Biografia não partidária: o lado B do comunista Trotsky, segundo obra
Aventuras Na História
Dizem que em História não existe “e se”, mas Leon Trotsky viveu como se fosse uma especulação ambulante. Sucessor escolhido por Lenin, teve o tapete puxado sob seus pés por Stalin e passou o resto de seus dias no exílio, escrevendo sobre como seria diferente com ele, sem os erros e atrocidades da União Soviética sob seu arquirrival.
Trotsky conquistou um grande número de seguidores entre os comunistas que rejeitavam o mainstream soviético. E eles deixaram um vasto material sobre a vida e ideias do líder que não foi.
O historiador britânico Robert Service, porém, viu uma falha nisso: todas essas biografias foram escritas por trotskistas. Com sua nova biografia, Service se propõe a fazer as perguntas incômodas que os trotskistas não fizeram.
Por exemplo, o fato do ideólogo ter mentido posteriormente sobre as ideias que realmente defendeu enquanto era um líder da Revolução Russa, e um líder bem mais convencional do que como gostaria de ser retratado.
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Trotski deslocou-se como um luminoso cometa pelo céu da política. Chamou a atenção global pela primeira vez em 1917. Segundo a opinião geral, foi o melhor orador da Revolução Russa. Chefiou o Comitê Militar-Revolucionário que derrubou o governo provisório em outubro. Contribuiu mais que qualquer outra pessoa para fundar o Exército Vermelho. Pertenceu ao Politburo do partido e exerceu um profundo impacto em sua estratégia política, econômica e militar. Foi uma figura de ponta nos primeiros anos da Internacional Comunista. O mundo inteiro atribuiu o impacto Revolução de Outubro à sua parceria com Lenin, mas ele e Lenin tiveram suas dificuldades um com o outro. Antes de 1917, Trotski pleiteasse tornar-se o seu único sucessor. As disputas subsequentes entre as facções fizeram-no cair em desgraça e ele foi deportado da URSS em 1929, havendo recebido asilo político na Turquia, França, Noruega, e México. Sua análise do que tinha saído errado no Estado soviético continuou a exercer influência no exterior. Surgiram organizações trotskistas em todos os locais onde as condições políticas o permitiram. Stalin retratou Trotski como traidor da Revolução de Outubro, moveu acusações contra ele nos simulacros de julgamento de 1936-1937 e ordenou que as agências do serviço secreto soviético o assassinassem. Em 1940, elas lograram êxito.