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Cerimônia para escolher esposas: A insólita realeza de Mswati III, da eSwatini
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Cerimônia para escolher esposas: A insólita realeza de Mswati III, da eSwatini

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Aventuras Na História
13/06/2021 11h00
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Antigamente conhecida como Suazilândia, o país localizado no sul da África hoje possui um curioso nome; eSwatini, estilizado exatamente dessa maneira — com a letra "E" minúscula, como se fosse um produto de informática. O significado do termo na língua local é "terra dos suázis", mas a personalização ficou por conta do rei Mswati III.

Há mais de 38 anos à frente do país e atualmente com 53 anos, o soberano assumiu o país com apenas 14, sendo coroado após a morte de seu pai Sobhuza II, em 1982. A maneira como governa desde então chama atenção por excentricidades, como listou a revista Caras. 

Os homens no país, por exemplo, podem acumular múltiplas mulheres como cônjuges, sem nenhuma limitação moral ou penal. Insólita é a forma de tratamento, com trocas de esposas podendo ser negociadas até por itens, como artefatos. O rei, por sua vez, possui um método exclusivo para formular seu harém.

Seleção nacional

Mswati recebe periodicamente uma esposa nova em um festival de dança tradicional, chamado Umhlanga Annual Reed Dance. O evento é realizado sempre que uma equipe de astrólogos definem o clima favorável para a organização, além de todas as participantes terem de mostrar uma comprovação de que são virgens. 

Na competição, dançam para o monarca e, por fim, ele decide quem será a felizarda. Após a escolha, a garota só terá o direito de oficializar o casamento quando confirmar que engravidou de Mswati III, obrigando as jovens a realizar intercurso sexual caso queiram consumar a união. 

Dessa maneira, ele conseguiu acumular 14 mulheres, até o momento, gerando 25 filhos — e duas ex-esposas, que morreram durante a união. Se engana quem pensa que é um recorde, visto que o pai e líder anterior chegou a acumular 120 companheiras, além de desconhecer oficialmente o número de filhos espalhados pelo país.

Mswati III reunido com Barack e Michelle Obama durante visita / Crédito: Wikimedia Commons / White House / Lawrence Jackson

 

Enquanto político

O mandato de Mswati III é o último do continente africano em molde de monarquia absolutista, acarretando em diversos problemas sociais, como a maior taxa de contaminados pelo HIV em uma população de 1,3 milhões de habitantes. 

A cultura de descarte patriarcal resulta também em um dado chocante; metade da população infantil do país é órfã, além da estimativa da Organização das Nacões Unidas de que 70% da população está vivendo abaixo da linha da pobreza, resultando em protestos pelo padrão de vida incompatível do líder, cuja fortuna é avaliada em US$ 200 milhões de dólares (aproximadamente R$ 1 bilhão).

Negacionista sobre a existência da covid-19, ainda proibiu a criação de partidos opositores e, sem conseguir administrar campanhas de conscientização, proibiu o sexo por mulheres com menos de 18 anos.


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