'A Grande Fome de Mao': Obra apresenta um relato chocante sobre a China do século 20
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O Grande Salto Adiante foi a tentativa de Mao Tsé-Tung de tornar a China uma potência maior que o Reino Unido em 15 anos. Para alcançar essa façanha, ele tentou emular o que Stalin havia feito nos anos 1930: promover uma massiva coletivização agrícola e desviar a mão de obra, por quaisquer meios, para a indústria.
Com Stalin, isso resultou no Holodomor, a fome na Ucrânia que levou até 12 milhões de vidas. Com Mao, o preço ficaria mais perto de 50 milhões. E também o último período em que a economia chinesa teve um crescimento negativo.
As pessoas não morriam só de fome, mas – entre 6% e 8% das vítimas – por torturas ou execuções. Nos refeitórios coletivos, a pessoa com a concha tinha um poder de vida e morte sobre as outras – que recebiam a ração segundo seu “mérito”.
Após ter acesso a arquivos liberados pelo Partido Comunista da China, o historiador holandês Frank Dikötter produziu um tomo chocante sobre o que ele simplesmente chama de “inferno”.
Lançada pela editora, a obra A Grande Fome de Mao: A História da Catástrofe Mais Devastadora da China, 1958-62, apresenta um estudo minucioso sobre o período de fome que assolou o território chinês.
Confira um trecho da obra disponível na Amazon:
Entre 1958 e 1962, a China desceu ao inferno. Mao Tsé-Tung, presidente do Partido Comunista Chinês, jogou seu país em um delírio com o Grande Salto Adiante, uma tentativa de alcançar e superar a Grã-Bretanha em menos de quinze anos. Ao liberar o maior ativo da China, uma força de trabalho que se contava em centenas de milhões, Mao sonhou que poderia catapultar seu país para a dianteira dos competidores.