Luisa Toller encontra no álbum “Mulher Bomba” seu processo de cura
Virgula
A cantora Luisa Toller lançou, na sexta-feira (08), o disco “Mulher Bomba”. O registro é o primeiro álbum solo da artista, que toca e canta nos grupos Bolerinho, Meia Dúzia de 3 ou 4, Vozeiral e no grupo infantil Tá na Hora de Dormir.
Com influências do bolero, fado e valsa, a cantora versa sobre questões ligadas à dor e melancolia. Através da variação de ritmos, a artista desenvolve um disco como um processo de cura. “A pandemia e a perda do meu pai (em setembro de 2020) me causaram dores que intensificaram o meu fluxo de composição. Como disse Letrux recentemente, componho porque preciso, é minha forma de desaguar os sentimentos”, explica.
Marcando os diferentes processos da dor e da recuperação, “Moda moderna para uma questão antiga” é a única faixa do disco que não é autoral. Na letra, a artista retrata um cenário em que uma tentativa de feminicídio acontece. A música foi composta logo após Mônica Salmaso lançar o disco “Caipira”, com a faixa “Feriado na Roça”, de Cartola. “Fiz a moda moderna para recontar essas histórias do ponto de vista feminino e mudando o final para que conheçamos um desfecho, em que apesar da tentativa de feminicídio, a mulher sobrevive.”
“Mulher Bomba” foi produzido por Ivan Gomes e acompanhado por Wanessa Dourado, Gustavo de Medeiros, Lê Coelho, Maria Cecília Colaço e Júlia Tizumba. No dia 16 de abril, às 20h30, Toller marca o lançamento do álbum com um show no Sesc Av. Paulista com participação de Julia Tizumba. Os ingressos saem a R$30 (inteira) e R$15 (meia e comerciário).
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