Bolsonaro afirma que irá comprovar suposta fraude nas eleições de 2014
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Em mais um capítulo de sua defesa aos votos impressos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pode comprovar a ocorrência de uma fraude nas eleições de 2014. Em entrevista à Rádio Itatiaia nesta terça-feira, 20, o chefe do Executivo explicou que as eleições daquele ano deveriam ter resultado na vitória de Aécio Neves.
"Em uma hora dá pra demonstrar tudo", afirmou Bolsonaro, dizendo que irá encaminhar as supostas provas para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O problema é que até mesmo o PSDB, partido de Aécio, já descartou a possibilidade de fraudes naquele ano.
Ainda assim, o Presidente da República explica que conseguirá as provas necessárias para confirmar sua teoria com a ajuda de um "hacker do bem" e de um "pessoal que entende de informática". Tudo isso para justificar a adoção do voto impresso no Brasil.
Acontece que, para Bolsonaro, seria ideal que a contagem de votos nas eleições de 2022 fosse diferente das anteriores, a fim de "evitar problemas" e garantir total transparência. Nesse sentido, ele acredita que as eleições brasileiras não são completamente seguras.
"Por que os parlamentares são contra o voto impresso? É difícil entender o que está acontecendo", declarou o presidente. Com isso, Bolsonaro pontuou que, em 2022, irá entregar o cargo "a quem ganhar as eleições, desde que seja transparente".
Críticas ao TSE
Muito além de falar sobre as supostas fraudes que teriam elegido Dilma Rousseff em 2014, Bolsonaro ainda criticou a defesa de Luís Roberto Barroso, o presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ao voto eletrônico, segundo o UOL.
"É lamentável o que o ministro Barroso está fazendo para manter o sistema de votação", lamentou Bolsonaro. As críticas foram feitas mesmo depois de uma conversa com o presidente do STF, Luiz Fux, cujo objetivo era acalmar os ânimos entre os Poderes.
Por fim, Jair Bolsonaro ainda defendeu a ideia de que, além das cédulas impressas, as eleições também deveriam resultar em uma contagem pública dos votos. "Agora, o que vale mais do que todos nós aqui, é a opinião pública", finalizou o presidente.