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Diante de valores exorbitantes, gordura de boi ocupa o cardápio
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Diante de valores exorbitantes, gordura de boi ocupa o cardápio

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Aventuras Na História
28/08/2021 12h00
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O preço dos alimentos, que já aumentava significativamente nos últimos anos, disparou durante a pandemia e acabou por impactar drasticamente no prato do brasileiro. Podemos destacar que muitas das famílias passaram a reduzir a frequência do consumo de carne, enquanto outras substituíram o produto por alternativas mais baratas, como restos de açougues.

Buscando opções mais acessíveis

O G1 mostrou, em matéria publicada no dia 25 deste mês, como essas pessoas estão fazendo para sobreviver em um período tão difícil. A entrevistada Aisa Teixeira Gomes, por exemplo, afirmou ter começado a pedir gordura de boi para mascarar a ausência da carne no cardápio da família.

Aposentada e moradora de uma residência com nove pessoas, ela é a única fonte de renda atualmente, uma vez que os filhos se encontram desempregados.

Preços em açougue de São Paulo no ano de 2017 / Crédito: Getty Images

 

“Eu vou ao açougue pedir gordura para comer. Eu falo assim ‘tem como me dar as pelanquinhas’, eles me dão e eu coloco sal e misturo com o feijão para comer”, disse a idosa, que compra os alimentos e paga as contas de casa com um salário mínimo.

Doações

Dona Aisa ainda declarou que recebe cesta básica de uma conhecida entidade, a chamada Legião da Boa Vontade, que fica na Cidade Dutra, na Zona Sul de São Paulo. Contudo, ela afirma que até mesmo a arrecadação de alimentos para doação foi afetada pela crise, de modo que a entidade está tendo de distribuir um menor número de produtos.

A entrevistada conseguiu, na última doação, algumas caixas de leite, as quais não devem durar muito.

Preços em açougue de Belo Horizonte, já em 2020 / Crédito: Getty Images

 

"Vamos usar para reforçar o café da manhã das crianças antes de ir para a escola, mas não dá nem para uma semana. Estamos controlando para não colocar muito, eles ficam com vontade de tomar mais, mas não dá", lamentou a idosa.

Inflação

Conforme mostram dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento da energia elétrica e da gasolina impactaram na aceleração da inflação. Conforme a fonte, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou uma alta 0,89% em agosto, sendo que em julho o valor havia sido de 0,72%.

A aposentada Aisa / Crédito: Divulgação / TV Globo

 

Assim, o custo da alimentação no domicílio passou de 0,47% em um mês, para 1,29% no outro.

O IBGE destaca que os maiores aumentos foram o do tomate, de 16,06%, e do frango em pedaços, de 4,48%. Outros produtos que tiveram aumento foram as frutas, com 2,07%, e o leite, com 2,07%.

No entanto, observou-se uma queda nos preços de alguns alimentos como a cebola, -6,46%, e o feijão-preto, de -4,04%. Também o arroz e o feijão-carioca ficaram mais baratos, sendo -2,39% o primeiro e -1,52% o segundo.

 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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