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Como trabalhadores de uma mina encontraram restos de mamutes de quase 30 mil anos
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Como trabalhadores de uma mina encontraram restos de mamutes de quase 30 mil anos

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Aventuras Na História
23/06/2021 12h30
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Na última semana, a paleontologia foi prestigiada com uma descoberta impressionante feita perto da mina de Little Flake Mine, nas proximidades de Dawson City, no Canadá. Ao acaso, mineiros de ouro se depararam com três esqueletos parciais de antigos mamutes.

Como reportou o portal Livescience, os restos mortais dos animais foram encontrados em um local adjacente a uma camada de tefra vulcânica, o que deu aos pesquisadores uma ideia do período histórico em que os mamutes peludos viveram.

Grant Zazula, paleontólogo chefe do governo de Yukon, onde a descoberta foi feita, esclareceu que a camada foi assentada há cerca de 29 mil anos com a erupção de um vulcão nas Ilhas Aleutas. Isso pode significar que os animais encontrados na região também a habitaram na mesma época.

Embora extremamente antigos, os ossos ainda estão em um ótimo estado de conservação. Alguns esqueletos inclusive estão articulados, o que quer dizer que os ossos ainda estão conectados. Isso ajudará muito nas pesquisas que serão realizadas posteriormente.

Uma família de mamutes

Pesquisadora com um dos enormes ossos encontrados / Crédito: Divulgação/Governo de Yukon

 

Os mineiros encontraram três esqueletos de mamutes peludos muito próximos — e os paleontólogos envolvidos na análise da descoberta acreditam que isso não foi somente coincidência. 

Segundo Zazula, a maneira como os restos mortais foram descobertos indica que "que esses três mamutes provavelmente viviam juntos e morreram juntos muito perto de onde os ossos fósseis foram encontrados". 

“Parece que temos um grande mamute adulto, um adulto mais jovem e um jovem”, afirmou o especialista. A principal hipótese é, portanto, a de que os animais eram da mesma família. Ainda que essa teoria não seja comprovada, os pesquisadores apontam para a possibilidade de os mamutes terem feito parte de um rebanho maior, vivendo juntos. 

Um Canadá de 30 mil anos atrás

Paleontólogas mostram partes dos esqueletos de mamute / Crédito: Divulgação/Governo de Yukon

 

Quando um vulcão entrou em erupção em uma região próxima à Dawson City, onde viviam mamutes peludos, o Canadá era muito diferente. Como explicou o chefe do governo de Yukon, a maior parte da região que hoje chamamos de Canadá era coberta de geleiras. No entanto, Dawson era uma exceção: lá mal havia gelo.

"A região de mineração no interior do Yukon fazia parte da paisagem sem glaciação chamada Beringia, que se conectava com o Alasca e a Sibéria através da ponte Bering Land", elucidou Zazula.

O especialista apontou que o clima na região era “incrivelmente frio e seco”, o que fazia com que não existissem muitas árvores e, assim, mamíferos que pastam começaram a prevalecer na localidade. Essa atmosfera árida também foi a principal responsável pela conservação dos esqueletos encontrados recentemente.

Grande osso de mamute é mostrado por membros da equipe / Crédito: Divulgação/Governo de Yukon

 

Como o clima era seco, poeira e sedimentos eram espalhados facilmente pela região, o que ajudou a preservação dos ossos, afinal  “este lodo, ou loess, soprado pelo vento, encheu esses vales com sedimentos”, cobrindo os animais após suas mortes.

É o que conclui Zazula: “Por terem sido cobertos tão rapidamente, os restos teriam sido menos expostos ao oxigênio e aos necrófagos”.

A descoberta se deu porque os "mineiros precisam remover todo esse lodo congelado para chegar ao cascalho cheio de ouro no fundo do vale e, quando fazem isso, muitas vezes descobrem os restos de animais da era do gelo". 

Portanto, ainda não se sabe se existem mais restos sob o terreno, o que será feito a partir de novas pesquisas na região, que também querem desvendar a causa da morte dos mamutes peludos descobertos. 


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