Maurício Barros, do Barão Vermelho, mergulha na carreira solo com 1º álbum
Virgula
Maurício Barros mergulha “oficialmente” na carreira solo nesta sexta-feira com o lançamento do álbum, “Não tá fácil pra ninguém”, o primeiro com ele à frente do seu próprio “destino” com o microfone em mãos.
A batalha não vem de agora e para quem curtiu muito o rock dos anos 80, sabe do que estamos falando. São quarenta anos de estrada — a maior parte deles no Barão Vermelho, banca icônica nacional, que Maurício ajudou a fundar.
Ao longo de sua trajetória, Maurício colecionou composições, muitas íntimas, que jamais mostrou para outros gravarem. O desejo de realizar um trabalho solo existia, em paralelo aos outros projetos. Queria mostrar um lado seu que o público ainda não conhecia.
Das dez faixas, duas são assinadas por ele sozinho, e oito com parceiros musicais, entre eles Arnaldo Antunes, Fausto Fawcett, Otto e Mauro Santa Cecília. As canções trazem ainda participações de Dadi e Marcelinho Da Lua.
Os músicos Mauricio Negão (da banda de Ney Matogrosso) e Lourenço Monteiro (Marcelo D2) tocam em todas as faixas. Para masterizar o trabalho, convidou o norte-americano Brian Lucey, que trabalhou com nomes como Elvis Costello, Liam Gallagher, Arctic Monkeys e outros. O projeto gráfico do álbum ficou a cargo do artista plástico Raul Mourão e do designer Marcelo Pereira.
O resultado é um trabalho que passa por diversos estilos musicais sem perder o (irresistível) apelo pop. Embora tenha mais facilidade em criar melodias, Maurício também dá muitos “pitacos” nas letras.
“Eu mexo muito nas letras. Enquanto eu não me identificar com o que está escrito, eu não
consigo sequer cantar”, garante ele. “Se você quiser me conhecer um pouco melhor, preste
atenção nas letras. Eu estou ali, dizendo tudo o que penso. É um disco muito pessoal”, admite.