Wayne Shorter, saxofonista e compositor americano, morre aos 89 anos
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Nesta quinta-feira, 2, morreu o saxofonista e compositorWayne Shorter aos 89 anos, considerado um dos maiores nomes do jazz de todos os tempos, em um hospital de Los Angeles, EUA. Segundo o jornal The New York Times, a informação foi confirmada por seu assessor, Alisse Kingsley, e a causa da morte não foi divulgada.
O veículo de notícias definiu Shorter como “um dos maiores compositores de jazz, o anjo do esoterismo, um ancião iluminado e misterioso”. Não por acaso, o artista conquistou onze estatuetas do Grammy ao longo de sua trajetória musical de mais de seis décadas.
De acordo com o portal G1, o saxofonista iniciou sua carreira em 1960 e integrou grupos como Art Blakey's Jazz Messengers, Miles Davis's Second Great Quintet e Weather Report. Em 1974, lançou seu 15º álbum, o “Native Dancer”, em parceria com o icônico cantor brasileiro Milton Nascimento, com quem nutria uma forte amizade. O disco possui uma mistura de jazz, rock, funk e ritmos regionais do Brasil.
Wayne Shorter em foto do disco 'Speak no evil', de 1966. Foto: Divulgação/BlueNote
Trajetória e Prêmios
Nascido em Newark, cidade de Nova Jersey, Shorter também ficou conhecido pelas suas produções com outros grandes nomes da música, como Carlos Santana, Joni Mitchell e a banda de rock Rolling Stones. Como compositor, assinou as faixas "E.S.P.", "Nefertiti", "Footprints" e, recentemente, "Scout" e "Pegasus".
Em 2017, o artista recebeu o Prêmio Polar, considerado o “Nobel da música”. Durante o evento de premiação, o júri ressaltou: "Sem as explorações musicais de Wayne Shorter, a música moderna não teria chegado tão fundo. Ele possui uma carreira extraordinária e buscou constantemente novos caminhos que não haviam sido transitados".
Homenagem
Nas redes sociais, Milton Nascimento lamentou a morte do amigo:
Hoje é um dos dias mais difíceis da minha vida. Dia de me despedir de parte de tudo o que eu sou. Wayne Shorter foi - e sempre será - mais do que um parceiro musical. Desde que nos conhecemos, nunca nos separamos. Em 1975, ele me convidou para gravar o 'Native Dancer', e mudou a minha vida e carreira pra sempre".
