Bolsonaro visa fim da obrigatoriedade de máscaras para quem já foi contaminado ou vacinado
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No momento em que o Brasil atinge 480 mil pessoas mortas em decorrência da pandemia do novo Coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro anuncia uma pauta polêmica: o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras para aqueles já vacinados contra o vírus e para os já infectados.
Nesta quinta-feira, 10, o mandatário informou que o assunto foi discutido com Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde.
"Acabei de conversar com um tal de Queiroga, não sei se vocês sabem quem é, e ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que foram vacinados ou que já foram contaminados. Para tirar esse símbolo, que obviamente tem a sua utilidade para quem está infectado", afirmou Bolsonaro durante presença em evento em Brasília.
Queiroga se manifestou após a fala do presidente. Ele explicou que para que isso seja possível, é necessário que a vacinação esteja em estado avançado.
A visão dele vai de encontro com que a OMS já relatou. "No caso de um país que deseja retirar a obrigatoriedade da máscara... isso só deve ser feito no contexto de considerar tanto a intensidade de transmissão na área como o nível de cobertura vacinal", explicou Mike Ryan, especialista em emergências da OMS, durante uma conferência virtual realizada em maio de 2021.
Profissionais da saúde não recomendam
A opinião do presidente não segue o que é passado pelos profissionais da área da saúde. Embora os que já se recuperaram da doença tenham anticorpos, não se trata de uma proteção duradora, afinal, existe o perigo da reinfecção e também das variantes da Covid. Assim, a máscara se torna indispensável.