito de cantar”.
Entre as nove músicas escolhidas para o primeiro projeto solo da carreira, Wayd já havia lançado três delas como single neste ano: “Hometown”, “This Game” e “Construction Site”. “As músicas foram escritas ao longo de anos, compostas em momentos diferentes, mas o interessante é que todas elas conversam entre si”, destaca.
Entre as nove canções, Wayd destaca uma delas como especial. “A que eu mais gosto é ‘Legacy’. E é engraçado que ela foi escrita depois do disco. Era pra ser um disco de oito músicas, aí depois do final do processo, já estava quase tudo pronto, eu escrevi essa música, produzi e gravei”.
Canções em inglês, mas mensagem clara ao Brasil em português
Justifico o título desta matéria neste parágrafo, sobre chamar Wayd de um artista ímpar. A música pode ser feita por todos, não precisa ser um cantor renomado para passar uma mensagem que agregue, e isso Wayd já mostra que faz como poucos.
“No momento em que a gente está vivendo, a gente precisa cada vez mais acreditar nas coisas. Nesse momento vale a pena pensar no legado que a gente está deixando às pessoas. Por exemplo do que você vai gostar de lembrar do que fez durante este momento tão caótico que a gente tá vivendo, com os problemas no governo, na vida em geral?”.
“Esse disco pra mim é um marco disso. Diante de todos esses problemas, eu venci, consegui colocar a minha voz e passar uma mensagem. As pessoas precisam ter um pouco mais de fé mesmo. A gente tem muito pra dar, mas a gente tem que tá bem pra dar isso para o mundo também”, completa.
Nem bem lançou, mas já tem turnê internacional!
O álbum de Wayd chegou hoje às plataformas digitais e aos streamings de música, mas o cantor carioca já tem uma turnê internacional agendada agora para novembro, no Uruguai.
“Vou abrir os shows para um amigo meu, outro músico, o Miguel Bestard. Ele é natural de lá. Ele conseguiu uma turnê para mostrar o trabalho novo dele e eu vou abrir os shows”, falou Wayd.
O cantor carioca fará ao todo três apresentações pelo interior do país vizinho, ainda estudando um quarto show, que está para ser confirmado junto à produção do evento.
A cultura salva
Positividade e a certeza de contribuir para um mundo melhor. Finalizo a matéria sobre Wayd com uma mensagem dele mesmo para você, leitor.
“No Brasil, muita gente esquece, mas a cultura salva! Ela te tira do seu cotidiano de pensamento e faz com que você pense coisas novas, viva coisas novas”.
“O mais importante são as ações e atitudes que você tem aqui, agora, nesse mundo. Um dia todo mundo vai embora, mas o nosso legado fica. E é você quem escolhe o legado que deixará aos outros”.