Descoberta marítima: os detectores de bomba nuclear que revelaram uma nova população de baleias
Aventuras Na História
A partir de detectores de bomba nuclear subaquática, os cientistas descobriram que uma população de baleias azuis pigmeias vive no Oceano Índico. Contudo, segundo as pesquisas recentes, elas estão na região há décadas, mas ao longo dos anos conseguiram passar despercebidas.
De acordo com o Live Science, os especialistas as classificaram como Balaenoptera musculus brevicauda. Tal fato comprova a dificuldade que os pesquisadores ainda têm de estudar os mares e oceanos ao redor do mundo.
A descoberta surpreendente
Recentemente, os detectores de bomba nuclear subaquática — pertencentes à Organização do Tratado de Proibição de Testes Nucleares Abrangentes (CTBTO) — registraram um som incomum e único dentro do Oceano Índico. A partir disso, os pesquisadores conseguiram detectar a presença das baleias azuis pigmeias na região.
"Acho legal que o mesmo sistema que mantém o mundo a salvo de bombas nucleares esteja disponível para pesquisadores e permita que uma série de cientistas, incluindo nós, façam ciência marinha que não seria possível sem tais sofisticados arranjos hidroacústicos", ressaltou a ecologista marinha da Universidade de New South Wales (UNSW), Tracey Rogers, em entrevista ao Live Science.
Ainda segundo a especialista, tal fato ajuda em outras descobertas de “populações ausentes do maior animal que já existiu", uma vez que os estudos sobre mares e oceanos ainda são complexos.
Conforme as pesquisas, esta subespécie é menor que a baleia azul, que pode atingir até 24 metros. Em homenagem a um grupo de ilhas no Oceano Índico, a nova população foi chamada de população de Chagos.
Segundo a pós-doutoranda na UNSW, Emmanuelle Leroy, as baleias azuis são extremamente difíceis de serem encontradas, pois muitas foram levadas à beira da extinção em decorrência da caça ilegal.
Estima-se que apenas entre 5.000 e 10.000 desses mamíferos vivam no hemisfério sul, um número bem inferior ao passado, já que chegavam a 350.000, conforme estudos do Centro de Diversidade Biológica.
"A melhor maneira de estudá-los é por meio do monitoramento acústico passivo. Mas isso significa que precisamos ter hidrofones gravando nas diferentes partes do oceano", revelou Leroy em entrevista ao Live Science.
O canto único
Sabe-se que cada subespécie de baleia azul possui um canto único, embora seja simples, dada a repetição sonora. Contudo, cada tipo desse mamífero têm cantos que divergem na duração, estrutura e número de seções.
Os estudos mostraram que nos últimos 18 anos, o canto dos Chagos tem sido predominante no Oceano Índico. Os sons emitidos pela nova população nunca tinha sido ouvido antes, isso porque, tem três seções.
No entanto, mesmo com todas essas descobertas surpreendentes, os especialistas não identificaram, ainda, quantas baleias azuis pigmeus compõem essa nova população, conforme revelou Leroy ao Live Science.
Em 2020, Rogers e Leroy encontraram outra população de baleias azuis perto de Omã. Para as pesquisadoras, tais descobertas "não teriam sido possíveis" sem o uso de pesquisas acústicas, conforme argumentou Rogers ao Live Science.
+Saiba mais sobre o reino animal por meio de grandes obras disponíveis na Amazon:
Ocean: A Visual Encyclopedia, de DK Publishing (2015) - https://amzn.to/31L941I
Animals: A Visual Encyclopedia, de DK Publishing (2012) - https://amzn.to/33TNk6r
Life Lessons from the Heart of Horses: How Horses Teach Us About Relationships and Healing, de Kathy Pike (2021) - https://amzn.to/31JdYMA
Animal Kingdom: A Collection of Portraits, de Randal Ford (2018) - https://amzn.to/33QdKWN
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.
Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp
Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W