No Dia Nacional da Umbanda, André Moraes e Lia de Itamaracá lançam ponto de Exú
Virgula
No dia 15 de novembro é comemorado o Dia Nacional da Umbanda. Para celebrar a data, André Moraes e Lia de Itamaracá se uniram para lançar “Mar de Fogo”, um ponto de Exú, que, na Umbanda, é cantado para buscar as forças espirituais das entidades.
Neste mesmo dia, André conversou exclusivamente com o Virgula para falar sobre a importância dessa data, bem como da parceria com Lia, que se deu por meio de amigos em comum.
Virgula: Para você, o que representa o Dia Nacional da Umbanda?
André: Acho muito importante que a gente celebre as religiões de matriz africana e a umbanda, que é a transformação disso no Brasil, todos os dias. Claro que ter um dia especial pra poder comemorar isso, é maravilhoso e sempre válido. É importante que as pessoas lembrem que existe essa religião e que possam respeitá-la.
Como surgiu a ideia de gravar “Mar de Fogo”?
A ideia de gravar “Mar de Fogo” foi minha. Quando a Priscila Simonelli me convidou para fazer a música junto com a Lia, ficamos em dúvida no que íamos gravar, então ela colocou totalmente na minha mão e disse para que eu escolhesse aquilo que achava mais legal. Comecei a pensar em pontos, em cantos dos orixás e achei que pelo momento atual que a gente vive no país, seria muito importante que a gente conseguisse ecoar um ponto de Exu. Imediatamente eu me lembrei desse ponto, que intitulamos como “Mar de Fogo”. A Lia adorou e imediatamente aceitaram fazer a faixa. Foi tudo muito lindo e mágico.
Você esteve envolvido na gravação do clipe? Como foi esse processo?
Eu acompanhei de perto o processo de montagem do videoclipe. A gente tinha uma ideia das imagens, tinha ideia dos convidados, queríamos celebrar essa data e que isso tivesse um clima de celebração mesmo. A Lia já tinha feito várias imagens em vários ambientes cantando essa música. Nosso intuito era que tivéssemos várias imagens dela. Terminei fazendo minhas imagens num estúdio em São Paulo e fomos recebendo as imagens dos outros artistas que estão envolvidos, como Sérgio Mota, Silvério Pereira, Vanessa Pascale e mais uma galera maravilhosa que está envolvida no vídeo com a gente.
Como foi trabalhar com a Lia de Itamaracá?
Trabalhar com a Lia é um aprendizado absurdo pra mim, é uma artista que eu já admiro há muito tempo. Ela tem uma vitalidade, um vigor, uma capacidade sonora, uma força espiritual que poucos artistas que conheço conseguem acompanhar. Onde Lia quiser que eu esteja eu estarei. Ela é um patrimônio musical, social, histórico brasileiro, a gente tem que exaltar e lembrar disso todos os dias. Além de ser uma profissional extraordinária. Só tenho elogios para fazer a ela.