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Livro de Britney Spears traz relato angustiante da vida sob os holofotes; veja trechos
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Livro de Britney Spears traz relato angustiante da vida sob os holofotes; veja trechos

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Aventuras Na História
24/10/2023 21h46
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©Getty Images
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Um ano após se livrar de uma tutela abusiva, que controlava sua vida pública e íntima, Britney Spears decidiu contar o seu lado da história sem filtros. Sua saga vai além de uma cantora pop envolvida em altos e baixos. Controlada pelo próprio pai, Jamie, Britney até mesmo inspirou um projeto de leis sobre tutelas nos Estados Unidos. 

No livro 'A Mulher em Mim', lançado hoje no Brasil pela Buzz Editora, Spears vai além dos desabafos em legendas de publicações no Instagram. Sem medo de expor culpados ou assumir a própria culpa, a cantora revisita a sua trajetória, um prato cheio para quem acompanhou de perto o drama do movimento 'Free Britney'.  

Na obra, por exemplo, Spears quebra o silêncio em torno de um tema esmiuçado pela imprensa durante os anos 2000: o uso de drogas. Britney revela que chegou a fazer uso de medicamento para TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), entretanto, destaca: "Nunca fui tão selvagem quanto a imprensa fez parecer". 

A artista também alega que não recorreu a drogas alucinógenas e sintéticas. E destaca que não teve problemas com bebida. "Os remédios me deixaram chapada, sim, mas o que achei muito mais atraente foi que me deu algumas horas de me sentir menos deprimida", afirmou ela.

Aborto

'A Mulher em Mim' também apresenta outro duro relato sobre a vida íntima da mulher que entrou para a história da música como 'princesa do pop'. Britney recorreu a um aborto enquanto se relacionava com Justin Timberlake, também cantor.

Mas Justin definitivamente não estava feliz com a gravidez. Ele disse que não estávamos prontos para ter um bebê em nossas vidas, que éramos muito jovens", desabafa ela na obra.
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Capa do livro 'A Mulher em Mim' /Crédito: Buzz 

Para Britney, a fama a fez viver "beira de um penhasco", desabafa ela. A artista pop também registra sentir inveja daqueles que "fizeram a fama funcionar". "Meu comportamento era inocente", escreve a artista.

Outro episódio emblemático de sua vida, também abordado, é o momento em que decidiu raspar a própria cabeça em 2007. O ato, amplamente abordado pela imprensa, fez Spears carregar a fama de 'louca'.

"Eu fui muito observada enquanto crescia. Fui olhada de cima a baixo, as pessoas me disseram o que pensavam do meu corpo, desde que eu era adolescente", desabafa ela. Britney escreve "Raspar a cabeça e agir foram minhas maneiras de reagir".

O controle

Em seguida, Britney passou a ser controlada pelo pai. "Tive que deixar meu cabelo crescer e voltar à forma. Tive que ir para a cama cedo e tomar todos os medicamentos que me disseram para tomar".

A dona do hit 'Toxic' também escreve que perdeu o controle criativo do próprio trabalho. "Eu fazia pequenas coisas criativas aqui e ali, mas meu coração não estava mais nisso. Quanto à minha paixão por cantar e dançar, naquela época era quase uma piada”, registrou ela.

Nem mesmo os pretendentes escaparam do controle do pai de Britney. Além de assinar um acordo de confidencialidade, precisavam passar por exame de sangue. 

“Quando alguém se interessava por mim, a equipe de segurança que se reportava ao meu pai investigava os antecedentes do pretendente, fazia com que ele assinasse um acordo de confidencialidade e chegava a submetê-lo a um exame de sangue. (E meu pai também me disse que eu nunca mais poderia ver o fotógrafo com quem eu namorava na época)”, explicou ela.

Um funcionário até mesmo relatava o histórico médico e sexual da artista para o pretendente. 

“Antes de um encontro, Robin [Greenhill, um funcionário da antiga empresária, Lou Taylor] informava o pretendente a respeito dos meus históricos médico e sexual. Para ficar claro: isso acontecia antes do primeiro encontro. Tudo era muito humilhante, e sei que a insanidade desse esquema me impediu de encontrar uma simples companhia, ter uma noite divertida ou fazer novos amigos — quem dirá poder me apaixonar”, afirmou ela.

Nos raros momentos em que saiu de casa, durante a tutela, Britney escreve que uma equipe se segurança vasculhava o local em busca de bebidas e drogas. 

"Nas raras ocasiões em que saía de casa — como quando ia à casa do meu agente e amigo, Cade, para um jantar —, a equipe de segurança vasculhava o imóvel inteiro para se certificar de que lá não havia álcool nem drogas, nem mesmo paracetamol. Ninguém na festa podia beber até que eu fosse embora. Os outros convidados levavam tudo na esportiva, mas eu sabia que bastava eu ir embora para a festa de verdade começar", alegou ela.

Doce memória

O Brasil não foi esquecido no livro de memórias da cantora pop. Em determinado momento, Britney relembra sua participação no Rock In Rio 2001, descrito por ela como um dos 'momentos mais felizes' durante turnês. 

“Minhas turnês me levaram para o mundo todo. Um dos momentos mais felizes que vivi durante as turnês foi tocar no Rock in Rio 3, em janeiro de 2001. No Brasil me senti livre, como uma criança em alguns aspectos – uma mulher e uma criança ao mesmo tempo. Eu me sentia corajosa àquela altura, cheia de pressa e ímpeto. À noite, meus dançarinos – eram oito, duas garotas e seis homens – e eu fomos nadar sem roupa no mar, cantando e dançando e rindo juntos. Conversamos por horas sob a lua. Foi tão bonito", relembra ela.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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