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A incrível história de Sylvia Rivera, ativista transgênero latina: 'Eu acredito no poder gay'
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A incrível história de Sylvia Rivera, ativista transgênero latina: 'Eu acredito no poder gay'

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Aventuras Na História
20/06/2021 12h04
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Nascida em 2 de julho de 1951, em Nova York, Sylvia Rivera foi uma grande ativista trans latina, que lutou ao lado de Marsha P. Johnson pela libertação gay e pelos direitos dos transgêneros. 

Considerada uma das pioneiras pela luta LGBTQIA+, Rivera teve uma infância muito difícil. Quando tinha apenas três anos sua mãe cometeu suicídio. Já o seu pai nunca esteve presente. 

Criada pela avó, a garota sempre foi fascinada por maquiagens e roupas fenotipicamente atreladas ao sexo feminino. Contudo, constantemente era espancada por isso, motivo que a levou a fugir de casa com apenas 11 anos. 

Nas ruas de Nova York, a futura ativista foi levada a prostituição. Todavia, sua vida passou por um momento importante quando conheceu Marsha P. Johnson, em 1963. 

A luta pelos direitos LGBTQIA+

Conforme relembrado pela Vogue, Johnson era vista por Rivera como uma mãe e ela enxergava a amiga como uma espécie de heroína. Juntas, elas se tornaram peças centrais na luta pelas causas LGBTQIA+, à frente da Revolta de Stonewall. 

Marsha ao lado de Sylvia Rivera / Crédito: Divulgação / A Morte e Vida de Marsha P Johnson de David France

 

No dia 28 de junho de 1969, o bar LGBT Stonewall Inn, localizado no bairro Greenwich Village foi invadido por policiais que reprimiram brutalmente as pessoas presentes no local.

Na ocasião, a ativista latina e outras pessoas resistiram à prisão e, ao lado da amiga, Rivera liderou intensos protestos contra a invasão. 

“Antes dos direitos dos homossexuais, antes do Stonewall, eu estava envolvido no movimento de libertação negra, o movimento pela paz (...) Eu senti que tinha tempo e sabia que tinha que fazer algo. Meu sangue revolucionário estava voltando naquela época. Eu estava envolvido nisso”, disse ela numa entrevista em 1989, conforme a Vogue. 

Os anos seguintes 

Embora durante a década de 1970 tenham surgido às primeiras paradas do Orgulho LGBT, muitas pessoas não aceitavam a participação de transexuais. Sylvia Rivera, por sua vez, em 1973, decidiu participar mesmo assim da marcha. Contudo, quando pegou o microfone e discursou à multidão foi hostilizada pelo público.

“Se não fosse pela drag queen, não haveria movimento de libertação gay. Somos a linha de frente”, disse a ativista na época, segundo a Vogue. 

Sylvia Rivera durante discurso na parada do Orgulho LGBT / Crédito: Divulgação / Youtube / VARIETY SHOW

 

O inestimável legado

Membro do grupo drag Hot Peaches, a ativista foi eternizada no portfólio de polaroids de Warhol de 1975. Além disso, Rivera e Johnson fundaram o STAR (Street Travestite Action Revolutionaries), para dar apoio a pessoas LGBTQIA+.

“Fizemos muito naquela época. Dormíamos nas ruas. Marsha e eu tínhamos um prédio na 2nd Street, que chamávamos de STAR House. Quando pedimos à comunidade que nos ajudasse, não havia ninguém para nos ajudar. Não éramos nada. Nós não éramos nada! ”, disse a revolucionária em um entrevista realizada em 1989, segundo a Vogue.

Anos mais tarde, após a morte de Johnson, ela voltou para Nova York, onde ficou permanentemente. Todavia, a perda da amiga foi um grande choque para a ativista.

Lutando, em 2001, Rivera voltou a participar das paradas do Orgulho LGBT. Na época, ela morava na Transy House — um abrigo voltado para pessoas transsexuais. 

Infelizmente, a ativista transgênero latina veio a óbito em 19 de fevereiro de 2002, em decorrência de um câncer no fígado. Contudo, o seu legado, ainda hoje permanece vivo. Atualmente, há um monumento em sua homenagem, localizado em Nova York, Estados Unidos. 

 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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