93 anos de Stanley Kubrick: Como o diretor foi envolvido na teoria conspiratória sobre a Apollo 11
Aventuras Na História
O nova-iorquino nasceu em 1928 de um casal de judeus, menino do Bronx, péssimo aluno, mas com uma mente brilhantemente criativa, segundo seu pai. Seu esporte? Xadrez. Passatempo? Fotografia.
Começou sua jornada nas telonas apenas com 22 anos, com a ajuda financeira de sua família que penhorou a casa, fez seu primeiro filme, Fear and Desire, em 1953. Produziu mais um longa, A Morte Passou Por Perto (1955), mas foi apenas no ano seguinte que sua carreira começou a deslanchar, com O Grande Golpe.
Focado nos fracassos, Stanley Kubrick mostrou ao mundo o Glória Feita de Sangue (1957), em que ressaltava os acovardados e, claro, já começou a gerar polêmicas, sendo a produção proibida em alguns países, como a França.
Kirk Douglas, eterno fã do cineasta o convidou para dirigir Spartacus (1960). Épico, o longa não teve muito de suas ideias, afinal, o projeto já estava em andamento pelas mãos de Anthony Mann, demitido de forma tensa.
A versatilidade
Após isso, a versatilidade do cineasta começou a aflorar, Lolita (1962) que traz dramas humanos e uma obsessão sexual assustadora; Laranja Mecânica (1971) que mostra as loucuras e crueldades de alguns jovens parcialmente incompreendidos pela sociedade em um contexto incrivelmente futurista e absurdamente polêmico; Barry Lyndon (1975), uma visão bem específica da Guerra do Vietnã; e O Iluminado (1980), clássico do terror filmado de forma magistral em que o psicológico é o mais afetado.
Claro, tiveram outras ótimas produções, ao total, foram 13 filmes bem específicos, mostrando que quantidade, realmente, não é qualidade. Em sua carreira, conquistou 5 Oscars, das 11 indicações; Festival de Veneza; Director's Guild of America; e o Prêmio Luchino Visconti pela sua contribuição para o cinema.
Seu último trabalho foi Olhos Bem Fechados (1999), que teve uma recepção bastante indiferente pela mídia e público, mas ele não testemunhou, após uma parada cardíaca Kubrick deixou o mundo, mas fez o seu papel.
O homem chegou à Lua
Envolvido em uma tamanha fake news, a Apollo 11, missão que levou os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin à lua, tem muito a ver com o polêmico cineasta. Auge para a humanidade, o homem pisou fora do planeta terra, cravou a bandeira do seu país e deu ao mundo um show digno dos cinemas. Mas espere um pouco, foi produção cinematográfica?
A conspiração, que faz, segundo o Data Folha, 26% dos brasileiros acreditarem que o homem não chegou na grande bola de queijo, foi repercutida por conta de 2001 – Uma Odisseia no Espaço, lançado em 1968. Segundo os confabuladores, a icônica cena foi produzida pelo diretor do filme, Kubrick.
Coincidência ou não, o foguete chegou em terras lunares 1 ano após a estreia da produção, inclusive, no mesmo mês de aniversário do cineasta, que para sua vasta pesquisa contou com a consultoria de Frederick Ordway III, um dos maiores especialistas nas naves espaciais. Talvez seja este fator que tenha contribuído para que o longa fosse tão real, a ponto de colocar em dúvida um dos maiores feitos da humanidade.
A genialidade assusta
Ainda, a genialidade do diretor de Glória Feita de Sangue, fez com que as conspirações fossem mais disseminadas, quando desenvolveu a técnica Projeção Focal, que simulava exatamente como seria no espaço. Além disso, jogos de câmeras, luzes e ambientes fechados contribuíram bastante com a semelhança em relação à realidade.
E mesmo com todas as evidências da NASA, a mobilização mundial para ir um pedaço de cada país à Lua, como exemplo, a água [ca1] de Lindoya, entre outros produtos de diversos lugares do planeta azul, Jay Weidner, renomado documentarista, insiste em dizer que a produção foi de Kubrick e que não pisamos onde vive São Jorge.
'Provas' contra o feito: fotos e filmes de alta qualidade; mãos tremulas durante à fincada da bandeira – o que em tese seria impossível na atmosfera; as sombras dos astronautas, afinal é noite onde a Lua aparece; e a falta das marcas lunares nos trajes de Armstrong e Aldrin.
Para o documentarista, apenas o versátil diretor seria capaz de produzir, porém, a pergunta que me faço: ele não pensaria em tudo isso?
Ele é detalhista, podemos ver em suas diversas produções. Porém, até confissões foram especuladas durante O Iluminado. Loucura ou não, os indícios dos conchavos hollywoodianos estão aí. No fim, quando se fala em Apollo 11, a primeira imagem que vem à cabeça é do longa do brilhante cineasta.
Sobre o cineasta
O cineasta brasileiro Daniel Bydlowski é membro do Directors Guild of America e artista de realidade virtual. Faz parte do júri de festivais internacionais de cinema e pesquisa temas relacionados às novas tecnologias de mídia, como a realidade virtual e o future do cinema. Daniel também tenta conscientizar as pessoas com questões sociais ligadas à saúde, educação e bullying nas escolas. É mestre pela University of Southern California (USC), considerada a melhor faculdade de cinema dos Estados Unidos. Atualmente, cursa doutorado na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. Recentemente, seu filme Bullies foi premiado em NewPort Beach como melhor curta infantil, no Comic-Con recebeu 2 prêmios: melhor filme fantasia e prêmio especial do júri. O Ticket for Success, também do cineasta, foi selecionado no Animamundi e ganhou de melhor curta internacional pelo Moondance International Film Festival.