Dura, mas doce: A incrível mulher por trás do glamour de Marilyn Monroe
Aventuras Na História
Batom vermelho, um pinta expressiva na bochecha esquerda, o cabelo platinado e um vestido branco esvoaçante. Não é preciso ter uma fotografia em mãos para imaginar a clássica figura de Marilyn Monroe no filme ‘O Pecado Mora ao Lado’, de 1954.
Por trás das suas muitas características marcantes — como a clássica pinta feita à lápis pelo maquiador Max Factor e depois tatuada pela atriz, segundo o Estadão —, contudo, Marilyn era uma mulher interessada em política e dona de um alto grau de QI.
O problema é que, com sua imagem criada pela enorme indústria que era Hollywood nos anos 1950, a atriz interpretava um papel constante, até mesmo fora dos palcos. Em entrevista exclusiva ao site da Aventuras na História, a apresentadora Fernanda Soares, do canal Hollywood Forever TV, explicou quem era essa mulher por trás do ícone.
Uma imagem forte
“Ela era dona de um carisma, de uma luz, de algo especial, uma inteligência que era perceptível até mesmo nos filmes em que ela só interpretava a ‘loira burra’", iniciou Fernanda, que já fez dois extensos vídeos sobre a vida pessoal de Marilyn Monroe.
Apaixonada pela atriz, que nasceu em junho de 1926, em Los Angeles, a apresentadora se surpreendeu com a vida que Marilyn levou antes de chegar à fama. “Ela sempre fez questão de contar que ela foi uma criança órfã, que a mãe dela tinha sido internada em um hospital psiquiátrico, que ela era pobre, que passou fome”, narrou Fernanda.
Mas foram os talentos escondidos de Monroe que realmente conquistaram a entusiasta. “Apesar de saber que ela era uma ávida leitora, quando vi os poemas que ela tinha escrito, eu percebi que ela era uma criatura fantástica, muito talentosa, que não conseguiu mostrar nem 2% do que era capaz”, lamentou Fernanda.
Política afiada
Quanto mais se aprofundava na vida de Monroe, então, mais a entusiasta descobria que, na verdade, a atriz tinha ideologias muito bem definidas. Quando era pequena, por exemplo, Marilyn teve seu primeiro contato com o racismo latente dos Estados Unidos.
“Um dos tutores que cuidaram dela na infância trabalhava como entregador em um bairro predominantemente negro do país”, narrou Fernanda. “Ela acompanhava ele e, assim, viu muitas cenas de preconceito. Foi como ela criou uma aversão ao racismo.”
Defensora ativa dos direitos civis, Marilyn chegou a ser investigada pelo FBI em meados de 1960, por suposto envolvimento com o Partido Comunista. Em uma de suas últimas entrevistas, inclusive, ela deixou bem claras as suas esperanças para o mundo.
“Nessa entrevista, ela falou sobre igualdade, direitos iguais entre homens e mulheres, brancos e pretos, judeus e árabes”, explicou Fernanda. Mas, ainda assim, Marilyn teve de pedir que suas falas não fossem cortadas, porque o papel despolitizado que Hollywood havia criado para ela ainda impedia que a mídia a enxergasse como uma pensadora.
Ícone de uma luta
Muito por isso, Fernanda compartilha da teoria da pesquisadora Louise Banner de que, de certa forma, o feminismo poderia ter salvado a vida de Marilyn. Isso porque a atriz foi “muito explorada por todas as figuras masculinas que entraram em sua vida”.
“Marilyn morreu no início dos anos 60. Ela perdeu toda a contracultura que foi acontecendo na cultura pop, no entretenimento e no feminismo mainstream”, lamenta Fernanda. Mas não pense que Monroe ficou em silêncio frente ao intenso machismo.
Cansada de interpretar papéis superficiais, a atriz acabou criando o Marilyn Monroe Productions, estúdio que apresentava uma forte competição para o gigante 20th Century Fox. “Ela queria desafios, ela queria atuar”, pontuou Fernanda.
Amores incabíveis
“Eu vejo Marilyn como uma pessoa romântica. Mas pouco sonhadora, bem pé no chão”, narra a apresentadora. Casada aos 16 e divorciada aos 20, a atriz conheceu uma série de amores, como a suposta relação com John F. Kennedy, que não terminaram muito bem.
Após uma série de abortos espontâneos, a atriz continuava com o sonho de ter filhos, mas nunca conseguiu completá-lo. “Se ela tivesse filhos, talvez ela se sentisse menos sozinha. Era uma coisa que ela queria de verdade”, lamentou Fernanda.
“Ela estava sozinha de todos os lados. Fosse na vida pessoal, ou na luta contra um estúdio gigantesco como o 20th Century Fox”, explicou a entusiasta. “E é engraçado pensar que a maioria dos textos escritos por Marilyn falam sobre solidão.”
Uma vida solitária
Para muitos, inclusive, esse teria sido o motivo de sua morte, aos precoces 36 anos, em agosto de 1962. A teoria de um suicídio, no entanto, não convence Fernanda, que acredita na ideia de que o fim da atriz chegou através de uma overdose acidental.
“Os barbitúricos e os tranquilizantes são muito pesados. Então eu acho que não é difícil uma pessoa não aguentar toda essa mistura. Ta aí o Heath Ledger”, defendeu Fernanda, sem deixar de lado as críticas à suposta negligência do psiquiatra de Monroe.
“Acho que ela devia se sentir preterida por todas as pessoas, traída por todas as pessoas”, lamentou a apresentadora. Mas o mais impressionante, segundo Fernanda, é que “ela foi massacrada pela vida, de várias formas, mas nunca perdeu a doçura”.
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