Fossil lança quinto disco, ainda mais experimental e questionador
Virgula
Um ano após o lançamento do disco “4”, a banda Fossil traz aos ouvintes de música instrumental e experimental o seu mais novo trabalho, intitulado “5INCO”, que estará disponível nas principais plataformas digitais a partir desta sexta-feira, dia 07 de outubro. Trata-se do segundo álbum do grupo feito à distância, na ponte virtual/digital Fortaleza-São Paulo: cozilos Vitor e rodrigo éh @rudriquix, em Fortaleza, e Klaus Sena e Victor Bluhm, na capital paulista.
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O processo criativo do “5INCO” foi semelhante ao trabalho anterior. À distância e trocando ideias de gravação pelo WhatsApp, os músicos foram criando até chegarem no resultado final. “Ao mesmo tempo em que há um fio condutor, que une esteticamente todas as músicas do novo disco, também não há. Acredito que o Fóssil é uma banda que tem referências diversas, mas que, juntas, conseguem explorar essa amplitude que existe na bagagem musical de cada um”, destaca rodrigo eh.
No novo álbum do grupo conta com seis faixas. “escopo 25”, por exemplo, foi surgindo a partir dos áudios compartilhados entre os integrantes do Fossil pelo Whatsaap, trazendo um pouco do clima de como se deu o processo criativo do disco. Ainda dentro desse universo tecnológico, “sabi na mira do trator” traz referências das músicas que Klaus Sena e Victor Bluhm ouviam nos videogames, uma espécie de space rock com final grandioso.
Já “Dragão do Mar” foi inspirada em Chico da Matilde, o Dragão do Mar, líder jangadeiro com participação ativa no Movimento Abolicionista no Ceará. Já a faixa “…ainda não temos código de barras” contou com a participação de Thomas Harres, que utilizou apenas instrumentos e objetos metálicos em seu set de percussão. Trata-se de um som “sem regras”, sendo inclusive fundamental para a provocação de reflexões. A música “de jah vu”, por sua vez, é uma espécie de trilha de filme, enquanto “tudo passa sobre a terra” convida à introspecção, e que o final traz a satisfação de encontrar luz e respostas.
Os músicos são unânimes ao definir “5INCO” como um disco feito para estimular a criatividade enquanto soa como trilha sonora para momentos de reflexão. Apesar de ser instrumental, o Fossil tem o desejo de comunicar ideias que possam despertar questionamentos e reflexões do público, principalmente para o que se viu e viveu nos últimos quatro anos. “Estamos no meio do olho do furacão chamado Brasil. Acredito que a intensidade e uma certa sensação de caos que o disco retrata, também presente na capa, feita por Walfrido Monteiro, vem desse lugar. Tudo ao mesmo tempo agora”, explica cozilos Vitor.